domingo, 28 de agosto de 2011

Y.M.C.A.


sábado, 27 de agosto de 2011

O disparador

O disparador é um acessório que substitui o disparador da câmara ao disparar. Permite disparar sem mover a câmara e por outro lado permite disparar remotamente.

Basicamente existem dois tipos de disparadores, os de cabo e os remotos. Os primeiros são os mais baratos. Os mais avançados permitem inclusive programar a hora de disparo.
Quando usar um disparador?

A maioria das câmaras DSLR dispõe de um modo de disparo chamado BULB. Este método utiliza-se no programa manual e é relativo ao tempo de exposição. Utilizando este modo a foto estará fazendo-se enquanto o disparador estiver premido. Os disparadores são imprescindíveis para utilizar este modo por duas razões, para não mover a câmara e para que não fique o dedo ligado a este por dúvida. A maioria destes disparadores permitem bloquear o disparador, de forma que não é necessário manter-se premindo o botão constantemente, já que o disparador o faz por nós. Imagine-se a fazer esta foto nocturna durante 2 minutos e meio premindo o botão.
Mas também utilizaremos o disparador naquelas ocasiões em que nos interessa estar longe da câmara, para aparecer na foto ou para manipular os elementos da cena.

Usar o autodisparador da câmara como método alternativo

Quando queremos utilizar um tempo de exposição grande, mas fora do modo BULB a câmara será capaz de controlá-lo por si mesma e não será necessário estar premindo o botão constantemente. Podemos utilizar o autodisparador da câmara para disparar e assim evitar mover a câmara.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

AMD Athlon (K7) vs Pentium III

Vamos a uma comparação directa entre as arquitecturas do Athlon e do Pentium III:

Descodificador de instruções
 
A primeira grande diferença entre o Athlon e o Pentium III reside na maneira como as instruções são descodificadas e processadas. Existem basicamente dois tipos de instruções simples que o processador pode executar: operações aritméticas (soma ou atribuição) e instruções de leitura ou gravação. Na maioria das vezes, uma instrução aritmética vem junto com uma operação de leitura ou gravação, já que depois de executar a operação será preciso gravar o resultado em algum lugar.

No Athlon, as instruções são descodificadas na forma de pares. Cada par, chamado “macro-ops” pode ter uma instrução aritmética e uma instrução de leitura ou gravação. Caso a opção de leitura ou gravação não seja necessária, o espaço reservado a ela ficará vago.

O Athlon tem dois descodificadores de instruções.

O primeiro descodificador chamado “Hardware decoder”, encarrega-se de converter todas as instruções simples, enquanto o segundo descodificador, chamado de “Microcode decoder” tem a função de converter as instruções mais complexas. Cada um dos dois descodificadores pode enviar 3 pares de instruções, ou três macro-ops por ciclo para a unidade de controle, onde as instruções serão ordenadas e despachadas para as unidades de execução. Como as unidades de execução do Athlon processam três instruções por ciclo, este arranjo assegura que em qualquer caso, mesmo caso entrem apenas instruções simples, ou só instruções complexas, o processador terá pelo menos três instruções por ciclo para processar.
O Pentium III processa cada instrução separadamente, e não em pares com o Athlon. Cada instrução é então chamada de “uops”.
 
Temos um total de três descodificadores de instruções: dois descodificadores simples, que cuidam das instruções simples, e descodificam apenas uma instrução cada e um descodificador mais complexo que cuida das instruções x86 mais complexas. Este segundo descodificador é capaz de descodificar até 4 instruções por ciclo.

A princípio, parece um empate técnico, já que somados os três descodificadores, temos 6 instruções por ciclo, como no Athlon. Na prática porém, quando o descodificador de instruções complexas está ocupado, os dois descodificadores simples param. Isto faz com que em muitas situações os descodificadores não sejam capazes de produzir todas as instruções que as unidades de execução podem processar, fazendo com que fiquem ociosas durante parte do tempo, o que naturalmente significa perda de performance.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

domingo, 21 de agosto de 2011

Apus pallidus, Andorinhão-pálido, Andorinha-do-mar (Madeira)

Taxonomia
Aves,  Apodiformes,  Apodidae.
 
Tipo de ocorrência
Madeira:  Estival  nidificante.
 
Classificação
Madeira:  INFORMAÇÃO  INSUFICIENTE  -  DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito,  não  são  conhecidos  parâmetros  básicos  referentes  a  esta  espécie,  como  o tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
Nidifica nas zonas costeiras e em ilhas do Mediterrâneo, em zonas interiores do Sul da Europa, na Península Arábica, Norte de África, Madeira, Canárias, Sul do Sara e Este do Paquistão (Hagemeijer & Blair 1997).

No Arquipélago da Madeira, ocorre nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo, apesar da sua nidificação  só  ter  sido  comprovada  para  a  primeira,  onde  é  uma  ave  aparentemente pouco abundante.

População
É uma das espécies menos conhecidas do arquipélago, o que em larga escala se fica a dever  ao  facto  de  existirem  poucos  observadores  regulares  na  região  que  consigam fazer a distinção entre esta espécie e A. unicolor.

Em  termos  de  estatuto  de  ameaça  a  nível  da  Europa,  a  espécie  é  considerada  Não ameaçada  (BirdLife  International  2004).  Em  Espanha,  está  classificada  como  Pouco Preocupante (LC) (Madroño et al. 2004).

Factores de Ameaça
Não existe qualquer tipo de referência sobre a existência ou não de ameaças históricas e presentes que ponham em causa a perenidade desta espécie.

Medidas de Conservação

Não se preconizam medidas de conservação concretas a implementar. Importa aumentar o conhecimento sobre a situação da espécie (efectivos e tendências) na Madeira.

in Livro Vermelho dos Vertebrados

sábado, 20 de agosto de 2011

Quem foi BP?

No dia 22 de Fevereiro de 1857 nasceu, em Londres, capital da Inglaterra, Robert Stephenson Smith Baden-Powell, carinhosamente chamado por B.P., que mais tarde seria famoso no mundo inteiro, como Fundador do Escutismo.

BP teve uma infância muito feliz e ainda novo participava juntamente com os seus irmãos em  excursões de barco, onde aprendeu a manobrar um barco, a acampar, a cozinhar e a obedecer às ordens com rapidez e elegância.

Em 1869 entrou para a escola. A escola possuía uma mata onde B.P. ia observar animais, apanhar por vezes um coelho, que assava numa fogueira sem fumo e onde desenvolvia as suas habilidades na construção de abrigos e no uso de um pequeno machado.

Não sendo um grande estudante destacava-se pela sua habilidade em desenho, canto e representação que continuou a usar pela sua vida fora.

Em 1876 entrou para o Exército. Distinguiu-se rapidamente e aos 26 anos já era Capitão. Depois fez campanhas em África tendo-se afirmado como um excelente explorador e ganhando experiência que pôs em prática na grande obra da sua vida: o Escutismo.

Em 1899 defendeu durante meses a cidade de Mafeking, na África do Sul, que foi duramente atacada pelas forças inimigas que tinham uma força muito superior em número.

Como havia poucos soldados regulares em Mafeking, B.P. treinou alguns rapazes a empunhar uma arma e para isso teve que organizar um grupo de jovens cadetes, adolescentes da cidade que desempenhavam todas as tarefas de apoio, tais como: cozinha, comunicações, primeiros socorros, etc. Graças a esses recursos, à inteligência e coragem do seu comandante foi possível à cidade resistir a forças muito superiores, até que chegassem reforços. A maneira como os jovens desempenharam suas tarefas, seus exemplos, de dedicação, lealdade, coragem e responsabilidade, causaram grande impacto em Baden-Powell e anos mais tarde, aquele acontecimento teria grande influência na fundação do Escutismo.

Graças a este feito, o seu nome ficou conhecido mundialmente e foi promovido a Major-General sendo o mais novo do Exército e um herói do Reino Unido.

De regresso à sua Pátria, Baden-Powell viu alguns meninos usar nas suas brincadeiras um livro, que ele havia escrito para exploradores do exército e que continha ensinamentos de como acampar e sobreviver em regiões selvagens. Assim estudou um plano e, em 1907 fez um acampamento experimental na Ilha de Brownsea, um acampamento com 20 rapazes de 12 a 16 anos de todas as classes, onde ensinou uma porção de coisas importantes, como: primeiros socorros, observação, técnicas de segurança para a vida na cidade e na floresta... Foi o primeiro acampamento Escutista.

Tendo sido uma experiência bem sucedida B.P. publicou o livro Escutismo Para Rapazes em 1908. Rapidamente por todo o lado começaram a surgir Grupos de Escuteiros e no final de 1908 já existiam cerca de 60 000 Escuteiros por todo o mundo.

O Escutismo, nascido na Inglaterra, não respeitou fronteiras e alastrou-se por outros países, e já em 1920, em Londres, reuniram-se, num grande acampamento, escuteiros de várias nacionalidades. Desde então o crescimento do escutismo foi grande e nem as duas guerras mundiais conseguiram enfraquecê-lo. Foi neste primeiro acampamento mundial, chamado de Jamboree, que 20.000 jovens aclamaram B.P., Escuteiro-Chefe Mundial.

Depois de vários anos de dedicação ao Escutismo, viajando pelo mundo e fundando Associações Escuteiras em vários países, B.P. sentiu as suas forças declinarem. Retirou-se, então para uma propriedade que possuía próxima à cidade de Nairobi, Quénia, na África. Ali, na companhia da esposa, dividia o tempo entre a pintura, a numerosa correspondência e a visita de amigos. Faleceu na madrugada de 8 de Janeiro de 1941, enquanto dormia.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ARES M3 SMG "Grease Gun" (Electric Blowback)

Esta é uma versão actualizada e melhorada da M3A1 original da ARES, mas esta Versão 2 tem agora um aspecto mais próximo da arma original.
A M3 é uma submetralhadora americana em calibre .45 ACP que ao serviço do U.S. Army em 1942 e começou a substituir a série Thompson de submetralhadoras. A M3 foi desenhada desde o inicio como uma alternativa mais barata à Thompson, optimizada para a produção em massa.
A M3 é habitualmente referida como a "arma de graxa", dada a sua similaridade visual com esta comum ferramenta mecânica. A mais famosa M3A1 é actualmente a segunda e a mais prolífica versão, tendo simplificado ainda mais o desenho, a original ainda mantém a alavanca manual de armar e o velho desenho das miras metálicas.
Uma arma clássica, esta réplica faz um excelente trabalho recriando o aspecto rude da arma real produzida em massa. A construção em uma peça do corpo da arma realmente a faz parecer industrial, o acabamento rude e a coronha em metal são de grande qualidade, mas não pouparam despesas para manter o aspecto baixo e sujo. Este modelo é actualmente quase todo em metal, fazendo-o não só pesado, mas também forte e muito resistente ao uso.
A coronha pode ser puxada para trás, encurtada ou completamente removida e tão fácil de operar que parece quase impossível ficar presa.
A tampa do ferrolho não só abre mas é também a segurança desta arma, pois ela não dispara quando fechada. Levantando o painel e puxando atrás o falso ferrolho revelar o ajuste do hop-up.
O espaço para a bateria tipo stick é no carregador, uma interessante mudança para ser sincero. Isto torna os carregadores de reserva logisticamente mais complicados, mas significa que ficar sem carga na bateria será improvável com apenas um ou dois carregadores de reserva (esta arma apenas trás um).

Com cerca de 270 fps é boa e confortável para uso em curtas distâncias, o que é particularmente interessante nesta AEG, tal com o a arma real, apenas dispara em totalmente automático. A tampa é também a segurança, a arma apenas dispara quando a tampa está aberta (tal como na arma real). Esta nova versão da ARES também dispões de um sistema eléctrico de blowback que pode não dar um coice tão grande como uma GBB mas definitivamente comprova ser uma AEG da era moderna. A alavanca de armar o ferrolho move-se mas não arma o ferrolho (apenas para ver). No entanto desenhada para baterias tipo AK stick (no carregador), pode levar algumas espécies de pequenas, finas baterias LiPo também. Este modelo usa um pequeno tipo de ligação Tamiya.
in Redwolf Airsoft

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Zoom

O zoom é outra opção barata para reduzir a distância mínima de focagem. A função ao fim e ao cabo é a mesma que os tubos de extensão, ainda que este seja mais barato. Também dão bastante menor qualidade, já que deformam  a imagem muito mais que os tubos quando nos afastamos do centro da imagem e proporcionam inclusive menos profundidade de campo que os tubos de extensão.

O zoom é um conjunto de filtros que se enroscam no extremo da objectiva. Tal como os tubos, podem-se combinar várias lentes.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Como tudo funciona

Para entender o que faz o Athlon ser mais rápido do que os processadores anteriores da AMD, nada melhor que fazer uma viagem pela maneira como ele processa instruções. 

Vamos lá:
 
Até certo ponto, tanto o Pentium III quanto o Athlon e outros processadores x86 actuais trabalham da mesma maneira. Internamente, o processador é capaz de executar apenas instruções simples, para ser mais exacto apenas quatro instruções: adição, atribuição, leitura e gravação.

Se já estudou alguma linguagem de programação, aprendeu a importância das variáveis, que são pequenos espaços de memória reservados para guardar algum tipo de dado. Existem vários tipos de variáveis, de 8, 16, 32 bits, etc. que mudam de nome dependendo da linguagem de programação usada. A instrução de atribuição do processador é usada sempre que é necessário criar ou alterar o valor de uma variável.

Por exemplo, imagine que um programa qualquer criou uma variável de 8 bits com o número 5. A próxima instrução manda que o programa compare o valor da variável com o número 6 e, caso o número seja menor, altere o valor para 9. Como 5 é menor que 6, o programa decide fazer a alteração, utilizando a operação de atribuição do processador, que lê o valor 9 e grava-o no espaço de memória da variável, que passa a ter o valor 9 ao invés de 5.

A instrução de soma é a operação básica que permite fazer todo tipo de processamento, enquanto as instruções de leitura e gravação permitem mover os dados. Basicamente é só isso que o processador sabe fazer. Operações mais complexas, são executadas através da combinação de várias instruções simples.

Para calcular uma multiplicação, por exemplo, o processador utilizará sequencialmente várias operações de soma. Na verdade, dentro do processador todas as operações, mesmo as mais complexas, são calculadas com base em várias operações de soma, feitas entre os valores binários processados pelo processador. Uma operação de subtracção é conseguida através de uma operação de atribuição, que transforma um dos valores em negativo, seguida por uma operação de soma. Mais com menos dá menos, a regra que aprendemos na primária e que os projectistas aprenderam a utilizar nos processadores.

Uma operação de divisão é conseguida executando-se uma sequência de operações de subtracção e todas os demais cálculos, mesmo os cálculos mais complexos, executados pelo coprocessador aritmético, são resolvidos usando apenas as quatro operações, obtidas a partir da simples instrução de soma.
 
Não é à toa que todos cursos superiores ligados à programação incluem aulas de matemática no currículo. A programação, principalmente em linguagens de baixo nível é baseada em matemática.

Pois bem, o conjunto de instruções x86, utilizadas pelos programas e com as quais qualquer processador destinado a microcomputadores PC deve ser compatível, é composto tanto por instruções simples (soma, subtracção, leitura, gravação, comparação, etc.) quanto por instruções muito complexas, que devem ser quebradas em várias instruções simples para que possam ser executadas pelo processador.

Excluindo-se componentes de apoio, como o cache L1, deixando apenas a parte “funcional” do processador, podemos dividir o processador em três partes.
 
A primeira parte é o descodificador de instruções. Este componente tem a função de converter as instruções x86 usadas pelos programas nas instruções simples que podem ser executadas pelo processador. As instruções simples vão então para uma unidade de controle, que organiza as instruções da forma que possam ser executadas mais rapidamente. As instruções formam então uma fila, (scheduler) a fim de permitir que a unidade de controle tenha tempo de fazer ser trabalho. Lembre-se que os processadores actuais são superescalares, executam várias instruções por ciclo, simultâneamente, o que torna essencial a existência de algum circuito que as coloque numa ordem em que a execução de uma não dependa do resultado da execução de outra.

Finalmente, temos as unidades de execução, onde as instruções preparadas e organizadas são finalmente processadas. Veja que todos os circuitos trabalham simultâneamente, visando que as unidades de execução sempre tenham algo para processar.
É mais ou menos como numa fila de banco, onde aparecem várias pessoas com vários tipos de tarefas, como contas para pagar, depósitos, querendo sacar dinheiro, tirar extractos, etc. Algumas pessoas querem fazer apenas uma operação (pagar apenas uma conta por exemplo), enquanto outras querem fazer várias operações (sacar dinheiro, pagar uma conta, depois depositar um cheque, etc.). Para evitar tumulto, é formada uma fila, onde cada um aguarda a sua vez e ir ao caixa e fazer o que deseja. No processador temos um cenário parecido, as unidades de execução são os caixas, onde tudo é realmente feito, enquanto os demais componentes tem a função de organizar a fila e fazer com que cada um se dirija ao caixa apropriado.

Poderíamos então dividir o processador em duas partes:

A parte da frente, ou front-end, é composta por todos os circuitos que descodificam e ordenam as instruções dos programas. Isto inclui o descodificador de instruções, a unidade de controle, e também os registradores e o cache. A parte de trás, ou back-end, seria então composta pelas unidades de execução, onde realmente são processadas as instruções.

Cada uma das duas partes é igualmente importante. As unidades de execução devem ser capazes de processar o máximo de instruções possível, enquanto o front-end composto pelos demais componentes, tem a função de preparar as instruções o mais rápido possível, de modo que as unidades de execução permaneçam ocupadas todo o tempo.

A lógica é que quanto mais unidades de execução tivermos trabalhando ao mesmo tempo, mais instruções todas juntas serão capazes de processar e quanto mais circuitos de descodificação e controle tivermos, mais eficiente será a descodificação das instruções, resultando em um processador mais rápido.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

domingo, 14 de agosto de 2011

Cobitis calderoni, Verdemã do Norte

Taxonomia
Actinopterygii,  Cypriniformes,  Cobitidae.

Tipo de ocorrência

Residente.  Endémica  da  Península  Ibérica.
 
Classificação
EM PERIGO - EN  (B1ab(ii,iii,iv)+2ab(ii,iii,iv))
Fundamentação: Espécie com extensão de ocorrência e área de ocupação muito reduzidas,  menores  que  150  km2.  Verifica-se  uma  elevada  fragmentação  da sua distribuição, que está restrita a algumas sub-bacias da bacia hidrográfica do Douro.  Admite-se  que  poderá  ocorrer  um  declínio  da  área  de  ocupação  e  da área, extensão e qualidade do habitat, assim como do número de localizações.
 
Distribuição
Distribui-se pela zona setentrional da Península Ibérica (Madeira et al. 1992). Em Espanha ocorre nas bacias hidrográficas do Ebro, Douro e em alguns locais da bacia hidrográfica do Tejo (Doadrio 2001a).

Em  Portugal  está  presente  apenas  na  bacia  hidrográfica  do  Douro  com  uma distribuição  fragmentada,  nas  sub-bacias  do  Corgo,  Tua  (nomeadamente  nos rios  Tuela,  Rabaçal  e  seus  afluentes,  onde  ocorre  com  frequência),  Távora  e Sabor (Vasilieva et al. 1992, Madeira 1994, 2002). Existem também registos para as sub-bacias do Torto, Côa e Aguiar (INAG 1999b) que necessitam confirmação.

Não há registos no troço principal do rio Douro.
 
População
Calcula-se que o número de indivíduos maduros seja superior a 10.000. A redução da população nos últimos 12 a 13 anos poderá ter sido inferior a 30% e poderá continuar a verificar-se nos próximos 10 a 13 anos, ou em qualquer período da mesma amplitude que abarque o passado e o futuro. As causas da redução embora geralmente compreendidas, não são reversíveis, nem cessaram. A avaliação da redução é baseada no declínio da qualidade do habitat e também na expansão de  espécies  não-indígenas.  Dada  a  sua actual  distribuição  fragmentada,  presume-se que tenha ocorrido nas últimas décadas um declínio continuado na área de ocupação e na área, extensão e qualidade do habitat ocupado pela espécie devido  a  vários  factores  de  ameaça.  Consequentemente,  poderá ter  ocorrido igualmente um declínio no número de sub-bacias ocupadas. Tal possibilidade é reforçada pelo conhecimento das populações em Espanha onde, na década de noventa, a espécie desapareceu em mais de 20% da área anteriormente ocupada, levando  à fragmentação  da  sua  distribuição  (Doadrio  2001a).
 
Habitat
Esta  espécie  bentónica  habita  cursos  de  água  permanentes  ou  intermitentes, desde o habitat típico dos salmonídeos, onde é pouco abundante, até aos cursos de água ciprinícolas, onde ocorre com mais frequência e em maior abundância (J Madeira com. pess.), havendo registos da sua ocorrência em albufeiras (Ferreira & Godinho 2002) que necessitam confirmação. Ocorre nos troços médios e superiores  de  rios  e  ribeiros,  com elevada  quantidade  de  oxigénio  dissolvido,  com substrato de areão e rocha (Perdices & Doadrio 1997, Doadrio 2001a).

Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça são a degradação do habitat, provocada sobretudo pela construção de barragens na bacia hidrográfica do Douro (elevado número de grandes albufeiras e mini-hídricas), alteração do regime natural de caudais, extracção de inertes, degradação da qualidade da água, e também a introdução e expansão de espécies não-indígenas, a qual poderá ter efeitos a nível da competição,  predação  ou  como  via  de disseminação  de  agentes  patogénicos.  O  facto desta espécie apresentar em Portugal uma distribuição muito circunscrita a algumas sub-bacias  aumenta  a  sua  vulnerabilidade face  aos  factores  de  ameaça.
 
Medidas de Conservação
Esta espécie está abrangida pela legislação nacional e internacional de conservação.

As medidas de conservação mais importantes são a conservação do seu habitat e  o controlo  das  espécies  não-indígenas  nomeadamente  na  sub-bacia  do  Tua.

Assim, devem ser minimizados os impactos de infra-estruturas hidráulicas, promovendo  a conectividade  das  populações  e  a  diminuição  da  variação  brusca  dos caudais e melhorar a fiscalização e controlo da extracção de inertes. A implementação de planos de ordenamento, designadamente o Plano de Bacia Hidrográfica do Douro (INAG 1999b) deverá melhorar as condições para a espécie. É também necessário implementar a Directiva-Quadro da Água, que deverá atingir a melhoria permanente  da  qualidade  dos habitats  aquáticos  e  o  Plano  Estratégico  de Saneamento e Tratamento de Águas Residuais. Outras medidas a apontar são a gestão sustentada da pesca, a melhoria da sua fiscalização e a sensibilização do público para a conservação dos ecossistemas aquáticos, nomeadamente sobre os efeitos nefastos das introduções de espécies não-indígenas. A realização de investigação  para  melhor  conhecer  a  sua  distribuição  na  bacia  hidrográfica  do Douro e a norte desta e ainda a sua biologia e ecologia, permitirá compreender melhor  as  causas  da  sua  fragmentação  e  declínio.  É  imperativo  monitorizar  os efectivos  populacionais  e  avaliar  as  medidas  de  conservação.

Notas
Existem  registos  pontuais  da  sua  ocorrência  a  norte  da  bacia  hidrográfica  do Douro (INAG 1999d, 2000e) a necessitar confirmação, pois a identificação específica dos indivíduos é por vezes dificultada pela semelhança entre esta espécie e o verdemã-comum Cobitis  paludica.
 
Outra bibliografia consultada
Bacescu  (1961);  Lobón-Cerviá  (1982a);  Perdices  (1997).
in Livro Vermelho dos Vertebrados

sábado, 13 de agosto de 2011

O escutismo

O Escutismo é uma viagem de descoberta e, sem dúvida nenhuma, um dos períodos mais fantásticos da tua vida. E é pelo jogo que, no Escutismo, vais conseguir viver Aventuras em reinos imaginários e vais adquirir novos conhecimentos e uma nova forma de olhares para as coisas.

Como escuteiro, vais aprender a conhecer-te melhor e a amar o mundo, brincando, aprendendo, explorando, descobrindo, etc. E o Escutismo vai-te ajudar a tornares-te mais responsável e capaz de te ajudares a ti, à tua família e à tua comunidade.

Mas para entrares neste grande “jogo” que é o Escutismo, necessitas de saber alguns dados importantes que te ajudarão a estares integrado neste movimento e para além disso precisas de saber algumas regras, porque para jogarmos um jogo tem sempre que haver regras, certo? (Elas são fáceis, vais ver…)
Então ‘bora lá a isto, que não há tempo a perder! =)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Airsoft Infinity Dois Tons fila única

 
Marca do Produto: Airsoft Surgeon
Código do Produto: AS-GBB-045
Hop-Up: Ajustável
Peso: 830 grs.
Comprimento: 222,0 mm
Capacidade: 26 disparos
Potência: 300 fps
Fonte energia: Gás Green/Propano
Blowback: Sim
Modo de disparo: Semi-automático

Baseada na pistola padrão Tokyo Marui 1911/MEU gás blowback, a Airsoft Surgeon revê o desenho para um melhor funcionamento, maior segurança, melhor e parece muito melhor ao fazer isso.
Registando 330 fps quando utiliza gás green/propano, com BB's de 0,20grs.; ela mantém a potência com consistência entre disparos. O premir do gatilho e a acção da corrediça estão afinados para a perfeição, com uma sensibilidade no gatilho e um ciclo tão suave que apesar do coice mantém o cano no alvo.
Ela alimenta-se com carregadores de fila única da Tokyo Marui 1911/MEU que são muito finos, tornando o punho mais fino, no género do estilo da 1911, tornando-o mais confortável que os punhos de dupla fila para muitas pessoas. Claro que o carregador TM não é actualmente de fila única,  ele tem uma capacidade de 26 BB's, o que é mais do que suficiente para uma arma de apoio.
Claro que além do seu uso prático, é também uma pistola muito bonita. A corrediça da Infinity em dois tons preto e prateado, a armação negra e o painéis do punho em madeira real. Com os parâmetros de classe tipo standard, ela mantém todas as funções do padrão 1911, incluindo a retenção da corrediça, a segurança do punho e a segurança do polegar.
Esta arma vem com um Airsoft Surgeon Range Bag (AS-RB), dando-lhe um método seguro e confortável de transportar e armazenar a sua grande arma. Também armazena 6 carregadores adicionais e algumas pequenas ferramentas que permitem uma manutenção ligeira.
in Redwolf Airsoft

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tubos de extensão

Um tubo de extensão é um acessório que se interpõe entre o corpo da câmara e a objectiva com o fim de reduzir a distância mínima de focagem da lente. Ainda que sejam parecidos nada tem a ver com um multiplicador. O objectivo do tubo de extensão em vez de aumentar a distância focal (o zoom) é reduzir a distância mínima a partir da qual se pode focar. Por isso o seu uso é principalmente para a fotografia macro.

Os tubos de extensão podem acoplar-seuns aos outros com o fim de reduzir ainda mais a distância mínima de focagem.

Também reduzem a luminosidade e ainda uns quantos mais se agrupam, por isso não é bom abusar deles. Utilizando este tipo de tubos não se pode focar ao infinito porque uma vez que reduz a distância mínima de focagem também reduz a distância máxima de focagem.

Antes de comprar un(s) multiplicador(es) assegure-se de que sejam compativeís com o corpo da sua câmara e suas objectivas e que funcionem correctamente as funções de autofocagem e no seu caso de estabilizador de imagem.

Tal como os multiplicadores, os tubos de extensão podem ser úteis, mas uma objectiva específica macro sempre terá muita mais qualidade que uma objectiva normal com tubos de extensão. O motivo é que as objectivas macro dão bastante mais profundidade de campo, que é crítica na fotografia macro.

domingo, 7 de agosto de 2011

AMD Athlon (K7) I

Arquitectura

A ideia fundamental da AMD ao desenvolver o Athlon parece ter sido “mais”. O Athlon tem mais estágios de Pipeline, mais unidades de FPU, mais unidades de execução, mais registadores, o que naturalmente resulta em mais desempenho. Abaixo temos uma foto que mostra como o Athlon é fisicamente. Esta foto foi cedida pela própria AMD e é bem interessante, pois ajuda a entender o tráfego dos dados dentro do processador. Veja que a foto está dividida em pequenos rectângulos, cada um mostrando a área ocupada por cada componente do processador. Infelizmente tudo está em inglês, mas aqui vai uma breve legenda dos componentes mais importantes (na ordem em que cada componente aparece na ilustração, começando de cima):
Floating Point Execution Units: São as unidades de execução de ponto flutuante. Nada mais é do que a parte fundamental do coprocessador aritmético, fundamental em vários aplicativos.

Floating Point Control: Este componente controla a ordem em que as instruções serão executadas pelo coprocessador, permitindo que as unidades de ponto flutuante fiquem ocupadas na maior parte do tempo.

Floating Point Scheduler: Armazena as próximas instruções que serão processadas pelo coprocessador. Este componente é essencial para o trabalho do Floating Point Control.
 
64 Kbyte Data Cache: Os 128KB de cache L1 do Athlon são divididos em dois blocos, 64KB para dados e 64KB para instruções, esta divisão meio a meio é utilizada na maioria dos processadores actuais e melhora a velocidade de acesso,pois permite que os dois blocos sejam acedidos simultâneamente. O Data Cache é a metade que armazena dados.

Integer Execution Unit: Estas são as unidades de execução de inteiros. Este é o componente básico de qualquer processador. É aqui que são processadas as operações envolvendo números inteiros.

Instruction Control Unit: Circuito que controla o envio de instruções para as unidades de execução de inteiros. Também ordena as instruções de forma que possam ser processadas mais rápido.

Bus Interface Units: É por aqui que os dados entram e saem do processador. Controla a comunicação do processador com o chipset e com os demais componentes do micro.

64 Kbyte Instruction Cache: É o segundo bloco do cache L1, o bloco que armazena instruções.

Branch Prediction: Lembra-se do recurso de execução especulativa, usado a partir do Pentium, onde são processadas instruções aleatórias nos ciclos ociosos do processador, ajudando a aumentar o desempenho? Este é o circuito que controla a execução destas instruções.

Predecode Array: Esta é a porta de entrada do processador. Estes circuitos convertem as instruções x86 enviadas pelos programas nas instruções simples que o processador executa internamente.
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

sábado, 6 de agosto de 2011

Hyperoodon ampullatus, Botinhoso

Taxonomia
Mammalia,  Cetacea,  Odontoceti,  Ziphiidae.

Tipo de ocorrência

Desconhece-se  se  é  residente  ou  visitante.
                                      
Classificação
INFORMAÇÃO  INSUFICIENTE    DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente  quanto  ao  tamanho  da  população  e  tendências  de  declínio.

Distribuição

A espécie está restrita ao Atlântico Norte, da Nova Inglaterra até à Ilha de Baffin e Sul da Groenlândia, no lado Oeste, e entre o Estreito de Gilbratar e Svalbard, no lado  Leste  (Jefferson  et  al.  1993).  Nos  Açores,  têm  sido  avistados  indivíduo  isolados  e  grupos  de  dimensão  variável  por  toda  a  Zona  Económica  Exclusiva (dados  não  publicados,  DOP  -  Univ.  Açores),  com  mais  frequência  durante  o Verão, mas é provável a sua presença durante o Inverno.

População
Não há informação disponível que permita estimar o tamanho e a tendência da população.  Embora  não  existam  estimativas  populacionais,  acredita-se  que  as capturas  dirigidas  ocorridas  entre  1880  e  1970  tenham  causado  o  declínio  das populações (UK Biodiversity Group 1999). Ainda subsiste alguma caça, mas o número de animais capturados é reduzido. Em 2000, só foram relatadas 6 capturas pelas Ilhas Faroe (NAMMCO 2001).

Habitat

O botinhoso é uma espécie pelágica, associada a grandes profundidades. Ocorre próximo de costa em zonas onde não existe plataforma continental (Jefferson et al. 1993), como é o caso dos Açores. 

Factores de Ameaça A captura acidental em artes de pesca e a poluição por organoclorados e metais pesados  são  considerados  factores  de  ameaça  (Johnston  et  al.  1996,  Read 1996),  mas  a  amplitude  destas  ameaças  é  desconhecida.  A  poluição  acústica, principalmente por sonares de baixa frequência, tem sido considerada uma possível causa  de  mortalidade,  cuja  amplitude  ainda  é  desconhecida  (Frantzis  1998).

Nos Açores, as actividades de observação de cetáceos, poderão causar alguma alteração  comportamental,  mas  não  deverão  constituir  uma  fonte  de  ameaça  à conservação  da  espécie.

Medidas de Conservação
Nos Açores, para além da legislação internacional em vigor, foi criada regulamentação para a actividade recreativa e comercial de observação de cetáceos. Estão a ser realizadas campanhas de educação e sensibilização ambiental, no âmbito de projectos de investigação diversos. 
in Livro Vermelho dos Vertebrados