domingo, 13 de abril de 2008

Arquitecturas

Nos primórdios da informática, nas décadas de 50, 60 e 70, vários fabricantes diferentes disputavam o mercado. Cada um desenvolvia seus próprios computadores, que eram incompatíveis entre si, tanto a nível de hardware, quanto a nível de software.
Apesar de executarem as mesmas operações básicas, praticamente tudo era diferente: Os componentes de um não serviam em outro, os programas eram incompatíveis e, até mesmo as linguagens de programação, eram diferentes.

Porém, com a popularização dos microcomputadores era inevitável uma padronização. No início da década de 80, tínhamos basicamente apenas duas arquitecturas, ou “famílias” de computadores pessoais diferentes: O PC, desenvolvido pela IBM, e o Macintosh, desenvolvido pela Apple.


Como era mais barato, o PC tornou-se mais popular, ficando o uso dos Macintosh restrito a nichos onde suas características peculiares o tornavam mais atraente, como a edição de imagens ou sons e publicação electrónica.

Durante muito tempo, a própria Apple pareceu conformar-se com essa posição, lançando computadores voltados principalmente para o segmento profissional. Actualmente, vemos uma aceitação maior dos Mac's, principalmente devido ao lançamento do iMac, mas os PC's ainda são a grande maioria.
Como os computadores PC possuem uma arquitectura aberta, ou seja, a possibilidade de vários fabricantes diferentes desenvolverem seus próprios componentes, baseados em padrões já definidos, temos uma lista enorme de componentes compatíveis entre si. Podemos escolher entre várias marcas e modelos os componentes que melhor atendam nossas necessidades e montar nossa própria configuração, assim como podemos escolher os materiais que serão usados para construir uma casa. Também é possível melhorar posteriormente o computador montado através de upgrades, trocando alguns componentes para melhorar seu desempenho.

Mesmo computadores de marca, como os IBM, Compaq, Dell, etc. também são computadores montados, já que quase todos os seus componentes são comprados a outros fabricantes. Temos, por exemplo, um processador da Intel, um disco rígido da Quantum, uma placa mãe da Asus, memórias da Kingston, CD-ROM e drive de disquetes da Mitsumi, um monitor da LG, e por aí vai :-) A diferença principal entre os computadores montados e os computadores de marca é que os últimos são montados por grandes empresas e temos todo o suporte e garantia. Porém, adquirindo um computador de marca, quase sempre pagamos mais caro e ao mesmo tempo não temos tanta liberdade para configurar o computador ao nosso gosto.


Entretanto, o simples fato de comprar um computador de marca não é garantia de qualidade. Em geral eles possuem uma qualidade bem superior à dos computadores montados por lojas de informática por exemplo. Porém, a necessidade de lançar computadores de baixo custo, muitas vezes leva os grandes fabricantes a lançarem verdadeiras bombas no mercado, usando componentes de baixíssima qualidade. A lista é enorme, já tivemos casos de computadores de marca que não traziam sequer memória cache L2 (na época em que este ainda fazia parte da placa mãe). Pesquisando por aí, você irá encontrar vários PC's de marcas conceituadas, usando placas PC-Chips, pouca memória RAM, etc., “economias” que aumentam o lucro do integrador, deixando a bomba na mão do infeliz que os comprar.

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