sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Manfrotto 327RC2

Ergonómicas, versáteis e intuitivas: assim apresenta a Manfrotto as suas cabeças para tripé tipo joystick. Fomos comprovar!
 
À semelhança de grande parte dos tripés para utilizadores avançados, o Manfrotto 055XPROB, que testámos nesta edição, não é fornecido com uma cabeça articulada. É antes compatível com uma vasta gama de cabeças opcionais, para que possa ajustar o conjunto precisamente ao tipo de fotografia que pretende explorar e às suas necessidades.
 
Para o complementar, resolvemos pôr à experiência um dos mais recentes membros da gama de cabeças de bola tipo joystick da marca, mais especificamente a 527RC2, com um corpo em liga de magnésio altamente resistente. Esta é dedicada a fotógrafos avançados e exigentes, que não dispensam a liberdade de movimentos, mesmo quando utilizam um tripé.

Prece um contra-senso, mas não é. Este sistema é indicado sobretudo para quem precisa de estabilidade e firmeza de um tripé, mas, em simultâneo, de liberdade de movimentação rápida para, por exemplo, fotografar assuntos em acção - vida selvagem, desporto, sessões com modelos, espectáculos, só para referir alguns. Por outro lado, também pode ser uma boa solução para quem não se entende com os habituais mecanismos que permitem ajustar a direcção e inclinação da cabeça.

Para estes casos, esta gama - que inclui também o modelo 524RC2, com especificações inferiores - oferece um único manípulo de controlo da cabeça (uma alavanca alojada numa pega que, quando apertada, permite rodar a cabeça do tripé, e consequentemente a câmara, sobre todos os eixos).

Na palma da mãe
Ter um único manípulo que, quando premido, permite desbloquear todos os eixos da cabeça em simultâneo, movimentar a câmara em qualquer sentido e fixá-la num ápice (bastando para tal largar o manípulo), em teoria, é o sonho de qualquer fotógrafo que usa um tripé para fotografar assuntos que se deslocam, ou dispensa mecanismos de controlo complexos. Durante os nossos testes, comprovámos que o sistema é prático e eficaz, permitindo movimentar e estabilizar a câmara com rapidez e facilidade - se necessário sem tirar os olhos da ocular ou do ecrã.

Não obstante, o sistema tem alguns senãos. Apesar de ser possível aumentar ou diminuir o atrito da cabeça de bola para que esta fique mais solta (e gire com mais facilidade) ou mais "presa" (permitindo ajustes mais rigorosos), torna-se mais complicado controlar com precisão os ângulos do movimento, uma vez que não há qualquer limitação na direcção ou eixo dos mesmos. Até para alinha a câmara perfeitamente na horizontal, guiando-nos pelo nível de bolha integrado, tivemos alguma dificuldade em encontrar o ponto certo.

À parte isso, a simplicidade de utilização, a flexibilidade, resistência e qualidade de construção convencem, sobretudo para quem dispensa algum rigor e prefere facilidade de utilização e liberdade de movimentos.

Resumindo, optar por uma cabeça como a 527RC2 acaba por ser uma solução de compromisso: o que se perde em rigor, ganha-se em liberdade de movimento e facilidade de manuseamento.

Especificações
Contacto Flasheffects, 911 501 420 www.manfotto.com
Preço € 180 (Manfrotto 527RC2)
         € 125 (Manfrotto 524RC2)
Rotação panorâmica 360º
Inclinação frontal/lateral 90º a -90º
Capacidade 5,5kg
 
Veredicto
O sistema de cabeça de bola associado ao controlo através da pega (tipo joystick), pode não ser o mais rigoroso e preciso que já usámos, mas torna fácil e prático o ajuste da posição da câmara. É óptimo para quem fotografa motivos em movimento.




 

in O Mundo da Fotografia Digital - Agosto 2010

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