quinta-feira, 10 de abril de 2008

A educação para a democracia e a participação

O método escutista é um modelo de educação para a democracia, para a participação e para a cidadania activa que se adapta aos diferentes grupos etários e níveis de organização. Isto contribui para se atingir o principal objectivo do escutismo, a saber participar no desenvolvimento de cidadãos activos, felizes e úteis. 
 
Um dos principais desafios que os educadores escutistas devem salientar é velar para que os jovens e os grupos com quem actuam sejam considerados como os actores “políticos” na sua própria realidade quotidiana. Por outras palavras, os jovens devem contribuir através de acções concretas na tomada de consciência dos seus direitos e responsabilidades no seio da sociedade. 
Isto pode-se fazer, por exemplo, utilizando-se uma aproximação ao projecto que compreende: uma análise critica das situações nas quais os jovens se implicam na sua vida quotidiana; uma planificação das soluções possíveis para os problemas identificados, com a colaboração da unidade e doutros actores presentes nesse espaço ( outras ONG’s, instituições, etc.); uma participação pessoal no desenvolvimento das actividades planificadas destinadas a resolver os problemas identificados. Para diferentes estádios de desenvolvimento pessoal e diferentes grupos etários, diferentes tipos de actividades concretas serão encontradas: para os Lobitos, traduz-se em jogos de descoberta da sua cidade ou aldeia; para os Exploradores e Pioneiros trata-se de se lhes oferecer um horizonte extenso e mais oportunidades de discussão e de participação nos processos de decisão. Para os Caminheiros, torna-se necessário estimular empenhos mais pessoais, mais maduros e mais importantes na vida da comunidade.
Eis alguns exemplos:

no seio do movimento:
  • o sistema de patrulhas
  • as relações jovem / adulto
  • os processos de decisão ao nível nacional, regional e local
  • as estruturas internacionais
fora do movimento:
  • a participação dos escuteiros na sector da juventude da sociedade civil
  • o serviço à comunidade
  • as parcerias com associações e ONG’s para o desenvolvimento de projectos especiais
  • as relações institucionais
 

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