terça-feira, 15 de março de 2011

Eliomys quercinus, Leirão

Taxonomia
Mammalia,  Rodentia,  Gliridae.
 
Tipo de ocorrência
Residente.
 
Classificação
INFORMAÇÃO  INSUFICIENTE -– DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto à dimensão e declínio da área de ocupação; não se conhecem as causas de uma possível redução do tamanho da população.

Distribuição
O leirão é uma espécie europeia, com ampla distribuição na Europa Ocidental e populações dispersas no Leste (Mitchell-Jones et  al. 1999).

Em Portugal, distribui-se em todo o território continental embora dados recentes não  confirmem  a  sua  presença  em  vastas  regiões  do  Centro  e  Sul  do  país,  e apontem  para  ocorrências  muito  escassas  e  dispersas  na  restante  área.  Num estudo  realizado  à  escala  nacional,  com  base  em  egagrópilas  de  coruja-das-torres Tyto alba (Mira et al. 2003), a frequência de ocorrência da espécie foi muito reduzida (inferior a 0,1 %).
 
População
Em Portugal, não há informação sobre os parâmetros populacionais da espécie, embora  a  sua  abundância  seja  relativamente  inferior  à  de  outras  espécies  de roedores.
 
Habitat
Ocorre em diversos habitats, desde zonas pedregosas e com vegetação escassa a zonas florestais com pinhais, montados, carvalhais e matagais mediterrânicos.

Habita  também  as  construções  humanas,  hortas,  jardins  e  pomares  (Moreno 2002a). Em termos de altitude, ocorre deste o nível de mar até altitudes superiores aos 1.500 m (Moreno 2002a).
 
Factores de Ameaça
O leirão tornou-se raro em grande parte da sua área de distribuição, estando em perigo de extinção na República Checa, na Eslováquia, na Polónia e na Finlândia (Pucek  1989  in  Nowak  1999).  Em  Doñana  (Andaluzia,  Espanha),  numa  área onde previamente era abundante e se encontrava em expansão, é agora muito raro  (Ruíz  &  Róman  1999,  Moreno  2002b).  As  subespécies  de  algumas  ilhas mediterrânicas  tornaram-se  também  muito  raras  (Amori  et  al. 1995). Não estão ainda  definidos  os  factores  que  ameaçam  esta  espécie.

Medidas de Conservação
A escassa informação que se possui sobre a situação das populações em Portugal impossibilita a definição de medidas de conservação.
 
Notas
À escala global, a IUCN (2003) classifica a espécie como Vulnerável (VU – A1c), considerando uma redução populacional de pelo menos 20% em 10 anos, com base numa diminuição da extensão de ocorrência, da área de ocupação e/ou da qualidade do habitat.
 
Outra bibliografia consultada
Castells & Mayo (1993); Blanco (1998b); IUCN (2003).
in Livro Vermelho dos Vertebrados

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