sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Formatos de Imagem

Na captação de imagens, uma das decisões relacionadas com o fluxo de trabalho digital mais importantes é a escolha do formato do ficheiro. Todas as câmaras permitem o uso de ficheiros JPEG, mas muitas permitem também o uso de ficheiros RAW, de qualidade superior. Algumas oferecem formatos alternativos, tais como TIFF e DNG

Formatos
Como a maioria das câmaras digitais oferecem mais do que um formato de imagem, aqui estão algumas informações que ajudam na escolha do melhor formato para as necessidades de cada um.

• JPEG é o formato usado pela totalidade de câmaras digitais. Designado à semelhança do seu criador, o Joint Photographic Experts Group, este formato permite-lhe quase sempre especificar o tamanho e a compressão da imagem. No momento em que uma imagem é capturada neste formato, um chip de processamento, baseando-se nos parâmetros usados na câmara, irá comprimir e reduzir o tamanho da imagem. As alterações feitas à imagem não podem ser desfeitas, visto que é a imagem final alterada que é gravada no ficheiro. Alguma da informação original é perdida permanentemente.

• O RAW é um formato que está disponível em muitas câmaras, em especial nas câmaras reflex. Uma das expressões mais conhecidas de Ansel Adam, tirada da sua experiência como pianista é “O negativo é a pauta, a impressão é a performance”.

Em fotografia digital, o ficheiro de imagem é a nossa pauta e a performance é feita num programa de edição de imagem. Para obter a maior qualidade possível, é necessário começar com a melhor pauta possível – um ficheiro RAW. Estes ficheiros contêm toda a informação sobre a imagem capturada pelo sensor da câmara sem ser processada ou ajustada de nenhuma forma. Isto permite a interpretação da informação por parte do utilizador e não por parte da câmara. Quando se pretende ter o controlo total sobre a exposição, balanço de brancos e outros parâmetros, este é o formato a usar, já que há apenas quatro parâmetros que afectam um ficheiro RAW permanentemente – a abertura, o tempo de obturação, a sensibilidade e o foco.

Os outros parâmetros da câmara são guardados como metadados e afectam a aparência das miniaturas ou apresentação das imagens, mas não o ficheiro RAW em si.

Em muitas câmaras é possível capturar imagens RAW sozinhas ou acompanhadas de um ficheiro JPEG, o que faz com que tenhamos um ficheiro RAW idêntico, de alta qualidade, e um ficheiro de imagem mais pequeno e mais facilmente ordenável.

Tanto o ficheiro RAW, como o JPEG têm nomes iguais, mas extensões diferentes.

As aplicações mais recentes, tais como o Lightroom tornaram o trabalho com ficheiros RAW tão fácil que esta opção deixa de ser necessária, já que os JPEG só ocupam espaço.

Uma das informações a reter é que nem sempre se nota à partida uma qualidade superior nas imagens RAW. Estas são brilhantes quando têm problemas na exposição ou no balanço de brancos.

Como as imagens RAW contêm muito mais informação com a qual podemos trabalhar, é possível iluminar áreas de sombra, recuperar detalhes perdidos nas altas-luzes e fazer ajustes óptimos nas cores.

Logótipo do DNG
• DNG (Digital Negative). Os fabricantes de câmaras introduziram muitos formatos RAW diferentes, que são frequentemente alterados. Há uma fonte que indica que existem mais de 140 formatos RAW, sendo que continuam a aumentar. Alguns deles são específicos de apenas um modelo de câmara. Ainda por cima, os fabricantes são geralmente reservados no que diz respeito às suas especificações, de maneira que há quase sempre ficheiros RAW que um determinado programa não consegue ler, pelo menos até alguém os manipular de forma a serem aceites. Estes inconvenientes e demoras são da responsabilidade dos fabricantes de câmaras.

A continuidade destes ficheiros RAW com direitos de propriedade, está em risco a longo prazo, já que hoje em dia, tanto as empresas como os interesses económicos são muito voláteis. Uma solução para este problema crescente é um novo formato da Adobe chamado Digital Negative (Negativo Digital) – DNG. Este ficheiro, que está publicamente definido e que é partilhado abertamente, é uma tentativa de assegurar no futuro, a possibilidade de aceder a qualquer imagem.
Sempre que uma câmara não captura imagens RAW neste formato, é sempre possível convertê-lo usando um programa como o Photoshop ou o Lightroom. Ao fazê-lo também é possível escolher armazenar o ficheiro RAW original dentro do ficheiro DNG, caso seja necessário extraí-lo mais tarde.

Ícone universalmente
reconhecido referente
a Qualidade de Imagem.
O formato DNG é suportado pelo Photoshop e pelo Lightroom, bem como por outros produtos da Adobe, alguns programas de outras empresas e uma série de fabricantes de câmaras. Como acontece com todas as coisas na informática, apenas o tempo dirá se este formato será universalmente aceite ou se vai gradualmente desaparecendo.

• TIFF (tagged image file format) é um formato usado regularmente para o intercâmbio de imagens entre aplicações e plataformas. É suportado por virtualmente todos os programas de pintura, edição de imagem e paginação. Os ficheiros TIFF tendem a ser maiores que os JPEG ou RAW e podem ser gravados usando tanto 8, como 16 bits por cor.




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