domingo, 14 de agosto de 2016

Grandes Guitarristas XIV

John McLaughlin
N. 4 de Janeiro de 1942, em Kirk Sandall, Yorkshire, Inglaterra
Músico visionário, John McLaughlin inventou maneiras de tocar completamente novas para guitarra eléctrica e acústica com cordas de aço e de nylon, e abriu a via do futuro.

Em criança, John McLaughlin cresceu a ouvir blues e música clásica, depois descobriu o jazz na adolescência. Em 1969, instala-se nos EUA e, no mesmo ano, junta-se ao grupo do baterista Tony Williams para gravar o álbum Emergency. Na faixa "Spectrum", pode escutar-se a articulação rápida da sua maneira de tocar original. Grava igualmente com Miles Davis In A Silent Way (1969) e outros álbuns. Com cordas de aço, executa solos de grande carga emotiva em My Goal's Beyond (1970), onde da cor as melodias com sonoridades indianas.

Forma o Mahavishnu Orchestra, cujo álbum jazz-rock revolucionário The Inner Mounting Flame (1971 ) inclui solos de guitarra eléctrica selvagens, como em "Meeting Of The Spirits" ou "Noonward Race". No álbum Natural Elements (1977), confere um novo som à sua guitarra acústica com cordas de aço e usa elementos da musica tradicional indiana como as tablas. Em 1979, forma um trio com Paco de Lucia e Al Di Meola, cujo álbum ao vivo Friday Night In San Francisco (1980) une jazz acústico e música flamenca.




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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Distância Focal Curta

Utilizar uma objectiva de distância focal curta ou a menor definição do zoom dá-lhe um ângulo de visão grande-angular, que lhe permite captar uma grande extensão da cena. Este ângulo é ideal para espaços apertados, como paisagens ou em salas pequenas em que não pode colocar a câmara muito distanciada do assunto.

Se não se aproximar demasiado dos seus assuntos, um zoom grande-angular é o mais indicado para retratos em interiores em que seja importante incluir o ambiente.
Para melhorar a qualidade de imagem a Kodak criou uma câmara com duas objectivas - uma para uma cobertura grande‑angular.
Uma objectiva grande-angular também oferece uma extensa profundidade de campo. Isso torna-a ideal para a fotografia de rua e de acção. Quando sair para captar situações que acontecem rapidamente mantenha a objectiva na definição grande-angular do zoom, ou utilize uma objectiva grande-angular, para ter o máximo de profundidade de campo quando responde rapidamente a uma oportunidade fotográfica.

Fazer zoom out aumenta a profundidade de campo e abre o ângulo de visão, sendo ideal para fotografias em interiores. A maior profundidade de campo também facilita a focagem e permite captar momentos fugazes, que de outra forma poderia perder.

As objectivas garnde-angular podem distorcer os objectos mais próximos das margens do fotograma – a chamada “distorção de barril”.
As objectivas curtas também permitem focar muito próximo do assunto e o efeito que isso pode ter na perspectiva das suas imagens pode ser muito expressivo. Os objectos muito próximos da câmara vão parecer muito maiores que os que aparecem no fundo. Esta distorção do tamanho aparente dos objectos pode ser deliberadamente enfatizada e, quando levada ao extremo, atribui um aspecto irrealista à cena.

Se a sua câmara tiver uma objectiva fixa pode utilizar um conversor de objectiva grande-angular para expandir ainda mais o seu ângulo de visão.


As objectivas grande-angular oferecem imensa profundidade de campo. Aqui foi utilizada uma para fotografar através de um brinquedo, o que fez com que a criança parecesse um gigante.
As objectivas grande-angular são propensas a distorções. Normalmente as verticais convergem quando a câmara não está perfeitamente nivelada.
Captar retratos a partir de um ponto de vista alto faz com que as cabeças pareçam muito maiores do que o que realmente são, pois estão mais próximas da câmara e da sua objectiva grande‑angular.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

AGP: ser ou não ser, heis a questão

Do ponto de vista de uma placa de vídeo, o AGP traz várias vantagens sobre o barramento PCI: é até 8 vezes mais rápido (AGP 4x), é exclusivo da placa de vídeo (ao contrário do PCI onde o barramento de 133 MB/s é compartilhado por todos os dispositivos PCI instalados) e permite que a placa de vídeo utilize a memória RAM do sistema para armazenar texturas, sem que haja uma perda de performance tão brutal como haveria ao fazer o mesmo utilizado o PCI. Porém, isto não significa que a placa de vídeo irá realmente utilizar todos estes recursos. Não é só por estar andando no circuito de Interlagos que um Uno Mille vai correr igual a um carro de fórmula 1.

Muitas placas de vídeo utilizam o barramento AGP simplesmente por questões de Marketing, pois, existe uma ideia geral de que as placas de vídeo AGP são melhores e, consequentemente, uma placa lançada em versão AGP, vende bem mais do que se fosse lançada em versão PCI. Mas, caso a placa não seja rápida o suficiente para utilizar a maior velocidade de transferência permitida pelo barramento AGP e não utilizar a memória local para armazenar texturas, então a única vantagem será deixar um slot PCI livre.

Este é o caso de todas as placas de vídeo 2D que utilizam o barramento AGP e mesmo de muitas aceleradoras 3D, como as equipadas com o chipset Riva 128, Voodoo, Voodoo 2 e Voodoo 3. Por não utilizarem efectivamente os recursos do barramento AGP, estes chipsets podem ser facilmente adaptados para utilizar o barramento PCI, sem que haja uma perda perceptível de performance.

Isto explica por que a diferença de desempenho entre uma Viper v330 AGP e outra PCI ou de uma Voodoo 3 2000 AGP e outra PCI seja de menos de 2% e por que mesmo utilizando o barramento PCI as placas equipadas com o chipset Voodoo 2 foram durante muito tempo consideradas as mais rápidas do mercado, superando as placas AGP da época.

De um modo geral, as placas de vídeo que são lançadas simultaneamente em versões PCI e AGP são as que não utilizam os recursos permitidos pelo barramento AGP e por isso são facilmente adaptáveis ao barramento PCI. Nestes casos, a diferença de performance entre a versão PCI e a versão AGP é imperceptível. Caso a sua placa mãe não tenha um slot AGP, você pode comprar a versão PCI e ter o mesmo desempenho de outro usuário que comprou a versão AGP da mesma placa.

Mas afinal, os recursos permitidos pelo AGP podem mesmo melhorar a performance da placa caso sejam efectivamente utilizados? Claro que sim, mas os recursos AGP são realmente necessários apenas para as placas 3D mais rápidas, ou então para placas 3D que possuem pouca memória de vídeo e que por isso dependem da velocidade do AGP para gravar dados na memória principal.

Outra categoria muito dependente da velocidade do AGP são os chipsets de vídeo onboard, que utilizam apenas a memória do sistema, via AGP.

O AGP será ainda mais necessário para próxima geração de placas e jogos 3D, onde serão utilizadas intensivamente texturas grandes, de até 2048 x 2048 pixels, e demandarão transferências de dados muito maiores do que as permitidas pelo barramento PCI. O barramento AGP foi lançado pensando no futuro, e realmente vai tornar-se cada vez mais essencial para quem gosta de jogos 3D.


in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Passer hispaniolensis, Pardal-espanhol

Taxonomia
Aves, Passeriformes, Passeridae.

Tipo de ocorrência
Madeira:  Residente.

Classificação
Madeira:  VULNERÁVEL - VU (A2c; D1+2)
Fundamentação:  Espécie  que  pode  ter  sofrido  nos  últimos  10  anos  uma  redução populacional igual ou superior a 30%; possui uma população reduzida (que se admite poder ser inferior a 1.000 indivíduos maturos), que apresenta uma área de ocupação restrita (inferior a 20 km2).

Distribuição
Tem distribuição circum-mediterranica, embora ocupe também amplas zonas do Centro e Sudoeste da Ásia, e chega até à China e ao Noroeste da Índia. Em princípios do século XIX colonizou as ilhas Canárias, Madeira e Cabo Verde e nas últimas décadas do século XX expandiu-se para a região balcânica (Cramp & Perrins 1994).

No arquipélago da Madeira, ocorre com uma distribuição muito descontínua e de uma forma gregária nas ilhas da Madeira e Porto Santo, sendo pouco abundante na primeira e abundante na segunda (Oliveira & Menezes in press).

População
Com base nos levantamentos efectuados para o Novo Atlas das Aves que Nidificam em Portugal estima-se que a população desta espécie no arquipélago da Madeira deverá situar-se entre 250 e 2.500 indivíduos maturos (Oliveira & Menezes 2004).

Nos últimos 20 anos evidenciou uma acentuada regressão do seu efectivo populacional, que pode ter atingido os 30% na última década. A redução populacional fez-se sentir principalmente na ilha da Madeira onde é hoje em dia muito pouco abundante; actualmente a maior parte da população encontra-se na Ilha do Porto Santo.

Em  termos  de  estatuto  de  ameaça  a  nível  da  Europa,  a  espécie  é  considerada  Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).

Habitat
O pardal-espanhol é uma espécie antrófila que usa os habitats disponibilizados pelas zonas humanizadas, como sejam os jardins e praças urbanas. Ocorre também, apesar de em números bastante reduzidos, em áreas agrícolas, principalmente onde estas se misturam com campos abandonados com vegetação rasteira (Oliveira 1999).

Factores de Ameaça
O factor que levou ao declínio da população não está determinado.

Medidas de Conservação
O pardal-espanhol não é alvo de qualquer tipo de medida de gestão e o seu habitat também não se encontra protegido.

Notas
Alguns autores levantam a hipótese de se tratar de uma introdução recente, possivelmente do  início  do  século  passado  (e.g.  Bannerman  e  Bannerman (1965)  e  referências  aí apresentadas), eventualmente através de aves transportadas em gaiolas. Contudo, tendo em conta a sua distribuição mundial –onde em Canárias é considerada uma espécie que aí chegou naturalmente (Martin & Lorenzo (2001) e referências aí apresentadas) – e por não existirem evidências concretas que as aves da Madeira tenham origem em aves de cativeiro,  é  considerada,  de  uma  forma  conservadora,  uma  espécie indígena  do Arquipélago da Madeira (Oliveira & Menezes in press).
 
No Continente, a espécie encontra-se em situação Pouco Preocupante (LC), apresentando uma população numerosa e com distribuição alargada.


in Livro Vermelho dos Vertebrados