terça-feira, 31 de março de 2015

Locustella luscinioides, Cigarrinha-ruiva, Felosa-unicolor

Taxonomia
Aves, Passeriformes, Sylviidae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante.

Classificação
VULNERÁVEL - VU (D2)
Fundamentação: Espécie associada a habitat palustre, pouco representado em Portugal, que se admite ter área de ocupação muito restrita (inferior a 20 km2).

Distribuição
Como nidificante, distribui-se em latitudes médias e baixas no Paleárctico, desde a Europa Ocidental e África Noroeste até à Mongólia; é migrador transariano, invernando na África subsariana (Cramp 1992).

Em Portugal, ocorre na faixa litoral, desde o Minho ao Alentejo. As zonas principais de ocorrência incluem grandes complexos de zonas húmidas litorais, como sejam a Ria de Aveiro, o Baixo Mondego ou a Lagoa de Santo André. A área de ocupação da espécie é diminuta.

População
Estima-se que a população nacional esteja compreendida entre 1.000 e 10.000 indivíduos.

Durante a realização dos trabalhos do Novo Atlas, a espécie foi detectada em 20
quadrículas de 10x10 km (ICN dados não publicados), mas admite-se que o número total de quadrículas com presença da espécie se eleve a cerca de 25. Parece razoável admitir que existirão, em média, pelo menos 40 indivíduos maturos por quadrícula ocupada, o que dá um valor mínimo para a população superior a 1.000 indivíduos. Na Lagoa de Santo André, encontraram-se densidades variando entre 0 e 2,5 casais/ha em diversos tipos de caniçal Phragmites australis e 2,6 casais por hectare em juncal Scirpus maritimus (Catry 1997) e a população foi estimada em 34 casais em 1992 (Catry 1993).

No estuário do Tejo, encontraram-se densidades entre 0,18 casais/10 ha e 1,36 casais/10 ha (Leitão et al. 1998). Na Ria de Aveiro, encontraram-se densidades de aproximadamente 10 casais/10 ha, estimando-se o total da população da Ria em cerca de 400 casais (J Neto, com. pess.).

Não existem indícios concretos de que esta espécie esteja em decréscimo. No entanto, essa possibilidade não é de excluir, já que se tem vindo a assistir a uma degradação geral dos povoamentos palustres nas zonas húmidas nacionais, devida a fenómenos de drenagem, de pastoreio, de conversão em arrozais e de sucessão natural.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente; apresentou declínio de algumas populações marginais entre 1990-2000 (BirdLife International 2004).

Habitat
Habita zonas de vegetação palustre do tipo predominantemente herbáceo, dominadas por plantas dos géneros Phragmites, Typha, Scirpus, Carex e Juncus. Parece ter preferência por povoamentos relativamente extensos e diversificados e por zonas não sujeitas à influência do regime das marés (Teixeira 1982, Catry 1997).

Factores de Ameaça
De entre as ameaças conhecidas, realça-se a drenagem ou alteração de zonas húmidas para aproveitamento agrícola, pastoreio ou outros usos do solo. A sucessão natural, transformando povoamentos palustres herbáceos em outros, dominados por arbustos ou árvores, afecta também as populações desta espécie. Acresce ainda que a alteração das zonas de invernada em África constitui uma ameaça potencial.

Medidas de Conservação
Manutenção de povoamentos palustres extensos e diversificados, através da proibição de usos lesivos e do controlo da sucessão natural. Embora uma parte importante das áreas de cria da cigarrinha-ruiva se encontrem dentro de áreas protegidas, a verdade é que, em geral, não existem planos de gestão do habitat que favoreçam esta espécie, isto apesar de tais planos serem tecnicamente possíveis e relativamente fáceis de implementar.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


segunda-feira, 30 de março de 2015

ARES Tavor T.A.R.21 with Rail Set (Black)


Marca: ARES
Código do Produto: AEG-44-BK
Hop-Up: Ajustável
Peso: 3,272 kgs
Comprimento: 785 mm
Capacidade: 120 bb's
Potência: 360 fps
Tamanho da Bateria: 9.6v 1400mAh
Modo de Tiro: Semi-automático, Automático

A T.A.R. 21 é uma espingarda de assalto israelita bullpup com u  sistema de tiro selectivo, o nome T.A.R. 21 é um acrónimo parar Tavor Assault Rifle - 21st Century. Foi escolhida como a futura espingarda de assalto para a Israel Defense Forces (IDF), e tem sido a espingarda de combate standard atribuída à Givati Brigade desde Agosto de 2006 e à Golani Brigade em Agosto de 2008.

A IMI Tavor TAR21 pode ser vista em serviço em mais de 10 países pela Europa, e Médio-Este.

A T.A.R. 21 é uma espingarda de assalto israelita bullpup calibrada para a munição 5.56x45mm NATO com um sistema de tiro selectivo; espingardas Bullpup são configuradas com um aspecto em que o sistema de ferrolho está colocado atrás do punho de pistola; isto encurta o comprimento total sem sacrificar o comprimento do cano. A T.A.R. 21 providência comprimento de carabina, mas velocidade de espingarda da munição à saída do cano.

O desenho bullpup é também usado para minimizar a silhueta dos soldados e para maximizar a efectividade em virar esquinas na guerra urbana.
 
A ARES T.A.R. 21 é verdadeiramente uma bela AEG, com o corpo de uma arma construída com FRP robusto completado com marcas licenciadas e emblemas da IWI TAVOR Industries e uma imitação M.A.R.S (Multipurpose Aiming Reflex Sight) Unit completa com uma mira laser.

A textura do corpo parece absolutamente deslumbrante, a T.A.R. 21 sente-se espectacularmente bem nas suas mãos, mudar de uma baixa posição de prontidão para uma posição de tiro enquanto se tem aquisição de alvo instantânea é conseguido através do excelente posicionamento da unidade M.A.R.S..

Ambas as miras metálicas, dianteira e traseira estão disponíveis através de um simples virar, mas estão normalmente escondidas ao longo do topo da TAR-21. Devido ao único desenho da ARES TAR-21, a mola está localizada exactamente na coronha permitindo rápida e fácil mudança de mola, permitindo-lhe então o upgrade/downgrade da sua espingarda no terreno.

Esta é uma bela peça de maquinaria que não pode ser esquecida, especialmente se é um Airsofter!

Características da ARES T.A.R. 21:
  • Ferrolho de um toque.
  • Sistema de libertação da mola.
  • Miras metálicas dianteiras e traseiras SILP-Up.
  • Bi-Rails (Rail 1x 120mm no topo, rails 1x 160mm laterais).
  • Uma alavanca de armar que pode ser mudada para operadores destros e esquerdinos.
A RedWolf Airsoft recomenda o uso de baterias Intellect 9.6v 1400mAh para MP5/SCAR para a ARES T.A.R. 21.
A unidade M.A.R.S. requer baterias 2x N type (LR1) para operar (Não Incluídas).

in


domingo, 29 de março de 2015

Flamenco

Este instrumento
fabricado em Paris
por Rene Voboam
está ricamente
ornado com marfim
e ébano.
A guitarra clássica esteve sempre associada à Espanha, sendo muitas vezes referida como guitarra espanhola.

Como o seu repertório, esta guitarra desenvolveu-se na Espanha no decurso do século XIX em simultâneo com o advento do flamenco. As suas fontes emergem das tradições populares andaluzes e árabes.

Os guitarristas acompanhavam cantores e bailarinos num ritmo intenso usando escalas e harmonias de estilo oriental.

A guitarra flamenca estabeleceu-se no século XX e, ainda que na linha da guitarra clássica, utiliza técnicas muito típicas como o rasgueado.

As linhas melódicas, muitas vezes inspiradas na tradição árabe-andaluza, servem de veículo ao improviso.

Ainda que sendo uma forma musical muito tradicional, o flamenco permite a fusão de géneros mais modernos com influência sul-americana e jazz.


in

sexta-feira, 27 de março de 2015

Utilizar a profundidade de Campo Máxima

Muitas vezes precisa da maior profundidade de campo possível porque as partes importantes de uma cena que quer nítidas estão perto e longe da câmara. A profundidade de campo máxima é particularmente importante para os fotógrafos de paisagens e de outras cenas em que o horizonte distante faz parte da imagem. É também essencial com objectivas de distância focal longa e em close-ups e fotografia macro, onde a profundidade de campo é sempre reduzida. Quando a cena se expande até uma grande distância, muitos fotógrafos focam irreflectidamente no ponto mais distante. Quando isso acontece, tudo o que esteja para além desse ponto ficará nítido. Mas, uma vez que um terço da profundidade de campo está à frente do ponto de focagem e dois terços estão atrás dele, estará a desperdiçar dois terços da profundidade de campo. Como resultado, algumas partes do primeiro plano da cena podem não estar incluídas no terço da profundidade de campo que restou e, consequentemente, não estarão nítidas.

Um ícone típico do modo de
foco Paisagem/Infinito. Estes
modos tiram partido da
distância hiperfocal para que
a cena fique nítida desde o
primeiro plano até ao plano
de fundo.
Em vez de focar na parte mais distante da cena, foque um ponto que se encontre a um terço da distância entre a câmara e essa área. Isso fará avançar o plano de foco principal e o plano de foco mais próximo, aumentando a profundidade de campo no primeiro plano da imagem. O plano de foco mais afastado também avança, mas continua a incluir o ponto mais longínquo da cena. O novo ponto de focagem designa-se por distância hiperfocal. Pode utilizar esta técnica não apenas para paisagens, mas quando quer que a profundidade de campo inclua áreas próximas e afastadas da câmara.

Quando foca a área mais afastada da cena (neste caso, as montanhas), toda a profundidade de campo à direita do ponto de foco é desperdiçada. Como resultado, o centro e o primeiro plano não ficam focados, porque não estão incluídos na profundidade de campo disponível.

Ao definir o foco para a distância hiperfoca a área mais distante da cena permanece nítida, mas o plano de foco mais próximo avança no sentido da câmara. A cena está integralmente nítida.
Para aumentar a profundidade de campo pode:
  • Fotografar com luz do sol forte para diminuir a abertura necessária.
  • Utilizar a definição grande-angular da sua objective zoom ou afastar-se do assunto.
  • Definir o modo de Prioridade à Abertura e escolher uma abertura pequena, como f/11, ou optar pelos modos de foco Paisagem ou Infinito.
Compreender a distância focal tem várias vantagens. Uma delas é poder escolher a abertura que garanta a maior nitidez possível, enquanto mantém a profundidade de campo desejada. As aberturas mais pequenas podem facultar uma excelente profundidade de campo, mas também têm configurações que suavizam a imagem. Para conseguir a imagem mais nítida possível, deve usar a abertura maior que permita a profundidade de campo que quer.

Algumas objectivas grande-angular têm uma escala de distância focal que lhe permite focar na distância hiperfocal. Quando o faz, a profundidade de campo estende-se desde um ponto intermédio até ao infinito. Para paisagens, isso permite-lhe obter a profundidade de campo mais profunda possível com a abertura e a distância focal da objectiva que está a usar.

Aqui, o símbolo de infinito da escala de distâncias foi alinhado com f/11 (a abertura escolhida), no lado direito da escala. No lado esquerdo, lendo os valores por cima de f/11, verifica-se que tudo a partir de 2,5 pés (0,7 m) até ao infinito está focado.
Para a fotografia de acção, pode recorrer a uma variante desta técnica, chamada zona de focagem, para focar antecipadamente e definir a profundidade de campo de forma a que uma gama específica fique sempre focada. Tudo o que aconteça dentro dessa gama pode ser rapidamente captado sem ter de focar.

Aqui o valor de 6 pés (2m) da escala de distância foi alinhado com f/11, no lado direito da escala. Do lado esquerdo, lendo o valor por cima de f/11, verifica-se que tudo a partir de cerca de 1,75 pés (0,6 m) até 6 pés (2 m) está focado.
As marcas de profundidade de campo de uma objectiva Leica.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Desempenho





O desempenho do disco rígido é um factor que influencia muito no desempenho global do sistema, determinando o tempo de carregamento das aplicações e arquivos grandes, e até mesmo a velocidade de acesso ao arquivo de troca. Para ser carregado um programa ou acedido qualquer outro dado, é preciso primeiramente transferi-lo do disco rígido para a memória. Pouco adianta ter um processador ou memórias ultra-rápidos, se a todo momento eles tiverem que esperar por dados a serem transmitidos pelo disco rígido. Depois da quantidade de memória RAM e cache, o disco Rígido é talvez o componente que mais afecta o desempenho do computador, rivalizando até mesmo com o processador.


As diferentes marcas e modelos de discos rígidos que existem à venda no mercado apresentam desempenhos bem diferentes uns dos outros. Não é fácil medir o desempenho de um disco rígido, pois o desempenho do disco é determinado por um conjunto de vários itens e não é nada fácil tentar resumí-lo a um único número.

Nenhum programa de benchmark que existe actualmente é muito preciso para medir a performance de um disco rígido, pois os resultados acabam sempre sendo contaminados pela performance do resto do equipamento. Se você medir o desempenho de um disco rígido instalado num 233 MMX, e em seguida medir o desempenho do mesmo disco instalado num Pentium III 600, verá que os resultados serão bem mais altos. Além disso, estes testes privilegiam sempre alguns factores, como o tempo de acesso, desprezando outros factores igualmente importantes.

Para piorar ainda mais este quadro, os fabricantes têm o péssimo hábito de vender discos rígidos informando a capacidade máxima de transferência de dados da controladora, e não a do disco.

Isso é completamente irreal, pois uma controladora UDMA 33, por exemplo, transmite dados numa velocidade de 33 MB/s, enquanto a velocidade real do disco fica geralmente em torno de 10 ou 15 MB/s. Outras vezes é divulgado apenas o tempo de acesso, e muitos acabam concluindo que o disco A é melhor do que o disco B, simplesmente por ter um tempo de acesso de 9 milissegundos, enquanto o outro tem tempo de acesso de 9.5 milissegundos. Para esclarecer um pouco melhor este assunto, vou analisar agora os diferentes factores que determinam o desempenho de um disco rígido. Pesquisando nos sites dos fabricantes você quase sempre encontrará estas especificações:

Tempo de Busca (Seek Time)
Este é um factor importante na performance geral do disco, pois é o tempo que a cabeça de leitura demora para ir de uma trilha à outra do disco. Este tempo é um pouco difícil de determinar com exactidão, pois o tempo que a cabeça demora para ir da trilha 50 à trilha 100, deslocando-se 50 trilhas, por exemplo, não é 5 vezes maior que o demorado para ir da trilha 50 à trilha 60, deslocando-se 10 trilhas.

Você não demora 5 vezes mais tempo para ir a um local distante 5 quilómetros da sua casa, do que para ir a um local distante apenas 1 quilómetro, pois além do tempo necessário para percorrer a distância, existe o tempo de ligar o carro, abrir a porta da garagem, estacionar o carro, etc.

Assim, para ir da trilha 50 à 60, as cabeças de leitura e gravação poderiam levar 4 milissegundos, levando apenas 10 para ir da cabeça 50 à 100, por exemplo. Estes valores variam em cada marca e modelo de disco rígido, mas quanto menores forem os tempos, melhor será a performance.

Tempo de Latência (Latency Time)
Dentro do disco rígido, os discos magnéticos giram continuamente. Por isso, dificilmente os sectores a serem lidos estarão sob a cabeça de leitura/gravação no exacto momento de executar a operação, podendo, no pior dos casos, ser necessário uma volta completa do disco até o sector desejado passar novamente sob a cabeça de leitura.

O tempo de latência é tão importante quanto o tempo de busca. Felizmente, ele é fácil de ser calculado, bastando dividir 60 pela velocidade de rotação do disco rígido, medida em RPM (rotações por minuto), e multiplicar por 1000. Teremos então o tempo de latência em milissegundos. Um disco rígido de 5200 RPM, por exemplo, terá um tempo de latência de 11.5 milissegundos (o tempo de uma rotação), já que 60 ÷ 5200 x 1000 = 11.5 

Geralmente é usado o tempo médio de latência, que corresponde à metade de uma rotação do disco, assumindo que os clusters desejados estarão, em média, a meio caminho do cabeçote. Um disco rígido de 5200 RMP teria um tempo de latência médio de 5.75 milissegundos.

Tempo de Acesso (Access Time)
O tempo de acesso, é o tempo médio que o disco demora para acessar um sector localizado em um local aleatório do disco. Este tempo é um misto do tempo de busca e do tempo de latência do disco rígido, significando o tempo que o braço de leitura demora para chegar a uma determinada trilha, somado com o tempo que o disco demora para girar e chegar ao sector certo. O tempo de acesso nos discos rígidos mais modernos gira em torno de 10 a 7 milissegundos (quanto mais baixo melhor).

Head Switch Time
Um disco rígido é composto internamente de vários discos. Naturalmente, temos uma cabeça de leitura para cada disco, sendo os dados gravados distribuídos entre eles.

Como as cabeças de leitura são fixas, caso seja necessário ler dois arquivos, um encontrado na face 1 e outro na face 3, por exemplo, a controladora activará a cabeça de leitura responsável pela face 1, lerá o primeiro arquivo e, em seguida, activará a cabeça responsável pela face 3, lendo o segundo arquivo. O termo “Head Switch Time”, pode ser traduzido como “tempo de mudança entre as cabeças de leitura”, por ser justamente o tempo que o disco leva para mudar a leitura de uma cabeça para outra. Este tempo é relativamente pequeno e não influencia tanto quanto o tempo de acesso e a densidade.

Taxa de Transferência Interna (Internal Transfer Rate)
De todos os factores que discutimos até agora, provavelmente este é o mais complicado, pois é o que envolve mais variáveis. Uma definição simplista sobre a taxa de transferência interna, seria a quantidade de dados que podem ser lidos por segundo pela cabeça de leitura.

Porém, vários factores podem distorcer esta medição. Se os arquivos estiverem fragmentados, ou se for necessário ler vários arquivos gravados em setores distantes uns dos outros, a taxa de transferência será muito menor do que ao ler um grande arquivo gravado sequencialmente.

Se você está ouvindo uma música gravada no disco rígido, os dados a serem acessados (presumindo que o disco esteja desfragmentado) provavelmente estarão em sequência no disco, aumentando a taxa de transferência. Se você porém começar a aceder a dados distribuídos aleatoriamente pela superfície do disco, acedendo vários nomes de um grande banco de dados, por exemplo, então a taxa será muito menor.

Quando houver referências à “Internal Transfer Rate” nas especificações de um disco rígido, pode ter certeza de tratar-se da velocidade de leitura quando lidos sectores sequenciais.

Cache (Buffer)
Os discos rígidos actuais possuem uma pequena quantidade de memória cache embutida na controladora, que executa várias funções com o objectivo de melhorar o desempenho do disco rígido.

Geralmente ao ler um arquivo, serão lidos vários sectores sequenciais. A forma mais rápida de fazer isso é naturalmente fazer com que a cabeça de leitura leia de uma vez todos os sectores da trilha, passe para a próxima trilha seguinte, passe para a próxima e assim por diante. Isso permite obter o melhor desempenho possível.

O problema é que na prática não é assim que funciona. O sistema pede o primeiro sector do arquivo e só solicita o próximo depois de recebê-lo e certificar-se de que não existem erros.

Se não houvesse nenhum tipo de buffer, a cabeça de leitura do disco rígido acabaria tendo que passar várias vezes sobre a mesma trilha, lendo um sector a cada passagem, já que não daria tempo de ler os sectores sequencialmente depois de todo tempo perdido antes de cada novo pedido.

Graças ao cache, este problema é resolvido, pois a cada passagem a cabeça de leitura lê todos os sectores próximos, independentemente de terem sido solicitados ou não. Após fazer sua verificação de rotina, o sistema solicitará o próximo sector, que por já estar carregado no cache será fornecido em tempo recorde.

No cache ficam armazenados também últimos dados acedidos pelo processador, permitindo que um dado solicitado repetidamente possa ser retransmitido a partir do cache, dispensando uma nova e lenta leitura dos dados pelas cabeças de leitura. Este sistema é capaz de melhorar assustadoramente a velocidade de acesso aos dados quando estes forem repetitivos, o que acontece com frequência em servidores de rede ou quando é usada memória virtual.

Os dados lidos pelas cabeças de leitura, originalmente são gravados no cache, e a partir dele, transmitidos através da interface IDE ou SCSI. Caso a interface esteja momentaneamente congestionada, os dados são acumulados no cache e, em seguida, transmitidos de uma vez quando a interface fica livre, evitando qualquer perda de tempo durante a leitura dos dados.

Apesar do seu tamanho reduzido, geralmente de 512 ou 1024 Kbytes, o cache consegue acelerar bastante as operações de leitura de dados. Claro que quanto maior e mais rápido for o cache, maior será o ganho de performance.

Além do cache localizado na placa lógica do HD, a maioria dos sistemas operacionais, incluindo claro o Windows 95/98/2000/NT, reservam uma pequena área da memória RAM para criar um segundo nível de cache de disco. Como no caso de um processador, quanto mais cache, melhor é o desempenho. O tamanho do cache de disco utilizado pelo Windows pode ser configurado através do ícone “Sistema” do painel de controle, basta aceder à guia “Performance”.

Temos três opções: “Sistema móvel ou de encaixe”, “Computador Desktop” e “Servidor de rede”.

A primeira opção usa apenas 256 KB da memória RAM para o cache de disco, e é recomendável para computadores com apenas 8 MB de memória. A opção de computador desktop é o valor default e reserva 1 MB para o cache de disco, sendo a ideal para computadores com 12 ou 16 MB de memória. A opção de servidor de rede reserva 2 MB. Esta opção melhora perceptivelmente a velocidade de acesso a disco em computadores com 24 MB ou mais de memória RAM.

O uso do cache de disco é o factor que mais distorce os resultados dos benchmarks, pois o programa não tem como saber se um dado provém de um acesso ao cache ou de uma leitura física. Os testes de disco mais demorados utilizam arquivos grandes para diminuir este problema, pois como o cache armazena apenas 1 ou 2 MB de dados, a distorção ao ser lido um arquivo de, digamos, 50 MB seria muito pequena. Uma dica: não confie em benchmarks que fazem testes rápidos como o Norton, Wintune, etc., os resultados fornecidos por estes programas são tão precisos quanto jogar dados, simplesmente não devem ser levados a sério. Você pode achar bons programas de Benchmark no site da Ziff Davis, estes são os mesmos programas utilizados para fazer os testes da PC Gamers Americana. Os programas podem ser comprados por preços módicos ou baixados gratuitamente (não se surpreenda se forem mais de 100 MB cada) http://www.ziffdavis.com/properties/centralproduct/zdbench.htm
 
Densidade
A densidade dos platers de um disco rígido é outro factor com enorme impacto na performance.

Quanto maior for a densidade, menor será o espaço a ser percorrido pela cabeça de leitura para localizar um determinado sector, pois os dados estarão mais próximos uns dos outros. A densidade pode ser calculada muito facilmente, bastando dividir a capacidade total do disco pela quantidade de cabeças de leitura (e consequentemente o número de faces de disco).

Um disco rígido de 4 Gigabytes e 4 cabeças de leitura, possui uma densidade de 1 Gigabyte por face de disco, enquanto que outro disco, também de 4 Gigabytes, porém com 6 cabeças de leitura, possui uma densidade bem menor, de apenas 666 Megabytes por face de disco.

A densidade influência directamente nos tempos de acesso e de latência do disco rígido, além disso, com um número menor de cabeças de leitura, o tempo perdido com o Head Switch também é menor.

Muitas vezes encontramos no mercado discos rígidos da mesma capacidade, porém, com densidades diferentes. Neste caso, quase sempre o disco rígido com maior densidade utilizará tecnologias mais recentes, sendo por isso mais rápido.
 
Velocidade da Interface
A interface determina a velocidade máxima de transferência, mas não necessariamente a performance do disco rígido. Em geral, a interface é sempre muito mais rápida do que a taxa de transferência interna alcançada pelo disco rígido. Porém, em muitas situações, a interface IDE fica momentaneamente congestionada, deixando de transmitir dados. Nestas situações os dados são acumulados no buffer do disco rígido e, em seguida, transmitidos de uma vez quando a interface fica livre.

Isto pode ocorrer em duas situações: quando temos dois discos instalados na mesma porta IDE e os dois discos são acedidos simultaneamente, ou quando o barramento PCI fica congestionado (já que as portas IDE compartilham os 133 MB/s com todos os demais periféricos PCI instalados).

Nestas situações, ter uma interface mais rápida irá permitir que os dados armazenados no cache sejam transferidos mais rápido. Porém, em situações normais, o desempenho ficará limitado à taxa de transferência interna do disco rígido, que mesmo no caso de um disco rígido topo de linha, lendo sectores sequenciais, dificilmente chega perto de 20 MB/s.

O simples facto de passar a usar DMA 66 no lugar de UDMA 33, não irá alterar quase nada o desempenho do disco em aplicações reais, pelo menos enquanto não tivermos discos rígidos capazes de manter taxas de transferência internas próximas de 30 MB/s, o que provavelmente só deve acontecer por volta de 2002. O UDMA 66 veio com o objectivo de ampliar o limite de transferência das interfaces IDE, abrindo caminho para o futuro lançamento de discos rígidos muito mais rápidos, que possam trabalhar sem limitações por parte da interface, mas não é de se esperar que um velho disco rígido de 6.4 ou algo parecido, fique mais rápido só por causa da interface mais rápida. Não adianta melhorar a qualidade da estrada se o carro não anda.

Marca e modelo x Capacidade
Muitos modelos de discos rígidos são fabricados em várias capacidades diferentes; o Quantum Fireball Plus KA, por exemplo, pode ser encontrado em versões de 9.1 e 18.2 GB. Neste caso, muda apenas o número de platters e cabeças de leitura, ao invés de ter apenas um platter e duas cabeças de leitura, o disco passa a ter dois platters e quatro cabeças, porém, a velocidade de rotação, densidade etc. continuam as mesmas.

Neste caso, apesar da capacidade de armazenamento aumentar, o desempenho cairá um pouco em relação à versão de menor capacidade, pois com mais cabeças de leitura será perdido mais tempo com o Head Switch time e, além disso, o cache de disco irá tornar-se menos eficiente, já que teremos a mesma quantidade de cache para uma quantidade de dados muito maior. No caso do Quantum Fireball Plus KA, a versão de 9.1 GB mantém taxas de transferência cerca de 7% maiores que a versão de 18.2 GB.

Veja que este não é o caso de todos os discos rígidos do mesmo modelo lançados com capacidades diferentes; um exemplo é o Medalist Pro da Seagate, a densidade na versão de 6.4 GB é de apenas 1.3 GB por face, com rotação de 5,400 RPM, enquanto na versão de 9.1 GB a densidade sobe para 2.3 GB por face e a rotação para 7,200 RPM.

O desempenho do disco rígido deve ser calculado com base nas especificações, e não com base na capacidade. Mesmo sem ter acesso a qualquer benchmark, apenas examinando a densidade, tempo de acesso, velocidade de rotação e cache, é possível ter uma boa idéia do desempenho apresentado pelo disco.
 
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto



quarta-feira, 25 de março de 2015

Morse - nós


Uma das maneiras de usar o código morse é com nós numa espia. Usa-se um nó simples para representar um ponto e um nó de oito para representar um traço. Assim, basta fazer uma sequência correcta de nós simples e de oito para obter a nossa mensagem codificada.



As palavras são "escritas" deixando um pequeno espaço entre cada letra, ficando assim um cordão cheio de nós.

terça-feira, 24 de março de 2015

Larus fuscus, Gaivota-de-asa-escura


Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Laridae.

Tipo de ocorrência
Nidificante, que se desconhece se é residente ou migrador.

Classificação
População  nidificante: VULNERÁVEL - VU* (D)
Fundamentação: Espécie com população muito reduzida (menos de 250 indivíduos maturos). Na adaptação à escala regional desceu uma categoria por se considerar que a população nacional pode ser alvo de imigração significativa e não ser de esperar que a imigração das regiões vizinhas possa vir a diminuir.

Distribuição
Espécie com ampla distribuição em todo o Paleárctico, que está maioritariamente concentrada no Reino Unido (Cramp 1985, Hagemeijer & Blair 1997).

Em Portugal esta espécie nidifica no Continente, ocorrendo apenas em pequenos núcleos localizados no arquipélago das Berlengas, na ilha do Pessegueiro e Ria Formosa. Não é de excluir a hipótese de situações pontuais de nidificação ao longo da costa a sul do Cabo Sardão, e no estuário do Sado, no seio de núcleos reprodutores de gaivota-de-patas-amarela Larus cachinnans.

População
A estimativa actual em Portugal sugere um valor máximo de 50 casais (JP Granadeiro, L Morais & NM Lecoq, com. pess.), com os principais núcleos localizados no arquipélago das Berlengas e na Ria Formosa.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, (BirdLife International 2004).

Em Espanha é classificada como Pouco Preocupante (LC) (Madroño et al. 2004), nem estão documentadas regressões populacionais para esse país (Mouriño & Bermejo 2003), o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido da população nacional, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.

Habitat
Em Portugal, nidifica em ilhas e em zonas estuarinas ou lagunares, geralmente no seio de colónias de gaivota-de-patas-amarelas.

Factores de Ameaça
Embora possua um efectivo reduzido no nosso país, essencialmente por se encontrar no limite sul da sua distribuição, esta espécie não sofre actualmente de ameaças directas, sendo a ave marinha mais comum da nossa costa durante o Inverno. Contudo, à semelhança de outras aves marinhas, esta espécie pode ser gravemente afectada por ameaças globais como derrames de hidrocarbonetos, podendo igualmente sofrer algumas perdas em artes de pesca.

Medidas de Conservação
A maioria das colónias estão incluídas em áreas protegidas, sendo por isso alvo  de alguma vigilância e gestão.

Notas
Existe igualmente uma grande população invernante em Portugal que se encontra em situação pouco preocupante (LC). Na Madeira ocorre como invernante, mas em números reduzidos. Existem registos de hibridação de gaivota-de-asa-escura com gaivota-de-patas-amarelas Larus cachinans, em colónias mistas.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


domingo, 22 de março de 2015

A guitarra clássica

A guitarra está presente na maioria dos géneros musicais. Actualmente existe uma grande variedade de modelos, da simples guitarra acústica de cordas de nylon aos instrumentos eléctricos futuristas equipados com sistemas electrónicos sofisticados.

Clássico
A guitarra clássica existe há mais de 3000 anos.

O guitarrista espanhol
Dionísio Aguado (1748-1849)
compôs um importante
repertório para a guitarra.
As guitarras primitivas possuíam uma caixa estreita e cordas de tripa, e eram utilizadas na Europa para acompanharem canções e danças. Com um som pouco perceptível para desempenhar uma função musical proeminente, era tocada sozinha acompanhando um cantor ou, por vezes, no meio de pequenos grupos musicais.

No terceiro quartel do século XVIII, adquiriu as suas seis cordas definitivas e depois, em meados do século XIX, as suas cravelhas e um corpo maior.

Actualmente, a guitarra clássica está muito vulgarizada e goza de um vasto repertório desde a musica antiga até composições atonais modernas. O instrumento continua a evoluir graças a  arranjos sempre renovados e ao enriquecimento constante das técnicas tradicionais. Se a grande popularidade da guitarra eléctrica e da guitarra acústica com cordas de aço ofuscou a guitarra clássica, esta continua a ser um instrumento de uma delicadeza e uma sensibilidade ímpares.

Entrada das guitarras
No século XVI, a guitarra era tocada por todas as classes sociais a solo ou em ensembles.

in

sexta-feira, 20 de março de 2015

Controlar a Profundidade de Campo

Aqui foi utilizada a maior
profundidade de campo
possível para manter tudo
nítido, desde a parte da
frente do avião até ao plano
de fundo.
A nitidez – ou a falta dela – é imediatamente evidente quando olhamos para uma fotografia. Por exemplo, numa imagem captada num jardim, pode ter apenas uma parte de uma flor focada ou a flor inteira incluindo as folhas à volta. A partir do momento em que perceber como controlar a profundidade de campo, sentir-se-á muito mais confiante quando quiser certificar-se que algo fica – ou não – nítido.

Para controlar a profundidade de campo, tem de considerar três factores.

Esta foto da página
de um livro mostra o
quão curta pode ser a
profundidade de campo
quando fotografa muito
próximo do assunto.
  • O diâmetro da abertura. Quanto mais pequena for a abertura, maior será a profundidade de campo; e quanto maior a abertura, menor ela será.
  • Distância da câmara ao assunto. Á medida que se afasta de um assunto para focá-lo, aumenta a profundidade de campo; e á medida que se aproxima, diminui.
  • Distância focal da objectiva. Utilizar uma objectiva grande-angular ou afastar o assunto utilizando o zoom, aumenta a profundidade de campo; e utilizar uma objectiva longa ou aproximar o assunto com o zoom, diminui-a.
Cada um destes três factores afecta por si só a profundidade de campo, mas o seu efeito será maior se os combinar. Pode conseguir a menor profundidade de campo com uma teleobjectiva, quando está próximo do assunto, utilizando a abertura máxima; ou a maior profundidade de campo, quando está afastado do assunto, com a objectiva definida para grande-angular, com a abertura mínima.

Aqui, a profundidade de
campo da câmara foi
definida de forma a manter
apenas o pássaro focado. As
partes da imagem mais
próximas e mais afastadas
da câmara tornaram-se
cada vez menos focadas.


quinta-feira, 19 de março de 2015

Detecção e Correção de Erros





Por ser uma media magnética, um disco rígido, por melhor que seja sua qualidade, nunca é 100% confiável. Os discos rígidos actuais utilizam tecnologias no limite do imaginário, guardando cada vez mais informação em espaços cada vez menores, com tempos de acesso cada vez mais irrisórios e com taxas de transferências de dados cada vez mais altas. Não é difícil imaginar que em situações tão críticas de funcionamento, um disco rígido possa apresentar falhas.


Isso não significa que o seu disco rígido vá pifar amanhã, mas que são comuns erros na leitura de um sector ou outro. Obviamente, como todos nossos dados importantes são guardados no disco rígido, a possibilidade de erros na leitura de “um sector ou outro” é absolutamente inaceitável. Isto é ainda muito mais inaceitável em máquinas destinadas a operações críticas. Imaginem num grande
banco, se neste “sector ou outro” estivessem gravados os dados referentes à conta daquele magnata do petróleo...

De modo a tornar seus discos rígidos mais confiáveis, os fabricantes usam técnicas de correcção de erros cada vez mais avançadas. A técnica mais utilizada actualmente é o ECC (Error Correction Code), técnica também utilizada em drives de CD-ROM e memórias.

Usando o ECC, quando um dado é gravado num sector, são gerados códigos que são gravados juntamente com ele. Além dos 512 bytes de dados, cada sector armazena mais alguns bytes contendo os códigos ECC. A criação dos bytes de ECC, assim como sua utilização posterior é feita pela placa lógica do disco rígido, sendo o processo de verificação e correcção completamente transparente ao sistema operacional e ao utilizador.

A quantidade de códigos a ser usada é uma decisão do fabricante, mas quanto mais códigos forem usados, maior será a possibilidade de recuperação dos dados do sector em caso de erro.

Actualmente, é comum o uso de até 100 bytes de códigos para cada setcor, o que resulta discos rígidos praticamente livres de erros.

Quando um sector é lido pela cabeça de leitura, juntamente com os dados são lidos alguns dos códigos ECC, que visam apenas verificar se os dados que estão sendo lidos são os mesmos que foram gravados, uma técnica que lembra um pouco a paridade usada na memória RAM. Caso seja verificado um erro, são usados os demais códigos para tentar corrigir o problema. Na grande maioria dos casos, esta primeira tentativa é suficiente.

Em caso de fracasso, é feita uma nova tentativa de leitura do sector, pois é grande a possibilidade do erro ter sido causado por alguma interferência ou instabilidade momentânea. Caso mesmo após várias tentativas o erro permaneça, são usados os códigos de ECC mais avançados, que garantem uma possibilidade de sucesso maior, mas que por outro lado, exigem muito mais processamento e consomem mais tempo. Se mesmo assim, não for possível corrigir o erro, temos uma falha de leitura. É mostrada então uma mensagem de erro na tela e o setor atingido é marcado como defeituoso no defect map.

Segundo dados da Quantum sobre seus discos rígidos, a cada 1 Gigabyte de dados lidos pela cabeça de leitura, temos um erro simples que é corrigido automaticamente. A cada 1,000 Gigabytes, temos um erro que é corrigido usando-se as técnicas mais avançadas de correção, e apenas a cada 100,000 Gigabytes temos uma falha de leitura.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto





quarta-feira, 18 de março de 2015

Caranguejo


As letras e as palavras são escritas ao contrário:

Exemplo: BOA CAÇA E SEMPRE ALERTA = ATRELA ERPMES E AÇAC AOB


terça-feira, 17 de março de 2015

Larus audouinii, Gaivota de Audouin


Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Laridae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante.

Classificação
VULNERÁVEL - VU* (D1)
Fundamentação: Espécie com população muito reduzida (entre 50 e 250 indivíduos maturos). Na adaptação à escala regional desceu uma categoria, por se admitir que a população em Portugal poderá ser alvo de imigração significativa e não ser de esperar que a imigração das regiões vizinhas possa vir a diminuir.

Distribuição
Distribui-se nas zonas costeiras do Mediterrâneo, designadamente no Sul da Turquia, Líbano, Tunísia, Chipre, Grécia, Itália, França, Espanha, Argélia e Marrocos (Cramp & Simmons 1982, Oro et al. 2000) e mais recentemente em Portugal. Fora da época de reprodução, distribui-se pelas costas do Noroeste de África, até à Senegâmbia.

Em Portugal, nidifica exclusivamente na zona Sul do país, tendo a colonização desta área sido recente (estima-se que as primeiras tentativas de nidificação se tenham iniciado entre 1998 e 2000 (NM Lecoq, com. pess.)).

População
A população nacional está actualmente estimada em 50-250 indivíduos, com base em observações directas nas colónias de nidificação (MN Lecoq, com. pess.). Uma vez que se trata de uma colonização recente, possivelmente resultante de uma expansão das colónias do Delta do Ebro, é provável que venham a ocorrer variações significativas da dimensão das colónias e da sua área de distribuição.

Admite-se que esta população apresenta fragmentação elevada, dado o elevado grau de isolamento que apresenta relativamente aos outros núcleos nidificantes.
A nível mundial, registou-se um aumento muito significativo da população nos últimos 10 anos, e em 1997 a população mundial estava estimada em ca. 18.500-19.000 indivíduos (referências em Vilalta & Oro 2003).

É uma espécie globalmente classificada como Quase-Ameaçada (NT) (IUCN 2004a), que em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa é considerada Localizada (BirdLife International 2004).

As colónias existentes resultam provavelmente de uma expansão a partir de áreas de nidificação do país vizinho. Em Espanha, a gaivota de Audouin foi classificada como Vulnerável (VU) (Madroño et al. 2004). No entanto, o seu efectivo tem-se mantido estável na maior parte das áreas e sofrido aumentos muito significativos em algumas localidades desse país (Martínez 2003), o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido da população nacional, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.

Habitat
Nidifica em zonas costeiras de topografia variada, designadamente em ilhas rochosas e em zonas com vegetação de sapal (Cramp & Simmons 1982, Oro et al. 2000). No Delta do Ebro, onde esta espécie nidifica em grande número, ocupa zonas arenosas com vegetação dispersa (Oro et al. 2000). Após a reprodução e durante a migração e inverno, ocorre em zonas costeiras arenosas e baías.

Factores de Ameaça
As ameaças a esta espécie incluem a alteração ou destruição dos habitat de nidificação, a perturbação nos locais de cria, a predação por predadores terrestres e aéreos (designadamente Gaivotas de patas amarelas Larus cachinnans). Não é também de excluir a possibilidade de interferência com actividades de pesca, designadamente mortalidade em artes de pesca (Oro et al. 2000, Vilalta & Oro 2003). Sendo uma espécie relativamente rara pode ser alvo de pilhagem de ovos, designadamente para colecções.

Medidas de Conservação
Os núcleos de nidificação conhecidos encontram-se no interior de áreas protegidas, em zonas de acesso relativamente difícil. Dada a pequena dimensão dos núcleos conhecidos, torna-a especialmente sensível a factores de ameaça, sendo fundamental manter um nível vigilância elevado, especialmente durante a postura, altura em que as aves adultas e os seus ovos estão mais vulneráveis. É fortemente aconselhado um seguimento atento da evolução da dimensão da população e do sucesso reprodutor durante os próximos anos.

Notas
Trate-se de uma espécie com colonização relativamente recente (cerca de 5 anos). A decisão de incluí-la neste exercício de avaliação deveu-se ao facto de, por um lado, existirem registos de nidificação históricos, e por outro lado pelo o facto de possuir um estatuto próximo de ameaça a nível mundial.

Existem diversos registos referentes a passagem migratória desta espécie, designadamente na zona sul do país, envolvendo um número relevante de indivíduos, provavelmente com origem em Espanha e Mediterrâneo.

in Livro Vermelho dos Vertebrados

sexta-feira, 13 de março de 2015

Círculos de Confusão

A profundidade de campo é o resultado da focagem de diferentes partes da imagem em diferentes pontos da câmara. Aqui mostramos como funciona.

• Os pontos de uma cena que são interceptados pelo plano de foco principal são
projectados como pontos no sensor.
 
• A luz que forma estes pontos é em forma de cone, por isso qualquer ponto da cena em frente ou atrás do plano focal são projectados no sensor como círculos - chamados círculos de confusão. Estes, aumentam de diâmetro consoante aumenta a sua distância ao plano de foco principal. As áreas em que os pontos nítidos se expandem e passam a ser círculos fora de foco definem os planos de foco mais próximo e mais afastado, entre os quais está a profundidade de campo disponível.

Quando é utilizada uma abertura grande (em cima), o cone de luz é mais largo e os círculos de confusão rapidamente aumentam, tornando a profundidade de campo limitada. As aberturas mais pequenas (em baixo) formam cones mais estreitos por isso, os círculos não aumentam tanto e a profundidade de campo é maior.





quinta-feira, 12 de março de 2015

Dynamic Drive Overlays (DDO)


Se não existe um upgrade de BIOS disponível para sua placa mãe, e ao mesmo tempo você não está a fim de gastar muito dinheiro numa nova placa mãe, existe uma terceira solução (apesar de não ser muito recomendável como veremos adiante) que é instalar um driver tradutor, chamado Dynamic Drive Overlay.

Este pequeno programa substitui as instruções do BIOS, permitindo superar suas limitações.

Existem tanto programas destinados a placas mãe com limite de 504 MB, quanto para placas mãe com limite de 7.88 GB.

Como o disco só pode ser acedido com a ajuda do programa, é preciso instalá-lo antes do sistema operativo. Uma vez instalado, ele passa a ser referenciado no sector de Boot do disco rígido, e passa a ser carregado sempre que o computador é ligado.

Os fabricantes fornecem este programa na disquete que acompanha os discos rígidos vendidos em versão retail. Se você não recebeu a disquete, basta baixar o programa do site do fabricante. O nome varia de acordo com o fabricante, mas quase sempre é EZ-Driver ou Disk Manager. Alguns links são:

A Ontrack comercializa seu Disk Go!, que funciona com discos rígidos de qualquer fabricante, porém, este programa custa 60 dólares, enquanto as versões dos fabricantes são gratuitas.

Usar um driver de Overlay traz várias desvantagens: eles não são compatíveis com muitos programas de diagnóstico, não permitem o uso dos drivers de Bus Mastering, o que prejudica a performance do disco rígido e do sistema como um todo. Também temos problemas com a maioria dos boot managers, dificultando a instalação de mais de um sistema operativo no mesmo disco e, finalmente, temos o problema da desinstalação: para remover o driver é preciso limpar o sector de boot através do comando FDISK /MBR e em seguida reparticionar o disco.

Configurando os parâmetros manualmente

 
É possível instalar um disco maior que 504 MB em placas com esta limitação, configurando manualmente os parâmetros da geometria do disco através do Setup. O disco deve ser manualmente configurado como tendo 1024 cilindros, 16 cabeças e 63 setores. Isto fará com que o BIOS utilize apenas os primeiros 504 MB do HD, ignorando o resto. Claro que este procedimento não é recomendável, pois desperdiçará boa parte do disco rígido, mas pode ser usado como último recurso. Se, por exemplo, você precisar instalar um disco rígido de 512 MB, não fará mal perder 8 MB, mas, ao instalar um disco rígido maior o espaço desperdiçado será significativo.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


quarta-feira, 11 de março de 2015

Vogais por Pontos





As vogais são todas substituídas por pontos.


Exemplo: SEMPRE ALERTA = S.MPR. .L.RT.



terça-feira, 10 de março de 2015

Lanius senator, Picanço-barreteiro


Taxonomia
Aves, Passeriformes, Laniidae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante.

Classificação
QUASE AMEAÇADO - NT* (A2ac+3c+4ac)
Fundamentação: As observações de campo sugerem que a espécie pode ter sofrido uma redução populacional igual ou superior a 30% nos últimos 10 anos. Admite-se que as causas dessa redução podem não ter cessado e que essa tendência se pode manter no futuro próximo. Na adaptação à escala regional desceu uma categoria, por se admitir que a população nacional poderá ser alvo de imigração significativa e que previsivelmente esta não diminuirá.

Distribuição
Como nidificante apresenta distribuição quase exclusivamente no paleártico ocidental, perimediterrânea; ocorre desde o Norte de África até à Europa central e a Este alcança o Irão; migrador subsariano, inverna na África central (Cramp & Perrins 1993).

Na Península Ibérica apresenta uma distribuição tipicamente mediterrânica, estando ausente da Galiza, franja cantábrica e cotas altas dos Pirinéus e das altitudes superiores a 1.500m. Em Portugal continental apresenta uma distribuição muito alargada, mas encontra-se ausente da faixa ocidental do norte do país.

População
A população nacional foi estimada como sendo superior a 10.000 indivíduos maturos.
No decorrer dos trabalhos do Novo Atlas foi detectado em 575 quadrículas (c. 57% do total) (ICN dados não publicados). É mais comum e abundante no sul do país. Na Serra da Nogueira foi detectado em 21 quadrículas de 2,5 x 2,5 km e estimou-se a sua população entre 15 e 30 casais nidificantes (Patacho 1998). Em Montesinho foi detectado em 12 quadrículas de 5x5 km (Reino 1994). Em montado de azinho no Alentejo foram registadas densidades de 5-6 casais/10 ha (Almeida 1997). Desconhece-se se a sua população se encontra em declínio continuado; no entanto, a situação desfavorável das populações  de  picanço-barreteiro  noutros  países  europeus  leva  a  considerar  essa possibilidade.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Em Declínio, embora ainda provisoriamente, tendo apresentado um declínio histórico acentuado (BirdLife International 2004).

Em Espanha está documentada regressão na área de distribuição e redução da população de pelo menos 20%, durante 1970-1990 (Hernández 2003). Em Espanha, está classificada como Quase-Ameaçada (NT) (Madroño et al. 2004). Atendendo a que não apresenta estatuto de ameaça, admitiu-se um risco de extinção em Portugal mais reduzido, tendo-se descido uma categoria na adaptação à escala regional.

Habitat
Frequenta  habitats  agro-florestais,  como  montados  abertos,  mas  também  olivais, pomares, sebes e matas ribeirinhas.
 
Factores de Ameaça
O efeito do uso de biocidas na regressão desta espécie é referenciado para Espanha (Martí & del Moral 2003). O abandono da pastorícia extensiva, a expansão de mato, a instalação de povoamentos florestais, a eliminação de sebes e de bosques ripícolas, constituem também ameaças à conservação desta espécie.

Como ave migradora, está também sujeito a ameaças que operem nas áreas de invernada em África, como a caça, secas prolongadas e alterações nas práticas agrícolas (Tucker & Heath 1994).

Medidas de Conservação
Esta espécie carece de uma monitorização à escala nacional e investigação ecológica que permita conhecer com rigor a sua tendência populacional e avaliar os factores de ameaça.

Devem ser conservadas as manchas extensas de montado bem como os bosquetes associados a áreas abertas e evitada a concentração parcelária.

A sua inclusão no Anexo I da Directiva Aves é também apontada como uma medida importante para assegurar a sua conservação.

in Livro Vermelho dos Vertebrados