sábado, 26 de janeiro de 2013

Objectivo que persegue o movimento de cursilhos de cristandade

E que, pela Graça de Deus e as Orações de muitos, vai conseguindo nas cinco partes do Mundo.

Quem ganha e quem perde na igreja quando se vai conseguindo?

Não é um grave problema que muitos baptizados não vivam o seu baptismo?

Não valeria la pena que houvesse um Movimento encarregado de resolver este grave problema?

Não é verdade que o problema se resolveria fazendo-se viver o baptismo somente três dias?

Não crês que todas as obras da Igreja sairiam ganhando e teria que dar as boas-vindas a um movimento que viesse encher este vazio tanto tempo sentido na Igreja?

Crês que viver o Baptismo tem de coincidir necessariamente com estar enquadrado numa organização ou associação católica?

Crês que a salvação está condicionada à vida de graça, ou ao estar enquadrado em alguma associação? O que convêm mais preocupar-se, com enquadrar ou com salvar?

Podem os analfabetos ser santos?

Hoje estas perguntas, postas em chave no Vaticano II, entendemos que deveriam formular-se assim:

Não é um grande problema que exista no nosso ambiente muita gente que não sabe que Deus as ama?

Não valeria a pena citá-la num lugar isolado, para com muita fé, muita esperança e muita caridade no acto, tornar-se transparente por uma atitude de compreensão atenta e animada, tratarmos de contagiar-lhes a fé que nós temos em tão boa notícia?

Não é verdade que se nós nos limitarmos somente a três dias de amistosa convivência e não lhes facilitarmos e simplificarmos o caminho para que o vivido durante três dias pudessem vivê-lo durante a sua vida normal, lhes teríamos feito uma má jogada? Para aquilo de que:

“Um cego que nunca viu e não sabe o que é ver, nunca tem tanta pena, como o viu e não vê”

Não crês que tudo o que vimos chamando Cristão, apesar da boa vontade e a entrega generosa de muitos, necessita de uma aproximação real e efectiva até às pessoas que não tem fé, ou não sabem se tem, porque vivem absorvidas pelas coisas que crêem importantes, mas que não as enchem. De entre elas e talvez as de mais personalidade, costumam ser protagonistas de muitas coisas erradas, pelo único motivo de que não lhes chegou a notícia de que Deus, as ama numa linguagem, humor ou estilo apropriado para, não somente captá-la, mas sim para até ter ganas de ir aprofundando-a?

Crês que estas pessoas que, com o maior respeito e sem despreciá-las, vem a ser o que na primitiva Igreja chamavam os gentios, temos que exigir-lhes, de boas maneiras, que cumpram todos os requisitos da lei, antes de um contacto, feito com tacto quente, natural, verdadeiro e continuado, que a Reunião de Grupo e a Ultreia, quando são verdadeiras, simplificam, facilitam e dinamizam?

Crês que, depois do Vaticano II, que fez entrar pela porta grande da Igreja o conceito e o critério de liberdade, se tem que pressionar os recém-convertidos, para que entrem a formar parte de algumas das organizações cristãs de sempre, onde as coisas funcionam a distintas revoluções e onde, quase de certeza, não vão ser compreendidos, apesar da melhor vontade de ambas as partes, submetendo-o ao risco de que se lhes apague o espírito, em lugar de facilitar-lhes os meios para que lhes seja acrescentado, convivendo próximo dos que, como ele viveram um dia de feliz aventura no cursilho?

Não é surpreendente que uma pessoa sem muita cultura humana, mas com muita graça divina, possa ser instrumento, não somente para que um intelectual se encontre com Cristo, mas sim para que, ao vê-lo vivo nos irmãos, seja assombro de verdade, descubra dimensões novas no seu viver, volte mais humilde e se alegre se o Senhor lhe concede a graça de que, sem sentir-se superior ou mais ainda, sentindo-se todo o contrário, chegue a qualificar de grande dádiva de Deus, o que haja propiciado uma circunstância que lhe torna possível viver amistosamente, lado a lado, com gente simples, fazendo reunião de Grupo com ela e assistindo como ela à Ultreia.

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