A posição da câmara em relação ao objeto e ao plano de fundo é uma das muitas decisões que tem que tomar. Aqui são apresentadas algumas situações a considerar:
• As objetivas grande-angular são mais propícias ao aparecimento de reflexos indesejados (flare), e por isso, o posicionamento das luzes é mais crítico, especialmente quando apontam na direção da câmara.
• Todas as objetivas têm uma distância de foco mínima, que determina o quão perto pode estar do objeto. Para se aproximar mais, tem que mudar a objetiva para modo macro. Se aproximar mais a câmara de qualquer parte do cenário, não vai ser capaz de focar essa área.
• Se a câmara estiver inclinada para cima ou para baixo, especialmente quando usa uma grande-angular, quaisquer linhas verticais presentes na imagem irão convergir. Existem objetivas especiais para câmaras de 35mm que lhe permitem corrigir este fenómeno, mas são bastante dispendiosas. Para a maioria das pessoas, a solução é usar um nível para se certificar que o plano do sensor de imagem está paralelo à face vertical do objeto.
Na imagem da esquerda, a câmara foi inclinada, fazendo as linhas paralelas convergir. Na fotografia à direita, o plano focal da câmara estava paralelo ao objeto, reproduzindo corretamente as linhas verticais.
• Se a câmara estiver demasiado perto do cenário, a sua objetiva pode bloquear totalmente ou em parte, a luz que ilumina o motivo.
• A distância focal afeta a perspectiva. Uma cena fotografada de perto com uma objetiva grande angular vai ter uma aparência diferente daquela que terá, se for fotografada a mais distância, com uma objetiva de distância focal superior.
A fotografia de cima foi tirada com uma objetiva grande-angular montada a pouca distância da composição. A imagem de baixo, foi tirada com a câmara mais afastada, e com a objetiva zoom numa distância focal superior. A imagem captada pela objetiva grande-angular faz com que os bustos que estão mais afastados pareçam muito mais pequenos. A imagem captada pela objetiva de maior distância focal reproduz com exatidão as dimensões relativas dos bustos.
• Ao usar uma objetiva grande-angular, é difícil fazer com que os bordos do cenário não apareçam na fotografia. Por vezes, só existe um ângulo do qual podemos fotografar. Aproximar o zoom, ou usar uma objetiva com maior distância focal, mais afastada do objeto, reduz este problema e dá-lhe mais flexibilidade para escolher um ângulo.
• Decida se a câmara deve ter uma orientação horizontal ou vertical, quando fotografa um determinado objeto.
• Decida o ângulo da câmara, escolhendo entre fotografar de frente, de cima ou de baixo, em relação ao motivo.
• Se a câmara estiver muito perto de objetos tridimensionais, vai distorcê-los. Qualquer parte do objeto mais aproximada da câmara vai parecer maior do que é na realidade.
A fotografia da esquerda foi tirada de muito perto, com uma objetiva grande‑angular. A imagem da direita foi tirada de uma posição mais afastada e com uma maior distância focal. As imagens são muito diferentes uma da outra, sendo que a da direita é muito mais fiel à realidade.
• Se a câmara estiver demasiado perto de um objeto plano, e é usada uma grande-angular, este vai sofrer uma distorção cilíndrica. Isto é mais óbvio em objetos com linhas direitas próximas das margens da fotografia. Distâncias focais maiores reduzem, ou eliminam esta distorção, bem como a utilização de uma abertura de diafragma mais pequena, já que este tipo de distorção não é tão problemático quando se usa apenas o centro da objetiva.
Ambas as fotografias mostram objetos com margens retas. No entanto, ambas foram captadas com objetivas grande-angular e sofrem de distorção cilíndrica.
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