domingo, 9 de março de 2008

A informática na minha vida

Tendo começado a trabalhar aos 15 anos, desde logo ligado à área administrativa e contabilística, o papel e a esferográfica foram desde o inicio as minhas principais ferramentas de trabalho.
Na época, 1980, um computador era algo que víamos quando íamos ao banco efectuar um depósito bancário, mesmo esses uns monstros enormes onde entravam as fichas das contas para serem preenchidas num ruidoso matraquear das cabeças de impressão.
Um micro computador para uso pessoal ou ao serviço das micro-empresas era um luxo inimaginável. Recordo-me dos comentários quando em 1982 ou 1983 um mediador de seguros local colocou um Sinclair ZX Spectrum ao trabalho no seu escritório! Algo do outro mundo.
Em meados de 1987 comecei a trabalhar numa empresa que possuia um computador destinado à gestão de stocks e facturação, tratava-se de um mastodonte com um sistema operativo que nem me recordo, mas que contribuiu para a decisão de forçosamente ter de aprofundar os meus conhecimentos na matéria. Daí à aquisição do meu primeiro computador, foi um salto, adquiri em segunda mão uma máquina de capacidades estonteantes... Nada mais nada menos do que um Amstrad CPC 464:
A ausência de software para este computador no mercado local impunha a aquisição de revistas espanholas sobre este computador e inúmeras horas nocturnas a digitar programas em Basic das páginas dessas revistas.
Apesar de, ou se calhar por isso, muitas vezes essas noitadas serem em vão por, quando já só faltavam algumas linhas para terminar o programa e o gravar na cassete, a minha mãe ligar a máquina de lavar roupa e o quadro eléctrico disparar fazendo desvanecer-se no etéreo todo o trabalho digitado.
As longas horas agarrado ao teclado desta máquina permitiram-me os primeiros passos em programação e as maleitas habituais num equipamento adquirido com algum uso os primeiros passos na assistência técnica.
No entanto era necessário evoluir, por isso em 1988 adquiri um Commodore Amiga 500:
Apesar de ainda ser uma máquina não pc-compatível permitia a evolução da cassete como sistema de armazenamento para a disquete de 3,5".
Mas a evolução não se ficou por aí, o Workbench, o sistema operativo dos Commodore Amiga já era um sistema operativo gráfico, além disso possuia a capacidade de emular o MS-DOS.
Foi o inicio do meu trabalho com os sistemas operativos da Microsoft.
Ainda em 1988 iniciei um Curso de Informática para Operadores, que acabaria por não ser mais do que a certificação dos conhecimentos já adquiridos.
Em 1989 mudo de emprego para uma empresa que acabara de adquirir uma potente máquina na área informática, nada mais do que um computador Hyundai, com um processador Intel 8086, um disco rígido de 30MB e um monitor de 14" ambar pela módica quantia de 600.000$00...
Comecei a dar os primeiros passos na programação em DBase III evoluindo posteriormente para o Clipper.
Em 1993 realizei a minha primeira acção de formação de informática, como formador, tendo inclusive recebido a visita de responsáveis da CEE que elogiaram o trabalho desenvolvido no curso:
Em 1995, comecei a dedicar-me profissionalmente á informática.
Em 2000 consegui realizar o exame Ad-Hoc para acesso ao Curso de Engenharia Informática da Universidade Aberta:
Em 2002, fui o impulsionador e responsável pela criação em Grândola da empresa JCRD - Contabilidade, Informática e Serviços, Lda.:
A informática continuou a ocupar um espaço de relevo quer na minha vida profissional, quer nos meus tempos de lazer.
 

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