quinta-feira, 15 de março de 2012

Memória RAM: evolução e novas tecnologias

Se o processador é o principal componente de qualquer computador, a memória RAM é a sua principal ferramenta de trabalho. Desde uma calculadora xing-ling, até um grande mainframe, não existe nenhum tipo que computador que não utilize memória RAM. O processador utiliza a memória RAM para  armazenar programas e dados que estão em uso e fica impossibilitado de trabalhar sem ter pelo menos uma quantidade mínima dela. Aliás, nos computadores actuais, a velocidade de acesso à memória RAM é um dos principais determinantes da performance, daí a vital importância do uso da memória cache.

A sigla “RAM” significa “Ramdom Access Memory” ou “memória de acesso aleatório”. Este nome é mais do que adequado, pois a principal característica da memória RAM é a capacidade de fornecer dados anteriormente gravados, com um tempo de resposta e uma velocidade de transferência centenas de vezes superior à dos dispositivos de memória de massa, como o disco rígido.

Mais uma característica marcante da memória RAM é o fato dela ser volátil: precisa ser constantemente reenergizada para conservar os dados gravados. Como numa calculadora, perdemos todos os dados nela armazenados quando desligamos o computador. Se, por exemplo, você estiver escrevendo uma carta no Word e, de repente, houver um pico de tensão e o computador reinicializar, sem lhe dar tempo de gravar a carta no disco rígido, você perderá todo o seu trabalho.

Existem claro, tipos de memória RAM não voláteis, como por exemplo as memórias Flash, que são utilizadas nos Palm Pilots e em outros computadores de mão, celulares, etc. O problema das memórias Flash é o preço. Enquanto escrevo, é possível comprar um módulo de memória SDRAM de 256 MB por menos de 80 dólares. Isso dá pouco mais de 30 cêntimos por megabyte. As memória Flash já são bem mais caras do que isso, custam entre 5 e 10 dólares por megabyte, dependendo da aplicação. Isso sem contar com o facto delas serem bem mais lentas.

Na verdade, pode ser que no futuro algum tipo de memória não volátil venha a definitivamente substituir a memória RAM. A IBM por exemplo vem desenvolvendo as memórias MRAM, que armazenam dados na forma de sinais magnéticos. A promessa é que além de conservarem os dados gravados por anos a fio, elas sejam tão rápidas e baratas quanto as memórias actuais.

Normalmente as promessas dos fabricantes são tão confiáveis quanto as promessas dos políticos em campanha, mas sempre existe uma esperança.
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

Sem comentários: