terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Remiz pendulinus, Chapim-de-mascarilha, Chapim-de-faces-pretas


Taxonomia
Aves, Passeriformes, Remizidae.
 
Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
QUASE AMEAÇADO -– NT* (D1)
Fundamentação: Espécie com população reduzida (inferior a 1.000 indivíduos maturos).

No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.

Distribuição
Espécie com distribuição sobretudo paleártica, ocorrendo a latitudes médias, cuja área de ocorrência apresentou expansão para norte, oeste e sudoeste. No limite sul da sua área de distribuição, onde apresenta populações residentes e invernantes, ocorre de forma descontínua, distribuindo-se por Portugal, Espanha e ao longo da bacia do Mediterrâneo (Cramp & Perrins 1993).

Em Portugal ocorre com regularidade de Inverno, em zonas húmidas localizadas no Centro e Sul do país, tanto no litoral como no interior. Entre outras localizações, foi já observado em Montemor-o-Velho, Campo Maior, Elvas, Sado, Benavente, Alcochete, Santo André, Vilamoura, Lagos.

População
Os primeiros registos da espécie em Portugal datam da década de 1970 (Elias et al. 1998), sendo actualmente observado com regularidade.

As observações dispersas da espécie, divulgadas nos noticiários ornitológicos da SPEA e na revista Airo, sugerem que a população invernante em Portugal estará compreendida entre 250 e 1.000 indivíduos. Não se detecta tendência de regressão.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).

Em Espanha, está classificada como Pouco Preocupante (LC) (Madroño et al. 2004) e encontra-se em expansão, sendo referido um incremento populacional (Infante 2003).

Admitiu-se assim para a população nacional um risco de extinção mais reduzido, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.

Habitat
Ocupa pauis, caniçais e estuários ou galerias ripícolas, com vegetação palustre associada.

Factores de Ameaça
A pequena população invernante em Portugal Continental pode sofrer efeitos negativos da degradação do habitat das zonas húmidas em que ocorre, particularmente da destruição do caniçal.

Medidas de Conservação
Esta espécie beneficiará com uma correcta gestão das zonas húmidas, particularmente com as acções que favoreçam a manutenção de largas áreas de caniço.

Notas
Em Portugal Continental é raro e ocasional como nidificante, havendo apenas dois registos de nidificação (Elias & Ferreira 1994).

in Livro Vermelho dos Vertebrados


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