terça-feira, 2 de julho de 2013

Ziphius cavirostris, Zífio

Taxonomia
Mammalia, Cetacea, Odontoceti, Ziphiidae.

Tipo de ocorrência
Continente: Desconhece-se se é residente ou visitante.
Açores: Desconhece-se se é residente ou visitante.
Madeira: Desconhece-se se é residente ou visitante.
 
Classificação
Continente: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Açores: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Madeira: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto ao tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
O zífio tem uma ampla distribuição a nível mundial, estando presente em todos os oceanos, com excepção das regiões polares (Leatherwood & Reeves 1983, Jefferson et al. 1993). Trata-se de uma espécie cosmopolita, associada a águas profundas. Ao longo das costas europeias as populações mais importantes concentram-se no Golfo da Gasconha e na região ocidental do Mar Mediterrâneo (costa de Espanha, França e Itália) (Marchessaux 1980, Duguy & Robineau 1982, Duguy 1983, Mead 1984).

A presença desta espécie no Continente tem sido assinalada, quase exclusivamente, através de animais arrojados.

Nos Açores, têm sido avistados indivíduos por toda a Zona Económica Exclusiva com maior incidência durante o Verão (dados não publicados, DOP Univ. Açores). No Arquipélago da Madeira, estes animais têm sido observados em redor das ilhas, em profundidades entre os 500 e 2.000 m.
 
População
Não há estimativas populacionais para a espécie.

Habitat
O zífio é uma espécie pelágica, associada a grandes profundidades. Ocorre perto de costa em zonas onde não existe plataforma continental (Jefferson et al. 1993), como é o caso dos Açores e Madeira. No Continente, têm sido registados arrojamentos em zonas da costa próximas de canhões submarinos (e.g. zona da Nazaré).

Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça são: capturas acidentais em artes de pesca e a poluição por organoclorados e metais pesados (Johnston et al. 1996, Read 1996). Desconhecem-se, no entanto, os impactos destas ameaças nas populações. A poluição acústica, causada principalmente por sonares de baixa frequência, tem sido considerada uma possível causa de mortalidade, cuja importância ainda é desconhecida (Frantzis 1998).

Nos Açores e na Madeira, as actividades de observação de cetáceos poderão causar alguma alteração comportamental, mas não devem ser uma fonte de ameaça à conservação da espécie.

Medidas de Conservação
No Continente, está em vigor legislação específica nacional de protecção de mamíferos marinhos, bem como transposição e regulamentação de legislação internacional. O “Guia de Identificação de Cetáceos” (Sequeira & Farinha 1998) foi produzido como material de divulgação.

Nos Açores, para além da legislação internacional em vigor, foi criada regulamentação para a actividade recreativa e comercial de observação de baleias e golfinhos.

Estão a ser realizadas campanhas de educação e sensibilização ambiental, no âmbito de projectos de investigação diversos.

Na Madeira, para além da legislação internacional em vigor, foi implementada legislação regional de protecção. O Museu da Baleia dinamiza a investigação, a divulgação e sensibilização para a conservação dos cetáceos neste Arquipélago. No âmbito do “Projecto para a Conservação dos Cetáceos no Arquipélago da Madeira”, promove-se a avaliação dos efectivos populacionais, estudos de biologia e ecologia, bem como a avaliação das principais ameaças no sentido de apresentar às entidades competentes propostas de novas medidas de conservação e campanhas de educação e sensibilização ambiental. Uma das medidas de conservação actualmente em processo de implementação é o regulamento de adesão voluntária para as embarcações comerciais de observação de cetáceos no sentido de minimizar o impacto desta actividade na Região Autónoma da Madeira. Igualmente no âmbito daquele projecto, está a ser preparado um plano de monitorização das populações de cetáceos a longo prazo.

in Livro Vermelho dos Vertebrados

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