terça-feira, 11 de setembro de 2012

Nyctalus noctula, Morcego-arborícola-grande

Taxonomia
Mammalia, Chiroptera, Vespertilionidae.

Tipo de ocorrência
Desconhece-se se é residente ou visitante.

Classificação
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE. DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto ao tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
Esta espécie encontra-se em grande parte da Europa e Ásia, estendendo-se para a Sibéria, China, Norte do Vietname e Taiwan. Também foi referenciado em África (Bogdanowicz 1999b).

Trata-se de uma espécie praticamente desconhecida em Portugal. O único registo no país é um exemplar do Museu Bocage capturado em Pavia (Palmeirim et al. 1979), sendo deste modo impossível caracterizar a sua distribuição.

População
O morcego-arborícola-grande é ainda abundante na maior parte da sua área de distribuição, com densidades que variam entre os 30 e os 80 indivíduos/km2, mas é actualmente raro nalguns países, particularmente em áreas agrícolas (Bogdanowicz 1999b).

O tamanho da população e a tendência são desconhecidos em Portugal.

Habitat
É uma espécie predominantemente florestal. No verão refugia-se sobretudo em cavidades de árvores, mas pode também ocupar edifícios (Gaisler et al. 1979).

Durante o Inverno utiliza estes abrigos e fendas rochosas (Bogdanowicz 1999b).

Parece caçar predominantemente sobre lagos e outras áreas abertas em zonas florestadas (Kronwitter 1988, Vaughan et al. 1997).

Factores de Ameaça
Em algumas áreas da Europa as suas populações têm sido afectadas por perda de habitat (Bogdanowicz 1999b).

O uso generalizado de pesticidas poderá ser uma ameaça, dado causar a diminuição da diversidade de presas e a contaminação dos morcegos por ingestão de insectos contaminados.

Sendo uma espécie de voo alto é particularmente susceptível de colisão com aerogeradores.

Medidas de Conservação
Dada a reduzida informação que existe sobre esta espécie no país, a sua conservação depende do desenvolvimento de acções de investigação para melhorar o conhecimento da distribuição, do efectivo e das tendências populacionais, que permitam avaliar a situação da espécie e planear medidas de conservação.

No entanto, a correcta gestão das zonas florestais de folhosas, com a preservação de árvores antigas, é essencial para a preservação desta espécie. Deve ser considerada a possibilidade de instalar caixas-abrigo em áreas de habitat favorável mas que não disponham de árvores com cavidades.

A racionalização do uso de pesticidas e a realização de acções de sensibilização poderão também beneficiar esta espécie.
in Livro Vermelho dos Vertebrados

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