sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Armazenar Imagens – No seu Sistema

A Maxtor fabrica uma linha
económica de discos duros
de alta capacidade, ideais
para fotógrafos digitais.
Quando transfere as sua imagens para um computador, normalmente grava-as num disco duro. A partir daí pode copiá-las ou movê-las para CD/DVD ou até para outro disco duro.

Discos duros

Quando transfere imagens de um dispositivo de armazenamento para o disco duro de um computador, torna-se possível a sua organização, edição e partilha. Os discos duros têm-se tornado tão baratos, e a sua capacidade é tão elevada, que é quase possível ter uma reserva infindável de espaço em disco duro. Hoje em dia, discos duros com preços acessíveis têm capacidades até 500 Gigabytes – espaço suficiente para armazenar mais de 33 000 imagens de 15 Megabytes. Se estas fossem imagens de filme, a 50 cêntimos a imagem, o disco duro seria
Os discos duros agrupados
numa configuração RAID
(Random Array of Inexpensive
Devices), não só armazenam
informação, como realizam
cópias de segurança automáticas.
Se um disco falhar, este pode
ser substituído e os ficheiros
danificados são automaticamente
reconstruídos pelos dispositivos
restantes.
uma pequena caixa de fotografias com um valor superior a 16 000 euros. Uma das formas de conceber esta capacidade impressionante é pensar no tempo que demoraria a enchê-la. Se fotografasse 100 imagens de 15 Megabytes por dia, poderia fotografar durante quase um ano inteiro até usar todo o espaço de um disco de 500 Gigabytes. Fazer cópias de segurança destes discos está fora de questão, Seriam necessários 106 DVD, ou mais de 700 CD para copiar um disco como este. Até as cópias de segurança em cassete ficaram para trás. A única forma acessível de copiar colecções inteiras de fotografias é fazê-lo noutro disco duro.

Discos Ópticos

Além dos discos duros, o único dispositivo de armazenamento disponível são os discos ópticos tais como os CD ou DVD. Estas drives existem em quase todos os sistemas recentes de computadores e os discos são usados frequentemente para guardar e proteger imagens importantes, partilhá-las com outras pessoas, ou para gravar slide shows que podem ser reproduzidos num computador ou num televisor ligado a uma leitor de DVD. (Quando um dispositivo de DVD está ligado a um televisor, chama-se leitor ou gravador. Quando está ligado a um computador, chama-se drive ou gravador).
 
Os CD-R Gold da Mitsui
são considerados um dos
melhores CD de
armazenamento, por
causa do ouro que é
adicionado à camada
reflectora – os outros
discos usam prata,
que não tem as mesmas
propriedades de arquivo.
Estes discos, têm, no entanto, vários problemas – a sua capacidade de armazenamento é relativamente baixa, a sua qualidade de arquivo é questionável e nem sempre são compatíveis.
 
Capacidade. Um CD pode armazenar, no máximo 700 Megabytes de informação. Numa era em que são comuns cartões de memória de 4 Gigabytes, e câmaras que criam imagens RAW ou TIFF com 15 Megabytes, 700 Megabytes podem ser pouco espaço. Actualmente, os DVD têm 4.7 Gigabytes de capacidade, mais do que 7 vezes a capacidade de um CD. A capacidade de um DVD aumenta para 9.4 Gigabytes quando falamos de discos com dois lados. Dispositivos mais recentes, que funcionam com laser azul (ao contrário do habitual laser vermelho), irão alargar os limites de capacidade dos DVD para lá dos 30 Gigabytes. Assim, os DVD têm um futuro prometedor, no que se refere ao armazenamento das suas fotografias.
 
Os CD e DVD são
mais baratos
quando são
comprados em
caixas com
grandes
quantidades.
Podem depois
ser guardados
em envelopes
ou bolsas.
Qualidade de arquivo. Tanto os CD como os DVD são formas de armazenamento relativamente recentes. Ainda não há certezas em relação ao tempo que demorará até se perder informação gravada num destes dispositivos. A maioria dos testes usam técnicas de envelhecimento acelerado que pode ou não reflectir com precisão o futuro das condições de armazenamento. É mais ou menos consensual, que se forem fabricados e armazenados correctamente, podem durar algumas décadas. Mas como não há certezas, o melhor é comprar CD e DVD de marca e guardá-los em bolsas de materiais livres de ácidos, num local bem seco e protegido da luz, tal como uma gaveta ou um álbum. Os discos que têm uma camada de gravação dourada duram supostamente mais que os que têm a mesma camada prateada.

Surpreendentemente, uma empresa executou um teste de resistência à luz, que demonstrou que os discos de ouro conseguem aguentar apenas 100 horas de exposição contínua ao sol, sem sofrer danos. Os discos mais comuns, de coloração azul começam a deteriorar-se após apenas 20 horas e falham totalmente após 65 horas de exposição.
 
Drive de CD.
Compatibilidade. O grande problema dos discos ópticos está resumido na palavra “compatibilidade”, definida no dicionário como “coexistir em harmonia”. No caso dos CD, os problemas são mínimos. É possível escolher entre CD graváveis (CD-R), que podem ser gravados apenas uma vez, e CD regraváveis (CD-RW), que podem ser gravados, apagados e reutilizados, tal como um disco duro.
 
Existem inúmeros
computadores
portáteis que têm
drives de DVD
integradas, tal
como este
computador ultra
leve da Sony.
No caso dos DVD, os problemas são mais complexos. Até agora era possível escolher entre os formatos DVD+ e DVD- . Como estes formatos são incompatíveis, a indústria resolveu o problema, fazendo-o pagar pelos dois, na forma de uma drive de DVD dual, ou multiformatos. Agora, estão a ser introduzidos mais dois formatos incompatíveis, o HDDVD e o DVD Blu-ray. Só com o tempo se poderá dizer se algum deles se vai impor ou se o problema será
resolvido de novo através da criação de uma drive combinada.
 
Programas de gravação de CD/DVD
Para copiar ficheiros para um CD/DVD, é necessário um programa de gravação. O acesso a estes programas é fácil – por exemplo, os sistemas operativos mais recentes do Windows ou do Mac, permitem gravar em CD directamente, sem recurso a outros programas. Por outro lado, existem programas, tais como o Roxio’s Easy Media Creator, criado especialmente para executar essa tarefa. A capacidade de gravar CD/DVD está a ser cada vez mais integrada noutras aplicações. Por exemplo, tanto o iPhoto e o Aperture, da Apple, como o Lightroom da Adobe, permitem fazer uma selecção de imagens e gravá-la num CD/DVD sem ter que sair da aplicação. Muitas aplicações também permitem a criação de um slide show e a sua gravação num DVD, que pode ser reproduzido no computador, num leitor de CD, ou ainda uma leitor de DVD de última geração, ligado a um televisor.
 
Quando copiamos imagens
entre dispositivos, as pens
USB são muito úteis.
Podem-se transferir ficheiros
de um computador para a
pen, através de uma porta
USB e depois transferi‑los de
novo para outro computador.
Identificar os CD/DVD
Quando grava um disco, é criado, por si, ou pelo programa, um título que será mostrado pelo computador, quando acede ao mesmo disco numa drive do seu sistema.

O nome também será usado por programas de gestão de imagem, de forma a estar a par da localização das suas imagens. Por exemplo, na maioria dos programas, quando clica sobre uma imagem que não está disponível, o nome que deu ao disco é mostrado, e é-lhe solicitada a inserção desse disco na drive. É possível adicionar o seu próprio título descritivo ao disco, tal como “Viagem à Florida”, ou deixar que o programa lhe atribua um título automaticamente, baseado na data e na hora. Por exemplo, o número 070412_0849 indica que o disco foi gravado a 12 de Abril de 2007, às 8:49.
 
A Neato fabrica um aplicador
que centra o CD e a etiqueta,
de forma a aplicá-la
correctamente à primeira.
Mesmo que seja atribuído um título ao disco no momento em que este é gravado, continua a ser necessário identificar o objecto em si. Geralmente, a informação deve estar no disco e não num envelope ou numa bolsa, já que é demasiado fácil haver enganos. Uma maneira de identificar um disco é escrever a identificação no lado oposto ao da gravação, com um marcador cuja tinta não desapareça com o uso. Por questões de duração, a melhor escolha é um marcador que use tinta à base de água.

Alguns marcadores, tais como os Sharpie, usam tinta à base de solventes e devem ser evitados. É fácil identificar os marcadores que não se devem usar, pelo odor a dissolvente. Estes solventes podem atacar a camada protectora do disco, mesmo quando escreve apenas no lado correcto. Ao longo do tempo, possivelmente medido em décadas, é possível que a informação seja afectada.
 
Para um aspecto mais profissional, pode adquirir etiquetas circulares autocolantes para CD/DVD, que podem ser impressas numa impressora de jacto de tinta e coladas à superfície do disco. Um dos problemas destas etiquetas é o alinhamento, uma vez que, quando a etiqueta cola, já não é possível descolá-la. Para o ajudar a colar as etiquetas correctamente à primeira, existem mecanismos que as centram, enquanto as cola ao disco. Quando usar estas etiquetas, aplique- as apenas após gravar o CD/DVD. Se a aplicar antes, esta pode ficar descentrada e afectar assim a gravação.
 
Muitas aplicações de gravação de CD/DVD, incluem programas usados para dispor e imprimir etiquetas e até mesmo capas para caixas de CD/DVD. Algumas aplicações e programas têm várias imagens de fundo à escolha (ou permitem o uso das suas próprias imagens como fundo), e caixas, onde pode digitar o seu texto. Não é necessário ter muitos conhecimentos técnicos ou artísticos para obter um design decente.
 
Se pretender comercializar os seus CD/DVD, o próximo passo é uma impressora de rótulos. Estas impressoras imprimem em discos especiais que têm uma camada permeável num dos lados. Se um disco não tiver esta camada especial, a tinta vai formar gotas na superfície do disco e não vai agarrar. Os discos para impressão a jacto de tinta são produzidos por várias das maiores empresas e estão à venda em lojas de material informático e de escritório e em retalhistas on-line. Várias impressoras fotográficas da Epson têm a capacidade de imprimir rótulos directamente neste tipo de discos. Se o mercado aguentar esta funcionalidade, esta tornar-se-á mais comum. Estas impressoras incluem programas que são usados para projectar e imprimir os seus rótulos. Quando estes estão prontos a imprimir, coloca-se o CD ou DVD especial num tabuleiro que o protege, e o CD percorre na impressora o mesmo caminho que o papel.
 
Também existem impressoras que foram criadas com o único objectivo de imprimir rótulos em discos, e até robots que vão inserindo os discos na impressora, de forma a imprimirem uma série de discos sozinhos.
 
Quando precisar de grandes quantidades de um mesmo disco, é aconselhável mandá-lo duplicar e rotular por profissionais. Também é possível apenas rotular profissionalmente os seus discos, deixando um espaço para escrever o nome ou o título mais tarde.

As drives que usam tecnologia Lightscribe rotulam discos
Lightscribe ao mesmo tempo que estes são gravados.



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Problemas com o sistema FAT


Como a FAT é um registo muito dinâmico, que precisa ser actualizado após qualquer alteração, por menor que seja, nos arquivos gravados no disco, é normal que às vezes surjam alguns problemas, felizmente fáceis de resolver na maioria dos casos.

Se, por exemplo, um programa qualquer altera um arquivo, aumentando o seu tamanho e consequentemente fazendo com que ocupe mais clusters e o sistema trava, sem dar chance à aplicação de fazer as alterações necessárias na FAT, provavelmente teremos clusters ocupados pelo arquivo que estarão sendo informados como livres na FAT. Qualquer programa poderia então escrever nestes clusters já ocupados, danificando o arquivo anteriormente gravado.

Os erros que costumamos ver com mais frequência são: agrupamentos perdidos (Lost Clusters), arquivos interligados (Cross-Linked Files), arquivos ou directórios inválidos (Invalid Files or Directories) e erros na FAT (Allocation or FAT Errors). Todos estes erros são somente a nível lógico, ou seja, apenas são corrupções nos dados gravados causadas por panes do próprio sistema operacional ou em outros programas, e não devido a mal funcionamento do disco rígido. Estes problemas são fáceis de resolver usando programas de diagnóstico, como o Scandisk ou o Norton Disk Doctor.

Agrupamentos perdidos: Os agrupamentos perdidos (“agrupamento” é a tradução da palavra “cluster” para o Português) nada mais são do que clusters marcados na FAT como ocupados, mas que na verdade não armazenam nenhum arquivo ou fragmento de arquivo. Agrupamentos perdidos surgem quando ocorre alguma pane, enquanto o programa está gravando algum arquivo.

Neste caso, são feitas as alterações na FAT mas o sistema (seja por um pico de tensão ou “pau” do Windows) trava antes que os dados sejam gravados.

Um programa de diagnóstico verifica todas as entradas na FAT, assim como todas as cadeias de arquivos durante seu teste. Ao encontrar um lost cluster ele altera a FAT, novamente informando o cluster como vago e oferece ao utilizador a opção de salvar os dados armazenados no cluster (sejam quais forem) na forma de um arquivo, ou simplesmente descartá-los. Escolhendo a opção de gravar como arquivo, você deverá especificar um nome e uma extensão para o arquivo a ser criado, podendo depois examiná-lo (você pode começar tentando através um editor de textos) para ver se é algo importante ou apenas lixo.

Arquivos Interligados: Qualquer arquivo maior que um cluster, é gravado no disco na forma de uma sequência de clusters ocupados, cada um armazenando um fragmento do arquivo. No final de cada cluster, existe um sinal indicando em qual cluster está gravada a continuação do arquivo.

Caso o trabalho dos aplicativos seja interrompido bruscamente, pode ser que alguns arquivos passem erradamente a apontar clusters usados por outros arquivos. Temos então, um ou mais clusters que são propriedade de dois arquivos ao mesmo tempo.

Para solucionar este problema, um programa de diagnóstico apagaria ambos os arquivos, oferecendo antes a opção de salvar seu conteúdo na forma de um novo arquivo.

Arquivos ou directórios inválidos: Algumas vezes, devido a um travamento do sistema, algum arquivo salvo, pode ter seu conteúdo danificado. Tendo o seu conteúdo corrompido, um directório, ou algum outro arquivo que possui uma estrutura definida, torna-se inútil.

Algumas vezes os programas de diagnóstico conseguem consertar o arquivo; em outras, não resta outra opção senão a clássica medida de permitir salvar o conteúdo do arquivo e, em seguida, apagá-la.

Erros na FAT: Pode ser que devido a uma pane, a própria FAT fique corrompida. Neste caso, um programa de diagnóstico poderia tentar corrigi-la (comparando as duas cópias da FAT, caso o dano seja pequeno), ou simplesmente substituir a titular pela cópia de segurança.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Nós e amarras LXIX

Todo o escuteiro deve saber fazer nós. Eles são essenciais para o acampamento e também para a vida do dia a dia.

Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:
  • Simplicidade em ser feito
  • Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar.
  • Facilidade em ser desatado
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará o resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida.

COSTURAS

Costura em Pinha
Vamos aqui fazer referência a 3 tipos de costuras. Esta, a costura em Pinha, utiliza-se para terminar a extermidade de um cabo para que este não se desfie (Fig.44).

Costura de Alça
Esta costura, tal como o nome indica, serve para fazer uma alça na extermidade de um cabo (Fig.45).

Costura Singela
Também designada por costura redonda ou de emendar, serve para ligar dois cabos identicos entre si pelas extermidades (Fig.46).


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pterocles orientalis, Cortiçol-de-barriga-preta


Taxonomia
Aves, Pteroclidiformes, Pteroclididae.

Tipo de ocorrência
Residente.

Classificação
EM PERIGO -– EN (A2c+3c+4c; B2ab(i,ii,iii,iv,v); C2a(i,ii))
Fundamentação: Admite-se que a espécie pode ter sofrido nos últimos 10 anos uma acentuada redução da sua população, com base nas evidências de declínio na área de ocupação e extensão de ocorrência, bem como da redução da área ocupada com pousios; as causas dessa redução populacional são compreendidas e são reversíveis mas não cessaram, admitindo-se que continuem a actuar nos próximos 10 anos. A sua área de ocupação é reduzida (inferior a 500 km2); admite-se que a população tenha fragmentação elevada e apresenta declínio continuado da extensão de ocorrência, área de ocupação, área, extensão e/ou qualidade do habitat. A espécie tem população reduzida (menos de 1.000 indivíduos maturos), admitindo-se que não haja subpopulações com mais de 250 indivíduos maturos ou que todos os indivíduos estejam concentrados numa única subpopulação.

Distribuição
A área de nidificação do cortiçol-de-barriga-preta estende-se desde a Península Ibérica, ilhas Canárias e Norte de África e atravessa Israel, Anatólia e Arménia, e do Cazaquistão até à China e Irão, Afeganistão e Paquistão; apresenta áreas de invernada no Médio e Próximo Oriente (del Hoyo et al. 1997). Na Europa é sedentário e as maiores populações encontram-se em Espanha e na Turquia (Tucker & Heath 1994).

Em Portugal, esta espécie distribui-se pela metade Leste do país, de forma muito fragmentada. A sua área de ocorrência passa por Castelo Branco, Campo Maior, Évora, Mourão até à região de Mértola – Castro Verde (Cardoso 2003). É nas planícies alentejanas que ocorre em maior abundância.

População
De acordo com Cardoso (2003), no censo nacional da espécie realizado em 2003 não foram detectados mais do que 300 indivíduos durante o período que antecipa a reprodução (Abril –Maio). Desde a década de 80 (Rufino 1989) a espécie desapareceu de várias regiões do país, nomeadamente de Trás-os-Montes, Vila Fernando, Alter-Monforte (Cardoso 2003). Em outras zonas os efectivos diminuíram, como são exemplo as regiões de Campo Maior e Évora (Cardoso 2003).

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Em Declínio, embora ainda provisoriamente, apresentando um declínio continuado moderado (BirdLife International 2004).

Habitat
Na Península Ibérica é conhecida a sua dependência de substratos agrários e, dentro destes, a relevância que têm as pastagens, os pousios (incluindo pousios com algum mato) e as áreas de restolho (Herranz & Suarez 1999). No entanto pode encontrar-se em zonas de maior altitude do que Pterocles alchata e é mais tolerante a vegetação de maior dimensão (Tucker & Heath 1994).

De acordo com Poeiras (2003), a espécie tem preferência por zonas de pastagem, com reduzido coberto vegetal, distantes de estradas secundárias e próximas dos locais de abeberamento. O mesmo estudo identificou os cultivos de leguminosas como o biótopo preferencialmente utilizado pela espécie.

Cria em áreas nuas e pedregosas, sendo muitos ninhos encontrados nos terrenos lavrados. Nidifica directamente no solo plano, numa pequena cova nua e desprovida de vegetação (Cramp 1985, Herranz & Suarez 1999, Cardoso & Carrapato 2002).

Segundo Herranz & Suarez (1999) está adaptada a condições desérticas e semi-desérticas, necessitando no final do dia de ingerir água provavelmente para compensar a ausência desta na alimentação, em bebedouros que frequenta principalmente durante a época de reprodução, algumas horas após o nascer do sol e antes do pôr do sol. Ferns & Hinsley (1995) afirmam que estes bebedouros se situam em locais relativamente próximos da sua área de alimentação e nidificação, e que a barreira visual é o factor que mais influencia a escolha do cortiçol, sendo claramente preferidas as localizações a maior distância de ondulações no terreno e de cortinas de vegetação.

Factores de Ameaça
Como principais ameaças à conservação desta espécie em Portugal foram identificados os seguintes factores: intensificação da agricultura, florestação das terras agrícolas, construção de estradas, albufeiras e outras infra-estruturas, abandono agrícola e do pastoreio extensivo, sobrepastoreio, abate ilegal, utilização de agro-químicos, perturbação humana, o aumento de predação de ovos e crias, por corvídeos e cães assilvestrados e a colisão com linhas aéreas de transporte de energia.

Trata-se de uma espécie que reproduz entre Junho a Setembro (Cardoso & Carrapato 2002), facto que implica que existam crias não voadoras na abertura da época de caça à rola (a 15 de Agosto) e na abertura da caça geral (a 1 de Outubro) e de que resulta que existem ainda nessa altura muitos machos a percorrer o trajecto até aos bebedouros, onde as rolas (Streptopelia turtur) também se deslocam. E tendo em conta que na caça geral se utilizam cães, esta constitui assim um factor limitante à sobrevivência da nova geração e por conseguinte da conservação da população de cortiçol-de-barriga-preta.

Medidas de Conservação
Parte da área de ocorrência do cortiçol-de-barriga-preta está classificada como Zona de Protecção Especial (Campo Maior, Moura/Mourão/Barrancos, Castro Verde, Vale do Guadiana).

Esta espécie é contemplada no Plano de acção para  a conservação das aves dependentes da estepe cerealífera (Almeida et al. 2003).

Conforme identificado nessa proposta de Plano, a conservação do cortiçol-de-barriga-preta em Portugal depende: da promoção da cerealicultura extensiva com rotação de culturas, mediante aplicação de medidas agro-ambientais e/ou indemnizações compensatórias em áreas estepárias prioritárias); da manutenção do pastoreio extensivo e condicionamento do encabeçamento nas áreas mais importantes de reprodução; do incremento da sustentabilidade económica das áreas estepárias, nomeadamente através da certificação de produtos provenientes de áreas “amigas da avifauna estepária”; da elaboração e implementação de Planos de Gestão nas ZPE’s com ocorrência da espécie; do estabelecimento de uma estratégia conjunta Portugal/Espanha visando a conservação das aves dependentes da estepe cerealífera; do condicionamento/regulamentação da edificação, da actividade turística e da actividades cinegética em ZPE’s importantes para avifauna estepária. Deve ser definida uma rede de áreas de máxima conservação entre os locais de reprodução e respectivos bebedouros, onde a diminuição do uso de pesticidas e adopção de técnicas de pestes alternativas deve também ser promovido; também a construção de vias de comunicação, de vias férreas, de linhas para o transporte de energia e outras infra-estruturas, de plantações florestais, vinhas e perímetros de rega nas áreas prioritárias para a conservação da espécie devem ser sujeitas a AIA, tendo em conta a perda de habitat estepário e a sua fragmentação, o incremento esperado no número de predadores e o efeito cumulativo/sinérgico dos projectos individuais.

Deve ser assegurada a monitorização de parâmetros populacionais, por forma a avaliar as tendências na distribuição e no tamanho da população.

Importa também informar a comunidade rural e a população em geral sobre os valores naturais das áreas agrícolas extensivas de sequeiro e sobre as necessidades de conservação das espécies delas dependentes.

in Livro Vermelho dos Vertebrados

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

WE Model 17 Gen 4 - BK


Marca: WE
Código do Produto: GUNT0403
Hop-Up: Ajustável
Peso: 756 grs
Comprimento: 205 mm
Capacidade: 24+1 bb's
Potência: 300 fps
Fonte de Energia: Green Gas
Blowback: Sim
Modo de Tiro: Semi-automático

Pistola a gás Model 17 da WE, sem marcas da arma real mas algumas igualmente atraentes marcas da WE. Construção sólida, não há oscilações,  chocalhos, ou rangidos. A ultima pistola WE Gen 4 Model 17 GBB tem um novo punho. Ele tem um padrão de punho mais "táctico" e uma traseira ajustável para melhor empunhamento.

Este WE Model 17 é uma réplica digna da arma real, combinando excelente mecânica com uma estética de aspecto autêntico do exterior. Como deve esperar da WE, esta é uma pistola a gás blowback bem cosntruídal, que é mecanicamente e fisicamente muito sólida. O systema de coice blow back torna agradável dispará-la. O cão interno permite que a arma esteja pré-armada para disparo instantâneo. O desenho do gatilho significa que o disparo acidental esta prevenido a não ser que puxe o gatilho com o seu dedo.

O hop-up pode ser ajustado desde que retire a corrediça. Desarmar é exactamente como na arma real. Baixar a alavanca de desarme e mover a corrediça para a frente da armação.

O botão do hop-up está localizado na montagem do cano que é vísivel depois de desmontar a corrediça.

É totalmente comptível com os carregadores da Marui, assim verifique outros acessórios, carregadores e lembre-se de encher com gás e BB's!

in

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Transferir Imagens

Os leitores de cartões são
geralmente ligados a um
computador por uma porta USB
ou podem estar integrados no
próprio computador. Os cartões
inseridos numa ranhura para
cartões são tratados como se
fossem discos amovíveis. Os
cartões variam em tamanho e
ligações, por isso muitos leitores
possuem várias ranhuras.
O armazenamento na câmara é apenas temporário. Quando pretende usar ou editar as imagens, ou arranjar espaço para imagens novas, as imagens são transferidas do cartão para um computador.
 
Quase todas as câmaras digitais vêm com um programa que transfere as suas imagens, assim como os programas de edição e gestão de imagem.
Por muito úteis que estas ferramentas sejam, é conveniente saber também como usar as ferramentas do sistema operativo. As razões pelas quais devemos saber usar o sistema operativo são:
 
• Disponibilidade. As ferramentas do sistema operativo são do mesmo tipo em todos os computadores, em qualquer parte do mundo.
Quando um cartão é mais
pequeno que a ranhura, ou se
o seu computador portátil tem
uma ranhura ExpressCard, é
possível encontrar um
adaptador que ajuste o cartão
à ranhura disponível. Aqui é
mostrado o adaptador Delkin
que permite ler cartões CF numa
ranhura ExpressCard. Alguns
adaptadores aceitam vários
tipos de cartão.
• Mudança. Se mudar de aplicação, aquilo que aprendeu sobre as ferramentas do sistema operativo continua a ser útil. Aquilo que aprendeu sobre a aplicação anterior pode até ser esquecido.
• Controlo. Muitos programas têm vontade própria e renomeiam e armazenam ficheiros de uma maneira indesejável. As ferramentas do sistema operativo permitem o uso do seu próprio sistema de gestão de ficheiros.
Indiferentemente da forma como transfere os ficheiros, é necessário escolher entre copiá-los ou movê-los.
• Se mover ficheiros a partir do dispositivo de armazenamento da câmara, estes são primeiramente copiados para o computador e depois são apagados do dispositivo. Se alguma coisa correr mal durante a transferência, é possível perderem-se ficheiros de imagem.
• Se copiar os ficheiros, estes não são automaticamente apagados no dispositivo de armazenamento. É possível eliminá-los usando os comandos da câmara ou do computador. Apesar do facto de eliminar as imagens depois de as transferir ser um passo adicional, este procedimento é mais seguro do que mover os ficheiros, porque se alguma coisa correr mal, as imagens originais continuam no cartão.
 
Leitores de cartões e Ranhuras para Cartões
Uma das formas mais comuns de transferir imagens para o computador é através do uso de um leitor ou de uma ranhura para cartões que aceite o tipo de cartão, com ou sem um adaptador. As ranhuras para cartões estão a ser integradas nos próprios computadores, impressoras e até televisores. Mesmo que o seu sistema não possua uma ranhura para cartões, existem leitores baratos que se ligam através de uma porta USB.
Algumas impressoras, kiosks de impressão e até televisores têm ranhuras que aceitam os cartões directamente retirados da câmara, de maneira a que possa visualizar ou imprimir as suas imagens sem um computador. Imagem cortesia da HP.
Conexões por cabo
Outra maneira muito usada para transferir fotografias é por meio de cabos.
As ligações mais conhecidas de momento são a USB 2.0 e a Firewire 800
(IEEE 1394b).
Quase todas as câmaras vêm com um cabo USB ou Firewire (IEEE 1394), que permite ligá‑las a um computador ou impressora.
Os logótipos e as ligações para cabos USB e Firewire (IEEE 1394), na parte de trás do Mac Mini da Apple, são aqui assinaladas a vermelho.
As estações para câmaras permitem ligar facilmente a câmara a uma impressora ou mesmo carregar as suas baterias. Infelizmente cada estação é específica do modelo da câmara, por isso quando adquirir uma câmara nova, vai necessitar de outra forma de fazer as suas ligações.
Os cabos USB têm uma ficha igual para todos os computadores, mas as fichas que ligam às câmaras não estão estandardizadas. Isto é uma fonte de frustração para quem possui mais que uma câmara. Felizmente existem conjuntos de adaptadores, que resolvem esta situação.
A Sandisk fabrica um cartão SD,
que tem um conector USB, que
aparece quando se dobra o cartão.
Este cartão SD pode ser ligado
sem o uso de um leitor ou de
uma ranhura para cartões.
Ligações sem Fios
Uma das últimas tendências do mercado é o uso de ligações sem fios entre a câmara e o computador ou impressora, e entre a câmara e uma rede, de forma a ser possível partilhar as imagens imediatamente, usando o e-mail, páginas de partilha, ou blogs de fotografia. Existem três abordagens básicas:

• Os infra-vermelhos ligam dispositivos em linha de vista, quando o raio não é bloqueado.
• O WiFi faz ligação com impressoras sem fios, kiosks de impressão e redes WiFi, tais como as redes domésticas e os hot spots públicos. Vem integrado em algumas câmaras e é possível adquiri-lo em separado, para outras. Os telemóveis com câmara enviam fotografias através da rede do operador, mas estes praticam preços demasiado
A compatibilidade WiFi da
Kodak EasyShare One
permite a publicação de
imagens numa página Web,
ou o seu envio por e-mail,
usando uma rede doméstica
ou um hot spot público.
elevados. Felizmente, alguns telemóveis permitem também a ligação a redes WiFi, cortando os custos da transferência de imagens. Estas câmaras aderiram ao padrão DLNA (Digital Living Network Alliance), que trabalha com rede WiFi 802.11b/g. Isto permite- lhes comunicar entre si, bem como com uma rede WiFi, ou com outros dispositivos de entretenimento.
• O Bluetooth recebeu inexplicavelmente o seu nome, de Herald Bluetooth, um rei dinamarquês do século X. É relativamente lento, muito mais que o WiFi. Apesar de ter sido inicialmente concebido com o intuito de substituir todos os cabos suspensos numa secretária, o bluetooth está a encontrar actualmente, o seu espaço na fotografia, porque usa muito pouca energia, preservando a duração das baterias, e, ao contrário dos infra-vermelhos, os dispositivos bluetooth não necessitam de estar em linha de vista para transferir informação. Os kiosks de impressão costumam estar equipados
Câmara Nikon com ligação WiFi.
com bluetooth para que seja possível transmitir as fotografias para a impressora. Com uma câmara digital e um telemóvel, que estejam ambos equipados com buetooth, é até possível tirar uma fotografia com a câmara, e enviá-la através do telemóvel. Existem também adaptadores USB e PC Cards que permitem o uso do bluetooth para transferir imagens do telemóvel para o computador.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

VFAT


A FAT 16 usada pelo DOS, possui uma grave limitação quanto ao tamanho dos nomes de ficheiros, que não podem ter mais que 11 caracteres, sendo 8 para o nome do arquivo e mais 3 para a extensão, como em “formular.doc”. O limite de apenas 8 caracteres é um grande inconveniente, o “Boletim da 8º reunião anual de direcção”, por exemplo, teria de ser gravado na forma de algo como “8reandir.doc”, certamente um nome pouco legível.

Sabiamente, a Microsoft decidiu eliminar esta limitação no Windows 95. Para conseguir derrubar esta barreira, e ao mesmo tempo continuar usando a FAT 16, evitando os custos de desenvolvimento e os problemas de incompatibilidade que seriam gerados pela adoção de um novo sistema de arquivos (o Windows 95 original era compatível apenas com a FAT 16), optou-se por “remendar” a FAT 16, com um novo sistema chamado VFAT.

Através do VFAT, arquivos com nomes longos são gravados no diretório raiz respeitando o formato 8.3 (oito letras e uma extensão de até 3 caracteres), sendo o nome verdadeiro armazenado numa área reservada. Se tivéssemos dois arquivos, chamados de “Reunião anual de 1998” e “Reunião anual de 1999”, por exemplo, teríamos gravados no diretório raiz “Reunia~1” e “Reunia~2”. Se o disco fosse lido a partir do DOS, o sistema leria apenas este nome simplificado. Lendo o disco através do Windows 95, seria possível aceder as áreas ocultas do VFAT e ver os nomes completos dos arquivos.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Nós e amarras LXVIII

Todo o escuteiro deve saber fazer nós. Eles são essenciais para o acampamento e também para a vida do dia a dia.

Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:
  • Simplicidade em ser feito
  • Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar.
  • Facilidade em ser desatado
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará o resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida.

FALCASSAS

Falcassa Simples
Esta falcassa simples (ou de chicotes mordidos) é utilizada com uma corda em volta de um cabo (Fig.40) sendo idêntica ao Botão de Falcassar.

Falcassa à Americana
Este é outro tipo de Falcassa, observa a figura 41.

Meias voltas mordidas
A figura 42 mostra-te a execução de outro tipo de falcassa.

Falcassa de Agulha
Para segurar as pontas de um cabo, para que este não se desfie, pode-se utilizar a Falcassa de Agulha (Fig.43).


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pterodroma feae, Gon-gon, Freira do Bugio

Taxonomia
Aves, Procellariformes, Procellariidae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante. Endémico da Macaronésia.
 
Classificação
VULNERÁVEL –- VU (D1+2)
Fundamentação: Espécie que possui uma população pequena (inferior a 1.000 indivíduos maturos) e apresenta uma área de ocupação reduzida (inferior a 20 km2), encontrando-se numa única localização.

Distribuição
Espécie que nidifica apenas nos arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde (Santiago, Fogo, Santo Antão, São Nicolau) (Ratcliff et al. 2000).

No arquipélago da Madeira ocorre unicamente no Bugio, uma das três ilhas que compõem as Desertas. A sua distribuição parece ter sido mais ampla no passado, existindo registos fósseis que apontam para a sua presença na Deserta Grande, Madeira e no Ilhéu da Cal (Porto Santo) (Pieper 1985).

População
Em 2002, com base num trabalho efectuado no planalto Sul e suas áreas adjacentes, a população total do Bugio foi estimada entre 173 e 258 casais reprodutores (Geraldes 2002). Não existem dados recentes sobre o estado da população existente no planalto Norte.

É uma espécie globalmente classificada como Quase Ameaçada (NT) (IUCN 2004a), que em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa é considerada Vulnerável (BirdLife International 2004).

Habitat
Esta espécie nidifica em dois planaltos do Bugio, que se caracterizam pela existência de solo profundo (superior a 1 m) que permite a escavação de ninhos. A distância entre a entrada do ninho e a câmara onde é depositado o ovo varia de ninho para ninho, podendo ser muito longa (superior a 2 m).

Factores de Ameaça
Um trabalho recente (Geraldes 2002) identificou e avaliou as seguintes ameaças e factores limitantes:
  • Erosão e diminuição da disponibilidade do habitat pela acção de cabras e coelhos introduzidos. A cobertura vegetal do planalto Sul, onde provavelmente se localizam a maior parte dos ninhos, apresenta evidências de excesso de uso por parte destas espécies. Apesar de ser difícil a quantificação da forma como cada uma delas contribui para este uso, as abundâncias relativas apontam para que os coelhos sejam o maior vector de degradação do habitat em causa. Esta ameaça deverá ser classificada como de importância elevada;
  • Perturbação das aves, destruição de ninhos e de ovos causada por coelhos. Estes herbívoros invadem os ninhos, provocando a abertura de novas entradas e interligações, provocando a destruição directa dos ovos ou o seu abandono devido ao stress causado nas aves nidificantes. Esta ameaça deverá ser classificada como de importância elevada;
  • Os murganhos poderão constituir factores de ameaça, sobretudo quando a sua acção se faz em simultâneo com a perturbação causada pelos coelhos, contudo a sua importância é desconhecida.
  • Apesar de não existirem dados conclusivos nesse sentido, o aumento da população de cagarras nas Desertas poderá contribuir para que a competição por locais de nidificação se torne, a longo prazo, um factor limitante.
Medidas de Conservação
O Bugio está integrado na Reserva Natural das Ilhas Desertas e conta com o estatuto de Reserva Integral. Para além deste aspecto legal, o habitat, e consequentemente a espécie, está naturalmente protegido pelas  acessibilidades muito difíceis que o Bugio apresenta.

Após a identificação e a avaliação da importância de cada uma das potenciais ameaças e factores limitantes, está em curso um estudo de viabilidade que permita decidir sobre a erradicação ou controlo local dos coelhos nesta Ilha. Por outro lado, está a ser estudada a possibilidade de se proceder à translocação de alguns juvenis de primeiro ano para a Deserta Grande, onde aqueles herbívoros foram erradicados e o habitat terrestre está em plena recuperação.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A&K PKM AEG (Wood)


Marca: A&K
Código do Produto: GY-PKM-WD
Hop-Up: Ajustável
Peso: 7,540 kg
Comprimento: 1,193 m
Capacidade: 4.000 bb's
Potência: 430 fps
Tamanho da Bateria: 11.1V Lipo Tamiya
Modo de Tiro: Semi-automático, automático

A verdadeira PK é uma metralhadora de serviço geral de calibre 7.62 mm desenhada na União Soviética e correntemente em produção na Rússia. A metralhadora PK foi introduzida nos anos 60 e substituiu as metralhadoras SGM e RPD no serviço das forças soviéticas. Mantém-se em uso na infantaria de primeira linha e como arma montada em veículos nas forças armadas russas.

Aqui temos a versão de airsoft, a A&Ks PKM AEG pode ser uma irmã gémea da arma verdadeira com algumas alterações internas óbvias. Mas atenção, se quer uma coisa que de certeza parece ser a versão real, é isto! Antes de atirar a arma fora (trocadilho intencional), deixe-me partilhar mais alguma informação sobre ela.

Externamente, tem uma cobertura superior e um receptor em metal, um cano em alumínio e todas as outras partes metálicas são componentes em liga de zinco. A Coronha, Punho e Fuste são construídos em madeira real.

A caixa/carregador é construída em metal e é capaz de alojar 4.000 munições de BB's o que é bastante. Existe uma outra secção na caixa onde pode colocar a bateria para a própria AEG que então liga à caixa/carregador para que funcionem em conjunto. Pode necessitar de efectuar alguns disparos antes das bb's começarem a sair do cano.

Internamente, tem uma gearbox 249 e hop up. O hop up é algo que pode ajustar facilmente mas levantando a cobertura em metal. Se usar uma bateria 11.1v Lipo, pode disparar todos as 4.000 munições num par de minutos mas se mantiver o gatilho em baixo, vai desgastar o dentes do pistão. As próprias gears irão suportar a tensão mas se quer manter o gatilho em baixo por muito tempo, sugiro o alguns upgrades internos!

Isto será perfeito para levar para um skirmish se quiser aguentar as linhas e apoiar os seus colegas de equipas quando estão sobre fogo! É de certeza uma força para não ser encarada ligeiramente!

in




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Como são armazenadas as Imagens na Câmara e no Computador

As fotografias são armazenadas como ficheiros no dispositivo de armazenamento da câmara segundo uma variedade de critérios adoptados pelos fabricantes de câmaras. Estes critérios asseguram a mobilidade de ficheiros e dispositivos de armazenamento, entre câmaras e outros equipamentos digitais e programas. Como o armazenamento de ficheiros é tão importante, é necessário compreender de que forma drives, pastas e ficheiros se relacionam entre si. Quando trabalha em fotografia digital sem antes dominar estes conceitos simples, é possível que mais tarde não encontre as fotografias que deseja, ou não consiga organizá-las de forma a poder trabalhá-las rápida e facilmente.

Um disco duro novo (1), tal como uma gaveta de arquivo vazia, não tem ficheiros nem organização. Dividir um disco duro em pastas (2) é como dividir uma gaveta de arquivo com pastas suspensas. Acomodar sub-pastas dentro de pastas (3) é como colocar pastas de cartão dentro das pastas suspensas da gaveta. Os ficheiros, incluindo imagens, podem ser arquivados em qualquer uma das pastas ou sub-pastas (4) - ou ainda na gaveta, fora das pastas, no chamado directório de raiz da drive.
Drives
Quase todos os computadores possuem mais que uma drive. De forma a distingui-las, são-lhes atribuídas letras ou nomes tais como Macintosh HD, e o seu tipo é identificado por ícones. Por exemplo, a já moribunda drive de disquetes era identificada como drive A ou B, pelo que estas letras também caíram em desuso. A drive que o computador escolhe para o sistema operativo, quando é ligado, é a drive C. Drives adicionais variam de computador para computador, mas muitas vezes incluem outros discos duros, e drives de CD ou DVD. Quando ligamos uma câmara, um leitor de cartões ou mesmo uma moldura digital ao computador, estes também passam a ser drives. Muitos dispositivos são reconhecidos automaticamente quando são ligados ao computador, mas alguns requerem a instalação de pequenos programas chamados drivers, para que o computador os reconheça.



Ícone do disco duro da
Apple Macintosh.
Pastas
As pastas são utilizadas para organizar ficheiros numa drive. Imagine que trabalha num banco de imagens e lhe pedem para encontrar uma foto do “Yosemite” (parque natural da Califórnia), sabendo que todas as fotografias adquiridas pelo banco foram arquivadas desorganizadamente em caixas. Teria que procurar em todos os lados até conseguir reunir aquilo que pretende.

Agora compare este exemplo com o de um banco que usa um arquivo bem organizado, com pastas suspensas bem identificadas, agrupando imagens que estejam relacionadas umas com as outras. Por exemplo, pode existir uma pasta suspensa com o nome Parques Naturais da Califórnia. No caso de ser necessária uma subdivisão de um tema, pastas de cartão podem ser inseridas dentro das pastas suspensas – basicamente, trata-se de colocar pastas dentro de pastas.

É provável que haja uma pasta identificada com o nome Yosemite, que contenha imagens deste parque. Quando tudo está correctamente identificado e organizado, é fácil localizar as imagens que se pretende. O mesmo é verdadeiro em relação aos cartões de memória e às drives do sistema do seu computador. Ambos são equivalentes aos armários arquivadores vazios, cheios de espaço para armazenamento, mas sem organização. A organização necessária para encontrar alguma coisa no dispositivo de memória da câmara (do qual falamos aqui) é criado pela própria câmara, mas no computador, a organização tem que ser criada pelo utilizador (como veremos mais tarde). Quando usa as ferramentas ou aplicações do sistema operativo, para visualizar um dispositivo de armazenamento da câmara ou de um leitor de cartões, verifica que está organizado da mesma maneira que as outras drives do sistema. Quando esta contém mais que uma pasta, aquela que interessa aos fotógrafos tem o nome DCIM (Digital Camera IMages). Se eliminar esta pasta, a câmara criará uma nova (mas não recupera as imagens que a pasta continha). O propósito desta pasta, chamada directório de raiz da imagem, é manter agrupadas as fotografias captadas pela câmara. Quando usa o mesmo cartão em dispositivos diferentes, é possível aparecerem pastas com ficheiros de música MP3 ou outros.

A câmara digital cria e nomeia automaticamente sub-pastas dentro da pasta DCIM, onde são guardadas as fotografias (como colocar pastas de cartão dentro de pastas suspensas). Os três primeiros caracteres do nome de um ficheiro, designados por número de directório, são números entre 100 e 999. Os cinco caracteres seguintes são conhecidos como caracteres livres e podem ser quaisquer caracteres alfanuméricos escolhidos pelo fabricante da câmara. Quando é criada uma nova pasta, ou quando outra pasta fica cheia, é-lhe atribuído um número com mais um dígito do que o da pasta anterior. Algumas câmaras permitem criar e nomear novas pastas, ou escolher entre as pastas criadas por ela. Isto permite encaminhar novas imagens para uma pasta específica e também reproduzir as imagens de apenas uma pasta, ao invés de todas as imagens guardadas no cartão.

Os ficheiros de imagem têm
um nome com 8 caracteres
seguidos de um ponto e de
uma extensão com 3
caracteres.
Nomes dos Ficheiros
Quando uma imagem é guardada, a câmara atribui-lhe um nome e armazena-a na pasta corrente. Os nomes dos ficheiros têm duas partes, um nome com 8 caracteres e uma extensão com três. São como nomes próprios e apelidos. Cada nome é único em cada pasta, e a extensão, separada do nome por um ponto, identifica o formato do ficheiro. Por exemplo, uma extensão JPG significa que se trata de um ficheiro de imagem JPEG, e TIF, significa que se trata de um ficheiro de imagem TIFF.
 
As extensões desempenham outra função importante. Uma extensão pode estar associada a um programa no sistema, para que, quando clica duas vezes no ficheiro, o programa associado abra, abrindo consigo o ficheiro escolhido. Quando, por outro lado, usa o comando Ficheiro > Abrir de um determinado programa, é habitual serem mostrados os ficheiros cujas extensões podem ser lidas pela aplicação. (É possível listar outros tipos de ficheiros, mas isto requer mais um ou dois passos). Se alterar a extensão, é possível que o sistema deixe de saber o que fazer ao ficheiro. Os primeiros quatro caracteres do nome de um ficheiro de imagem, chamados caracteres livres, só podem ser letras maiúsculas de A a Z. Os últimos quatro caracteres formam um número entre 0001 e 9999 e são designados como número de ficheiro. A Canon usa “IMG_” para os quatro primeiros caracteres, seguidos do número de ficheiro, a Nikon usa “DSC_” e a Sony “DSC0”. Depois de transferir as imagens para o computador, ou mesmo ao transferi-las, elas podem ser renomeadas com nomes mais descritivos.

Uma árvore exibida no
Windows Explorer identifica
as drives e as pastas com
ícones e etiquetas. Os sinais
+ e – indicam se uma
determinada pasta ou drive
está expandida (–), mostrando
as sub-pastas, ou fechada
(+), escondendo-as.
Árvores
Uma maneira de ilustrar a organização das pastas numa drive é exibi-las em forma de árvore. Nesta perspectiva, todas as pastas se ramificam a partir da drive, algo semelhante a um diagrama de organização. Se qualquer uma das pastas contiver sub-pastas, estas são mostradas como um segundo braço, que parte do primeiro. Quando usamos uma árvore, podemos expandir ou fechar toda a árvore, ou apenas um dos ramos. Isto permite-lhe alternar entre um resumo dos conteúdos do computador, e os detalhes de uma drive ou de uma pasta.

Caminhos
Quando os ficheiros são armazenados em pastas de um disco, é especificado um caminho para chegar a eles. Por exemplo, se um ficheiro com o nome IMG_4692.JPG está dentro de uma sub-pasta chamada 146CANON, que está inserida numa pasta com o nome DCIM, na drive H, o caminho para esse ficheiro é H:\DCIM\146CANON\IMG_4692.JPG. Os elementos chave de um caminho – drive, pasta, sub-pasta e nome do ficheiro – são separados por backslashes (\). É possível que esteja mais familiarizado com os caminhos mostrados pelo browser da Web, que usa uma abordagem semelhante. Por exemplo, o URL…

http://www.shortcourses.com/index.html

…é o caminho para uma página Web específica. Normalmente, não se digitam os caminhos, os ficheiros são abertos ao clicar nas drives ou nas pastas. No entanto, muitos programas mostram no ecrã os caminhos, como uma ajuda à navegação, facilitando a identificação da localização de um ficheiro no sistema.

Aqui é mostrado o caminho para o ficheiro IMG_4692.JPG, da sub-pasta 146CANON, que se encontra na pasta DCIM, na drive H. A drive, a pasta, sub-pasta e o nome do ficheiro estão separados por backslashes.
Aqui é mostrada a forma como o Lightroom exibe o caminho para uma determinada imagem.