quarta-feira, 12 de março de 2014

O Fogo de Conselho I

O Animador

O papel do animador é de grande importância já que dele depende em grande parte, o sucesso ou insucesso do Fogo de Conselho. Ele é a alma viva de cada Fogo de Conselho.

O animador de Fogos de Conselho não se improvisa mas forma-se ao longo de cada Fogo. Todavia, o animador requer características especiais, ele não manda mas provoca no grupo uma acção necessária para que a festa decorra. Antes de mais, um animador tem que ser uma pessoa dinâmica, imaginativa e que possua uma capacidade de improvisação. No entanto, deve acautelar-se para não cair no vulgar. O animador é também aquele que cria o ambiente e organiza
tudo á volta do Fogo, comunicando com os participantes conduzindo-os à harmonia.

O Ritmo

O ritmo de progressão do teu Fogo de Conselho deve respeitar o ritmo da fogueira.

Ao acenderes a fogueira ela começa a atear, e progressivamente vai aumentando a sua luz e o seu calor. Vais colocando mais lenha até atingir o ponto máximo, depois, vai morrendo até ficar só em brasas, que imitem pouca luz.

Assim deve ser o ritmo das apresentações começam a elevar-se pouco a pouco, para uma parte mais rápida e alegre, outra mais rápida até ao clímax do Fogo de Conselho, tal como a fogueira, o ritmo vai decrescendo para uma parte moderada, depois mais lenta até que termina muito lentamente.

Um Fogo de Conselho não deve ser só um momento ruidoso, com canções rápidas e sonoras, gritos e anedotas, do princípio ao fim.

Vou-te mostrar como se desenrola um programa de Fogo de Conselho :

1- Começo o ritual com o acender do Fogo
a. Abertura com o ritual que a grandeza da actividade o justificar;
b. Canção de abertura (Hino do Fogo ou outra);
c. Palavras do Chefe de campo;
d. Acordes suaves de violas ou outros instrumentos;
e. Poesias ou entreactos sérios;
f. Canções escutistas;
g. Canções populares;
h. Aplausos.

2- Parte rápida e muito alegre (alimenta-se bem a fogueira)
a. Números cómicos;
b. Música instrumental;
c. Anedotas ou poesia cómica;
d. Entreactos cómicos;
e. Aplausos fortes;
f. Canções escutistas;
g. Canções populares.

3- Parte muito rápida (alimenta-se bem a fogueira)
a. Partidas ou graças;
b. Música barulhenta com instrumentos improvisados;
c. Entreactos muito cómicos e rápidos;
d. Canções escutistas;
e. Canções populares;
f. Aplausos.

4- Clímax do Fogo de Conselho
a. Neste momento a fogueira está no máximo e é altura para se fazer uma pausa.
b. Aproveita-se a ocasião para o Chefe falar, homenagear Escutas ou personalidades e oferecer lembranças. (depois não se alimenta mais a fogueira)

5- Parte rápida e moderada
a. Música instrumental;
b. Entreactos e poesias moderadas;
c. Canções escutistas;
d. Canções populares;
e. Aplausos.

6- Parte lenta (a fogueira começa a esmaecer)
a. Poesias dramáticas;
b. Entreactos sérios;
c. Música de viola;
d. Canções escutistas;
e. Canções populares;
f. Aplausos.

7- Parte final, muito lenta (a fogueira está quase braseiro)
a. Música de violas (dolente e séria);
b. Canones sérios;
c. Canções escutistas;
d. Canções populares;
e. Meditação;
f. Oração;
g. Silêncio.

Para que os grupos não sejam apresentados quando estão desprevenidos é aconselhável que o apresentador ao anunciar um número avise qual vai ser o próximo grupo. Outra forma é informar um grupo da sua próxima actuação enquanto outro está a actuar.



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