terça-feira, 30 de setembro de 2014

Gallinago gallinago, Narceja


Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Scolopacidae.

Tipo de ocorrência
Continente: Nidificante, que se desconhece se é residente ou migrador.
Açores: Residente.

Classificação
População nidificante no Continente: CRITICAMENTE EM PERIGO –- CR (D)
Fundamentação: Espécie com população extremamente reduzida (inferior a 50 indivíduos maturos).
Açores: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não há informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito não são conhecidos parâmetros básicos referentes a esta espécie, como o tamanho da população e tendências populacionais.

Distribuição
Norte e Centro da Europa, Ásia e América do Norte. A subespécie que ocorre em Portugal distribui-se desde as ilhas britânicas, Escandinávia e Oeste da Europa, abrangendo o Norte e Centro da Eurásia até ao estreito de Bering (del Hoyo et al. 1996, Hagemeijer & Blair 1997).

Em Portugal continental a distribuição actual é muito restrita, no Norte do território, provavelmente num único local. A sua área de distribuição tem diminuído durante as últimas décadas (Santos 1979, Rufino 1989, Pimenta & Santarém 1996, ICN dados não publicados).

Nos Açores a espécie ocorre em todos os grupos do arquipélago, não existindo contudo confirmação da nidificação em todas as ilhas.

População
Em Portugal Continental existem poucas estimativas fiáveis da sua abundância, admitindo-se que a sua população contenha menos de 50 indivíduos maturos. A sua nidificação foi raramente confirmada durante as últimas décadas; desde a última confirmação de nidificação, nos finais da década de 1970 (Santos 1979), o mais recente registo de nidificação confirmada foi registado em 2003, ano em que se detectaram 3 ninhos (Pimenta & Santarém in prep.).

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Em Declínio, embora ainda provisoriamente, apresentando um declínio recente moderado (BirdLife International 2004). Em Espanha, foi classificada como Em Perigo (EN) (Madroño et al. 2004); no entanto, durante a última década, a sua população tem mantido valores estáveis (Salvadores et al. 2003).

Nos Açores a espécie tem sido registada durante a execução dos trabalhos de campo do Novo Atlas (ICN dados não publicados), não tendo no entanto sido alvo de censos dirigidos. Não existem dados pormenorizados sobre a sua abundância a nível regional.

Habitat
No continente, os habitats utilizados para nidificação são caracterizados por solos com elevado conteúdo de matéria orgânica, rico em invertebrados e com cobertura herbácea.

Por essa razão prefere zonas húmidas de altitude, nomeadamente matos higrófilos e lameiros abandonados (lameirões).

Nos Açores, a espécie nidifica em terras alagadiças, nomeadamente em zonas de turfeira.

Factores de Ameaça
No Continente a espécie é ameaçada principalmente por factores intrínsecos, nomeadamente a sua densidade baixa e distribuição restrita. A sua dependência de habitats de nidificação específicos torna esta população muito vulnerável á perda ou degradação de habitat (por acção do Homem), nomeadamente a alteração do regime de gestão dos locais de nidificação confirmados (e.g. drenagem).

Nos Açores, a destruição de zonas húmidas e a caça excessiva constituem as principais ameaças para esta população.

Medidas de Conservação
No Continente, a maior parte das zonas onde a espécie poderá nidificar encontram-se abrangidas no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Zona de Protecção Especial da Serra do Gerês, Zona Importante para as Aves Serras da Peneda e Gerês (Costa et al. 2003).

No entanto, nenhuma medida de conservação dirigida para a espécie foi implementada até este momento. Como esta população está muito dependente dos esforços de conservação em Espanha, a protecção das restantes zonas de nidificação na Galiza são essenciais para a viabilidade da população portuguesa, nomeadamente a expansão do Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurés (Espanha) (Martí & del Moral 2003). Neste contexto são necessários dois tipos de medidas: a estimativa do efectivo populacional e da sua distribuição, bem como a manutenção e conservação do habitat de nidificação.

Nos Açores não tem sido alvo de acções específicas de conservação, encontrando-se protegida por legislação nacional e internacional no âmbito das normas gerais de protecção das aves e dos seus habitats. Nesta região, as prioridades de conservação incluem a obtenção de dados sobre a biologia de reprodução, distribuição e abundância de narceja a nível regional.

Notas
Em Portugal Continental ocorre ainda uma população invernante, numerosa e de
distribuição alargada, que se encontra em situação Pouco Preocupante (LC). Ocorre também como migrador de passagem.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quando a Exposição Automática Resulta

A maioria das cenas que fotografa têm uma luminosidade geral de cinzento médio. Algumas áreas da cena podem reflectir 90% da luz e outras 5%, mas no geral a quantidade média de luz reflectida pela cena é 18% - o equivalente à reflectida por um motivo cinzento médio.

Sempre que fotografa uma cena normal com esta luminosidade geral, o seu sistema de exposição automática expõem-nas correctamente. Entre as cenas de cinzento médio mais comuns estão:

• Cenas em dias de sol forte cuja luz está por trás de si quando está voltado para a cena.

• Cenas em dias nublados ou sob luz difusa, como à sombra ou em exteriores com luz uniformemente distribuída.

Esta paisagem, do Canyon de Chelly, foi captada numa manhã
nublada utilizando a exposição automática.
Este retrato, captado sob um céu luminoso e nublado, está
perfeitamente exposto usando o modo automático.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

CÓDIGO BRAILLE FALSO

O Código Braille Falso é feito do seguinte modo: distribuem-se as letras do alfabeto por 3 quadrados, cada um dos quais com nove letras, em 3 linhas e 3 colunas. Esta distribuição é necessária tanto para codificar como para descodificar mensagens. Cada letra é representada por um conjunto de pontos, em 3 linhas.


Na 1ª linha o número de pontos corresponde ao nº do quadrado onde está a letra, na 2ª linha corresponde ao nº da linha onde está a letra nesse quadrado e na 3ª ao nº da coluna.



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Interfaces SCSI


Uma opção às interfaces IDE, são as controladoras SCSI (Small Computer Systems Interface), sigla que pronunciamos como "scuzzi" com o "u" arranhado, como no Inglês. Estas controladoras são encaixadas em um slot disponível da placa mãe.

As controladoras e discos SCSI são superiores aos IDE em vários aspectos, porém não são tão populares devido ao preço. Um Ferrari é muito melhor que um Gol, mas não é tão vendido, justamente por ser mais caro e pelas pessoas normalmente não precisarem de um carro tão rápido. Similarmente, do ponto de vista de um utilizador doméstico, as vantagens do SCSI não justificam seu alto preço. Mas em computadores de alto desempenho, como servidores de rede, o uso do SCSI é quase obrigatório.

Numa controladora SCSI, podemos usar até 15 dispositivos simultaneamente (já que um ID é usado pela própria controladora) sem que haja degradação de performance, como acontece quando usamos mais de um dispositivo IDE numa mesma controladora.

Outra grande vantagem do SCSI, é uma menor utilização do processador quando o disco rígido é acedido, justamente porque praticamente todo o trabalho é executado pelos próprios discos rígidos (sob orientação da controladora), e não pelo processador.

Basicamente, o processador precisa apenas informar à controladora, quais os dados que devem ser transferidos, onde estes dados estão gravados e para onde eles serão transferidos, para que a controladora possa fazer o restante do trabalho, avisando ao processador quando tiver terminado.
 
Durante este tempo, o processador ficará livre para executar outras tarefas. Embora as interfaces IDE UDMA também ofereçam este recurso, ele é implementado de maneira muito mais transparente e eficiente nas controladoras SCSI.

O primeiro modelo de controladora SCSI foi lançado em 1986. Era uma controladora de 8 bits, que permitia um barramento de dados de até 5 Megabytes por segundo. Esta controladora antiga é chamada de SCSI 1. Em 1990, foi lançada a segunda geração de controladoras SCSI, chamadas de SCSI 2. Estas novas controladoras já eram muito mais rápidas, incluindo também outros pelas controladoras antigas.

Foram lançados posteriormente os modelos Ultra SCSI e Ultra 2 SCSI além, claro, das recordistas de velocidade Ultra SCSI 3, que permitem taxas de transferência de dados ainda maiores, incluindo também alguns recursos novos.

Além da divisão em modelos, as interfaces SCSI dividem-se também em controladoras Narrow e Wide. As controladoras Narrow trabalham com transferências de dados a 8 bits e suportam o uso de até 8 dispositivos por interface. As controladoras Wide, por sua vez, trabalham com transferências de 16 bits. Os cabos também mudam; as controladoras Narrow usam cabos de 50 vias, enquanto as Wide usam cabos de 68 vias.

Veja na tabela abaixo a taxa máxima de transferência de dados permitida por cada modelo de controladora:

 
Como nos discos IDE, esta é a transferência de dados permitida pela controladora, e não a velocidade de operação dos discos. Actualmente, mesmo os discos rígidos mais rápidos, dificilmente superam a marca dos 30 MB/s. Poderíamos pensar então, qual seria a vantagem de uma controladora rápida, se nenhum disco será capaz de utilizar toda sua velocidade. Não podemos nos esquecer, porém, que numa interface SCSI podemos ligar até 15 dispositivos, entre discos rígidos, CD-ROMS, gravadores de CD, scanners e outros. Isso é particularmente aplicável em servidores, onde é comum o uso de vários discos rígidos. Neste caso, todos os periféricos compartilharão o mesmo barramento de dados, utilizando toda sua capacidade. Vale então a máxima de “quanto mais melhor”.

Outro factor, é que os discos rígidos mais rápidos são padrão SCSI. Isso não significa, que um disco rígido é mais rápido somente por ser SCSI, mas que as tecnologias mais novas e caras são geralmente utilizadas primeiramente em discos SCSI, sendo somente utilizadas nos discos IDE depois de tornarem-se mais baratas. Isto acontece justamente por causa do mercado de discos SCSI, que prioriza o desempenho muito mais do que o preço.

Se você precisa de um equipamento com o máximo de desempenho, e pode pagar por ele, então o SCSI é a melhor escolha. Porém, se o seu computador se destina ao uso doméstico, como aplicações de escritório, jogos e Internet, então os discos IDE compensam muito mais devido ao baixo custo. Falando em custo, não podemos esquecer que todas as placas mãe modernas vêm com interfaces IDE embutidas, sendo nosso único gasto com os discos rígidos ou CD-ROMs. Por
outro lado, para usar discos SCSI, precisaríamos comprar separadamente a controladora, sendo que uma boa controladora SCSI custa por volta de 250 ou 300 dólares, sendo os próprios discos SCSI mais caros.

A instalação de periféricos SCSI também é diferente da instalação de periféricos IDE.





Primeiro é preciso comprar um cabo com encaixes suficientes para o número de dispositivos que pretende encaixar. No dispositivo da ponta deverá ser instalado um terminador, que permite à controladora detectar o final da cadeia. Na maioria dos casos o terminador é encaixado no dispositivo, mas em alguns casos basta mudar a posição de uma chave. Em caso de dúvida basta consultar o manual.


Para que possam ser acedidos pela controladora, cada dispositivo SCSI possui um endereço de identificação, ou ID. As controladoras Narrow possuem 8 endereços, numerados de 0 a 7, enquanto as Wide possuem 16 endereços, numerados de 0 a 15. Como o endereço 0 é usado pela própria controladora, sobram 7 ou 15 endereços para os dispositivos. Você pode configurar os endereços da maneira que quiser; a única regra é que dois dispositivos não podem usar o mesmo ID.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Fulica cristata, Galeirão-de-crista


Taxonomia
Aves, Gruiformes, Rallidae.

Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
CRITICAMENTE EM PERIGO -– CR (C2a(i,ii)b; D)
Fundamentação: Espécie com efectivo populacional extremamente reduzido (inferior a 50 indivíduos maturos); admite-se que tenha sofrido um declínio continuado, inferido a partir da situação espanhola, assumindo-se que todos os indivíduos estão concentrados numa única subpopulação; admite-se ainda uma flutuação acentuada do número de indivíduos maturos, à semelhança do que se verifica nas populações espanholas.

Distribuição
Actualmente encontra-se maioritariamente na região etiópica, embora exista uma pequena população no mediterrâneo ocidental (Península Ibérica e Marrocos) que constitui o único enclave no Paleártico (del Hoyo et al. 1996). No século XIX, esta população ocupava uma área consideravelmente maior, distribuindo-se como nidificante por Portugal, Espanha, Marrocos, Argélia e Tunísia, podendo ser observados indivíduos erráticos no sul de França, Sardenha, Sicília e Malta durante o inverno (Cramp & Simmons 1980).

Actualmente apenas nidifica em Espanha e Marrocos (Amat & Raya 2003), havendo aparentemente uma pequena proporção da população nidificante em Espanha que inverna em Portugal.

Em Portugal, a informação existente durante as duas últimas décadas é bastante escassa, o que em parte se pode dever à difícil detectabilidade da espécie, que facilmente passa desapercebida entre o bastante abundante galeirão-comum Fulica atra. Conhecem-se, nas duas últimas décadas, cerca de 10 registos durante o período invernal, realizados maioritariamente em lagoas costeiras (Lagoa de Mira, Lagoa de Sto. André, Lagoa dos Salgados, Quinta do Lago, Herdade do Pinheiro) (J Petronilho, com. pess.), mas também de interior (Herdade do Esporão). Aparentemente, apresenta uma maior fidelidade a alguns dos locais referidos, nomeadamente as lagoas de Sto. André e Mira e algumas das lagoas existentes na Quinta do Lago.

Durante o século XIX e início do século XX o galeirão-de-crista tinha uma distribuição alargada no nosso país, surgindo pelo menos no Porto (Paulino d’Oliveira 1896), Barrinha de Esmoriz (Reis Júnior 1931), Ria de Aveiro (Tait 1887), Baixo Mondego e Ribatejo (Tait 1924), Alentejo e Algarve (Bocage 1869).

População
Embora não existam dados precisos sobre o efectivo populacional que actualmente inverna no nosso país, e mesmo tendo em conta a fraca detectabilidade da espécie, a informação disponível (Noticiário Ornitológico; J Petronilho, com. pess.) sugere que a população deverá ser de muito reduzida dimensão, seguramente abaixo dos 50 indivíduos. Nos últimos anos observaram-se  pelo  menos  3  indivíduos  marcados, provenientes de projectos de re-introdução levados a cabo no sul de Espanha (P Cardia, J Ministro, C Noivo & C Pacheco, com. pess.). A população invernante em Portugal, tal como a população nidificante no Sul de Espanha  apresenta uma flutuação acentuada (BirdLife International 2004); a sua presença em Portugal está provavelmente relacionada com baixos níveis de água nas zonas húmidas do sul de Espanha, que aparentemente explicam as flutuações populacionais observadas naquela região (Raya 1993). Por outro lado, as flutuações numéricas que apresenta em Espanha sugerem que a sua população está intimamente relacionada com a marroquina, da qual poderá depender a médio prazo (Amat & Raya 2003).

Durante o século XIX o galeirão-de-crista deverá ter sido bastante mais abundante do que na actualidade (D. Carlos de Bragança inéditos, Bocage 1869). No entanto, as referências à sua nidificação são escassas, havendo apenas um registo, na Quinta da Foja (Baixo Mondego) (Tait 1924). Há evidências da regressão acentuada do efectivo populacional e da área de distribuição na Península Ibérica na segunda metade do século XX (ver Amat & Raya 2003). Nas Marismas do Guadalquivir nos anos 60, a razão entre o galeirão-de-crista/galeirão-comum era de 1/10 (Valverde 1960), enquanto que no período de 1977-1986 a proporção foi calculada em 1/500 (Garcia et al. 1986 in Amat & Raya 2003); em 1991, Máñez (1991) calculou uma proporção de 1/500 a 1/700.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Criticamente em Perigo, apresentando uma população nidificante europeia extremamente pequena (c. 80 casais) e sujeita a flutuações extremas, que tem sofrido um ligeiro declínio (BirdLife International 2004).

Habitat
Frequenta lagoas de água doce ou salobra com ampla cobertura de macrófitas submersas, que constituem parte considerável da sua dieta. Em Espanha, parece haver uma boa relação entre a abundância da espécie e a superfície do plano de água coberta por macrófitas.

Aparentemente a sazonalidade de muitas dessas zonas húmidas condiciona a sua reprodução e mesmo a presença da espécie, observando-se uma relação positiva com anos mais chuvosos (Amat & Raya 2003).

Factores de Ameaça
Aparentemente, esta espécie encontra-se ameaçada sobretudo pela perda e degradação dos seus habitats. Na segunda metade do século XX registou-se uma forte redução das zonas húmidas existentes em toda a região mediterrânica, agravada pela degradação de muitas outras devido a mudanças do regime hídrico (e.g. Baixo Mondego), colmatação e degradação da qualidade da água devido a poluição agrícola, doméstica e industrial.

Em Espanha é referida ainda a sobre-exploração dos aquíferos, que interfere com o período de inundação das lagoas e as secas, como factores negativos responsáveis pelas flutuações populacionais observadas (Amat & Raya 2003). Em Portugal, alguns locais onde a espécie tem sido observada não possuem qualquer estatuto de protecção e tendem a sofrer alterações significativas que podem vir a afectar a qualidade do habitat (e.g. Lagoa dos Salgados). O galeirão-de-crista é muito vulnerável à caça, dado que é virtualmente impossível de distinguir em voo do galeirão-comum. São conhecidos diversos casos de abate no nosso país (Catry & Araújo 1996). Em Espanha refere-se ainda como ameaça  a  competição  por  alimento  com  espécies  introduzidas  (lagostim-vermelho Procambarus clarkii e carpa Cyprinus carpio) e também o sobre-pastoreio, que elimina a vegetação, aumenta a turbidez da água e reduz a produtividade primária.

Medidas de Conservação
É necessário conhecer melhor a sua situação populacional e requisitos ecológicos, de modo a definir acções de conservação relacionadas com a gestão adequada do habitat.

A interdição da caça ao galeirão-comum nos locais onde ocorre é fundamental para prevenir mortalidade acidental. Por outro lado, a protecção de algumas zonas húmidas com habitat favorável não incluídas na rede nacional de áreas protegidas/ZPE’s (e.g. Lagoa dos Salgados) parece ser importante. A integração de medidas de gestão adequadas (e.g. manutenção de níveis de água apropriados e a preservação das populações de macrófitas) nos planos de gestão existentes ou a realizar e a sua implementação afiguram-se fundamentais.

Notas
Extinto como nidificante; no passado o galeirão-de-crista terá sido muito mais abundante e provavelmente um nidificante regular (Catry 1999).

Surgem ocasionalmente indivíduos erráticos na Primavera e final do Verão.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

G&P SR16 E3 Gas Blow Back Rifle

Marca: G&P
Código do Produto: WOC40
Hop-Up: Ajustável
Peso: 2,878 g
Comprimento: 830 mm
Capacidade: 30 rds
Potência: 440 fps
Blowback: Sim
Modo de Tiro: Semi-automático, automático

Baseada no altamente bem sucedido M4A1, o SR16 é uma edição das forças especiais que substitui a coronha original por uma especial. A G&P não lançou uma GBBR durante uns tempos e decidiu avançar com a SR16E3.

Ela é principalmente construida em Alumínio com uma coronha Magpul em estilo Buttstock e um punho de pistola que pode ser substituido por quaisquer peças de outra marca para a série M4/SR15/16 GBB. Ela também tem pontos de correia QD no corpo e nos rail.

Não é a melhor GBBR do mundo mas parece ser tão boa com as séries da KWA. Na frente tem um excelente tapa-chamas. Tem um selector de tiro e libertador do carregador ambidextro. A G&P está realmente tentando impressionar toda a gente com a sua linha de GBBR!

A mira dianteira está fora do rail superior com a mira traseira na traseira do mesmo e existem quatro rails para aplicar alguns acessórios que podem tornar a sua aparência tão perigosa quanto desejar! Existem alguns painéis de rails para punho mas pode removê-los para adicionar mais rails se decidir que ainda não existem suficientes!

SR16 E3 GBBR.
Fuste URX 3.1 12.5.
Cano exterior em Alumínio SR16 carabina 15 polegadas
Magpul style Buttstock and Pistol Grip.
Carregador G&P Gas x1
Calibre : 6 mm BB
Comprimento: 830 mm / 910 mm
Peso: 2878g
Comprimento do cano: 15 polegadas
Selector de Tiro: Segurança, Semi-automático, Automático
Capacidade do carregador: 30 bb's
Gás: Green

in



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como Funciona o seu Sistema de Exposição

Os sistemas de exposição das câmaras digitais funcionam todos com base nos mesmos princípios gerais. O fotómetro mede continuamente a luz reflectida pelo assunto e utiliza essa medição quando o botão do obturador é premido até meio para calcular e definir a abertura e a velocidade do obturador.

O fotómetro da sua câmara mede, em parte ou na íntegra, a luz reflectida pela área da cena enquadrada no visor ou no ecrã. A cobertura do fotómetro (a quantidade da cena que é incluída na sua medição) muda em concordância com as alterações do enquadramento consoante altera a sua distância ao assunto ou define uma distância focal diferente na objectiva. Supondo que se acerca do assunto ou o aproxima através do zoom para enquadrar apenas um detalhe no visor, esse pode ser mais escuro ou mais luminoso que outros assuntos à volta. As definições da abertura e da velocidade do obturador sugeridas para os detalhes e para a cena em geral serão diferentes.
 
Medição média e cinzento médio
O fotómetro não “vê” uma cena da mesma forma que nós vemos. O que ele vê assemelha-se mais à visão que teríamos de uma cena através de um vidro fosco.

O seu fotómetro “vê” uma cena como se estivesse a olhar
através de um vidro fosco. Não reconhece detalhes, apenas
calcula a média dos tons.
Ao posso que nós
vemos um padrão
quadriculado (no topo),
a câmara reconhece
apenas uma média de
tons cinzentos
(em baixo).
Cada cena que fotografa assemelha-se um pouco ao que acontece com o padrão quadriculado desta construção (à esquerda), mas talvez mais complexa. Algumas partes de uma cena são completamente pretas, brancas ou de qualquer um dos tons possíveis entre estes extremos. O fotómetro e os controlos do sistema de exposição da câmara não podem “pensar”. Indiferentes à cena propriamente dita, ao seu assunto fotográfico, cor, brilho, ou composição, o fotómetro tem apenas uma função – ele mede a luminosidade geral, ou o quão clara ou escura é uma cena. Depois, o sistema de exposição automática calcula e define a abertura e a velocidade do obturador para transformar esse nível de brilho num “cinzento médio” na fotografia. Na maioria das situações isso funciona bem, pois, grande parte das cenas têm uma luminosidade média correspondente a um cinzento médio. Mas em algumas cenas e situações não isso não acontece e aí a exposição automática pode deixá-lo ficar mal. Vamos ver porquê.

A maioria das cenas são formadas por uma gama continua de tons, desde preto puro numa das extremidades, até branco puro na outra – a escala de cinzentos. Quando fotografa em JPEG há 256 tons na escala (28) e quando capta imagens em RAW há mais de 65 536 (216). O tom situado no centro destas gamas é o cinzento médio, que reflecte exactamente 18% da luz que incide sobre ele.

A escala de cinzentos captada nesta imagem corresponde a
uma gama de tons desde preto puro até branco puro.
Quando fotografa um assunto, o sistema de autoexposição da sua câmara define a exposição de forma a que a luminosidade geral da imagem seja vista como um cinzento médio. Como resultado, sempre que fotografa uma cena com uma luminosidade geral mais clara ou mais escura que um cinzento médio, a imagem final ficará mais clara ou mais escura que a cena. Por exemplo, se fotografar um cartão branco, um cartão cinzento e um cartão preto, tendo em atenção que cada um deles preenche o enquadramento no visor quando faz a leitura da exposição, cada um desses cartões será de um cinzento médio na imagem capturada.

Devido ao funcionamento do seu sistema de exposição, se
fotografar um cartão cinzento, um branco e um preto
(fila de cima), o sistema de exposição define a câmara para
captar cada um deles como um cinzento médio (fila de baixo).
Para registar realisticamente uma imagem que não seja de um cinzento médio, tem de recorrer às compensações da exposição ou a qualquer outra forma de controlo da exposição para clarear ou escurecer a fotografia.

Os modos de medição
incluem a Matricial (em
cima), Ponderada ao
Centro (ao centro) e
Pontual (em baixo). Os
pequenos quadrados
representam as áreas
de foco que pode
escolher.
Tipos de Medição
Nem todas as áreas de uma cena são igualmente indicadas para determinar a melhor exposição para a sua imagem. Numa paisagem, por exemplo, a exposição do plano de fundo normalmente é mais importante que a exposição do céu. Por este motivo, algumas câmaras oferecem mais que um método de medição, incluindo os seguintes:

• A medição Matricial, por vezes chamada avaliativa, divide as áreas da imagem numa grelha e compara o padrão de medição com uma série de cenas típicas para seleccionar a melhor exposição possível par a imagem em questão. Este modo muitas vezes está programado para ignorar algumas secções da grelha, como os reflexos de um espelho, que de outra forma poderiam “enganar” o fotómetro.

• A medição Ponderada ao Centro avalia a imagem na íntegra, mas dá maior importância ao centro do fotograma, onde normalmente estão os objectos principais.

• A medição Pontual, ou parcial, avalia apenas uma pequena área da cena. Isto permite-lhe basear a sua exposição numa zona específica da cena, em vez de fazer uma leitura geral. Este modo é o ideal para fotografar assuntos contra fundos claros ou escuros. Em algumas câmaras o ponto de medição encontra-se no centro do visor ou do monitor. Noutras pode deslocá-lo por outras áreas da cena.

• A medição Pontual AF utiliza para a medição a mesma área que seleccionou para a focagem. Uma vez que muitas câmaras avançadas permitem escolher uma de entre várias áreas de focagem, isto dá-lhe a possibilidade de definir a leitura da exposição e o foco para um assunto descentrado.

A medição centrada pode causar alguns problemas. Por exemplo, um objecto escuro colocado descentradamente sobre um fundo muito luminosos pode não ficar bem exposto, porque a sua localização não corresponde com a área que o fotómetro está a enfatizar. Ou, em alguns casos, quando utiliza a câmara na vertical, o fotómetro pode dar mais ênfase apenas a uma parte da imagem. Estas situações não são comuns, mas quando ocorrem pode utilizar o bloqueador ou as compensações da exposição para conseguir uma boa leitura. Estas técnicas serão abordadas neste capítulo.

Controlando a leitura, a exposição desta cena centrou-se no
aquário e por isso as pessoas no primeiro plano ficaram
subexpostas.
Para servir de guia aos
fotógrafos de filme, o
sistema de Zonas dividia a
gama de cinzentos em nove
zonas, desde preto puro a
branco puro. Cada zona era
exposta mais ou menos um
incremento (stop) que as
anterior ou posterior,
respectivamente. Uma
exposição normal da câmara
corresponde à Zona V.
Encontrar o valor
Se já teve a oportunidade de ver uma impressão de Ansel Adams, provavelmente ficou maravilhado com a forma como ele usava a gama tonal completa para captar detalhes quer nas altas luzes quer nas sombras. As suas provas reflectem o controlo incrível que tinha sobre as suas imagens, através do Sistema de Zonas, que desenvolveu. Expondo e revelando correctamente a película, ele podia expandir ou restringir a gama tonal de um negativo para que coincidisse com a gama tonal de uma cena. Apesar de o sistema de Ansel Adams ser científico e muito técnico muitos dos resultados que conseguiu podem ser obtidos com uma câmara digital e um programa de edição fotográfica, como o Lightroom ou o Photoshop. O Sistema de Zonas baseia-se num princípio geral que consiste em expor para as sombras e revelar para as altas luzes. Em fotografia digital, a exposição normalmente é feita de forma a que os píxeis mais luminosos não fiquem sem informação, e muitas câmaras, incluindo as reflex, mostram um histograma para verificar se o conseguiu. Depois basta usar um programa de edição de imagem para ajustar os tons para que coincidam com a zona pretendida.

Para começar, deve utilizar as compensações da exposição para “encontrar o valor”. Para isso, seleccione a área mais importante da cena e faça uma leitura aproximada ou utilize o modo de medição Pontual. O segredo para encontrar uma leitura específica consiste em preencher a área de medição da câmara com a parte da cena que se pretende medir, Depois tem de decidir que tom quer que esta parte adquira na imagem final. Uma vez que a autoexposição a vai transformar em cinzento médio, terá de alterar a exposição para a colocar numa outra zona. No modo Manual pode fazê-lo através da alteração da velocidade do obturador ou da abertura. Nos outros modos utilize a compensação da exposição para a colocar em duas zonas diferentes em cada direcção (negativa e positiva).

Cartões Cinzentos
Tendo em conta que o sistema de exposição foi concebido para definir a exposição de forma a captar um cinzento médio (Zona V), em muitas situações, é possível conseguir exposições perfeitas utilizando um cartão cinzento. Quando preenche o enquadramento ou utiliza a medição pontual com um destes cartões e prime o obturador até meio, a sua câmara irá indicar a melhor exposição sem ter em consideração o quão clara ou escura é a cena. Depois, pode utilizar o bloqueador da exposição (AE Lock) para capturar a imagem com estas definições.

Quando preenche o visor ou as áreas de medição com um cartão
cinzento e prime o obturador até meio, a câmara indica a melhor
exposição, sem considerar o quão clara ou escura é a cena.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

RAID

O RAID sempre foi um recurso bastante usado em servidores e em computadores de grande porte para optimizar o acesso ao disco e adicionar tolerância a falhas. Mas, actualmente este recurso está ao alcance de qualquer utilizador doméstico que tenha condições de comprar mais de um disco rígido. É
possível usar RAID tanto em discos rígidos IDE quanto em discos rígidos SCSI.

RAID em Discos Rígidos IDE
Uma controladora RAID permite combinar vários discos rígidos, permitindo aumentar tanto o desempenho, fazendo vários discos trabalharem como se fossem um só; quanto a confiabilidade, usando um sistema de espelhamento.

Além das controladoras SCSI, que não são uma solução muito viável para o utilizador doméstico, já que os discos rígidos SCSI são caros, existem também algumas controladoras RAID IDE, que além de serem mais baratas, permitem usar os discos rígidos IDE que temos no mercado.

Uma controladora que vem sendo muito elogiada, é a Promise FastTrak66 IDE. Como outras controladoras similares, a Premisse FastTrak66 é uma placa de expansão que deve ser conectada a um dos slots PCI do computador. A placa substitui as interfaces IDE da placa mãe, por isso é detectada automaticamente pelo sistema operativo que estiver utilizando, seja o Windows 95/98 quanto o Windows 2000 ou mesmo o Linux, tornando a instalação bastante simples.

A placa trás as duas saídas IDE normais. Cada saída permite conectar dois discos rígidos, o que traz a possibilidade de instalar até 4 discos rígidos IDE. As possibilidades são as seguintes:

RAID 0 (Striping):
É possível combinar 2, 3 ou 4 discos rígidos, que serão acedidos como se fossem um só, aumentando radicalmente o desempenho do acesso ao disco. Os dados gravados são fragmentados e os pedaços são espalhados por todos os discos. Na hora de ler, os discos são acedidos ao mesmo tempo. Na prática, temos um aumento de desempenho de cerca de 98% usando dois discos, 180% usando 3 discos e algo próximo a 250% usando 4 discos. As capacidades dos discos são somadas. Usando 3 discos de 8 GB por exemplo, você passará a ter um grande disco de 24 GB.
 
Este modo é o melhor do ponto de vista do desempenho, mas é ruim do ponto de vista da confiabilidade, pois como os dados são fragmentados, caso apenas um disco falhe, você perderá os dados gravados em todos os discos.

Uma observação importante sobre este modo é que você deve usar discos rígidos idênticos. É até possível usar discos de diferentes capacidades, mas o desempenho ficará limitado ao desempenho do disco mais lento.

RAID 1 (Mirroring):
Este modo permite usar 2 discos rígidos, sendo que o segundo armazenará uma imagem idêntica do primeiro. Na pratica, será como se você tivesse apenas um disco rígido instalado, mas caso o disco principal falhe por qualquer motivo, você terá uma cópia de segurança armazenada no segundo disco. Este é o modo ideal se você deseja aumentar a confiabilidade do sistema.

A observação sobre este modo é que ao usar dois discos, procure colocar um em cada uma das duas interfaces IDE da placa, isto melhorará o desempenho. Outro ponto é que caso os dois discos estejam na mesma interface, como master e slave, você teria que fazer o reset ao computador caso o primeiro disco falhasse (este problema ocorre em todas as controladoras RAID IDE). Usando um em cada interface a controladora fará a troca automaticamente, sem necessidade de reset. Da próxima vez que inicializar o computador receberá um aviso pedindo para substituir o disco rígido defeituoso.

RAID 10 (Mirror/Strip):
Este modo pode ser usado apenas caso você tenha 4 discos rígidos. Os dois primeiros funcionarão em Striping, dobrando o desempenho, enquanto os outros dois armazenarão uma imagem dos dois primeiros, assegurando a segurança. Este modo é na verdade uma combinação dos dois primeiros.

Configuração:
Depois de encaixar a placa num slot PCI e conectar os discos rígidos nela, você deverá apertar “Ctrl + F” (a combinação de teclas pode variar dependendo do modelo da sua controladora) durante a inicialização do computador para aceder ao BIOS Setup da placa.

BIOS da controladora RAID
Você terá acesso então ao utilitário de configuração da placa RAID. A interface é semelhante à dos utilitários de configuração de placas SCSI.


Dentro do Setup, escolha a opção de auto configuração e em seguida o modo de operação, entre os 3 que expliquei anteriormente e seu sistema RAID estará pronto para uso. No mesmo menu você encontra as opções de desfazer o RAID (Delete Array). Lembre-se que ao desfazer um RAID 0 você perderá todos os dados de todos os discos rígidos.


Usando Striping, os discos serão vistos como se fossem um só, isto significa que você particionará e acederá aos discos como se tivesse apenas um disco instalado. Usando Mirroring também, do ponto de vista do sistema operativo só existirá um disco instalado. A própria controladora se encarregará de copiar os dados para o segundo disco.

Em geral você também terá a opção de configurar o “stripe block”, onde é possível definir qual o tamanho dos blocos de dados em que a controladora quebrará os arquivos ao ser usado RAID 0 ou 10. Basicamente, se forem ser armazenados muitos arquivos pequenos, um stripe block de 32 KB funcionará melhor, enquanto se forem ser armazenados arquivos muito grandes, 128 KB será um valor mais adequado. O valor default de 64 KB é adequado para a maioria das situações.

Além das controladoras dedicadas, existe também a opção de comprar uma placa mãe com uma controladora RAID embutida. Esta é a opção mais barata, já que o acréscimo no preço da placa é bem menor que o custo de uma controladora separada. Mas, não deixe de verificar se a placa mãe suporta os três modos de RAID. Muitas placas suportam apenas RAID 0.

Nas placas com RAID você encontrará 4 interfaces IDE. As duas primeiras são reservadas para os HDs em RAID enquanto as outras duas são para uso geral. É recomendável instalar CD-ROMs, gravadores ou mesmo outros HDs que não vão fazer parte do RAID apenas nas duas IDEs de uso geral.  

Soyo K7V-Dragon

Uma última observação é que tanto o Windows 2000 Server quanto o Windows NT Server trazem um serviço que permite estes mesmos recursos, usando as controladoras IDE da placa mãe. O sistema não é tão eficiente quanto uma controladora dedicada, mas você não precisará pagar nada a mais. No Windows 2000 o recurso pode ser configurado em Painel de controle > ferramentas administrativas > gerenciamento do computador. Você encontrará detalhes de como configurar o recurso no Help. Algumas versões do Linux também trazem um recurso semelhante.

Dúvida sobre RAID
"Li seu artigo sobre raid, e fiquei com a seguinte dúvida, se eu ligar 2 discos rígidos em raid 0 conforme você fala no artigo eles serão reconhecidos como um só disco. Caso eu particione esses discos no fdisk em 2 terei 4 unidades de disco. Se eu ligar eles em raid 0, terei 2 unidades trabalhando em raid? É possível fazer isso ou só posso usar o disco todo para trabalhar em raid?”

Oi Ricardo, usar RAID é uma opção interessante em termos de desempenho, mas não é tão "plugand-play" assim. Para usar dois discos rígidos em RAID, você precisará refazer o particionamento do disco.

Usando RAID 0, a controladora divide os arquivos em pequenos blocos de dados. O tamanho pode variar, mas o mais comum são blocos de 64 KB. Cada cada disco rígido fica com parte dos blocos, o que permite à controladora montar ou desmontar o quebra-cabeças sempre que é preciso ler ou gravar arquivos.
 
Note que essa operação consome bastante processamento. Quase todas as controladoras RAID IDE delegam esta tarefa ao processador principal, o que pode degradar um pouco o desempenho enquanto o PC estiver lendo ou gravando arquivos no disco rígido. O desempenho do processador naturalmente, já que de qualquer forma o acesso a disco será sempre muito mais rápido.

Ao instalar os discos rígidos, em RAID 0, onde as capacidades e desempenho são somados, você não apenas precisará reparticionar e formatar os discos rígidos, quanto terá de novamente refazer o particionamento caso resolva separá-los mais tarde. Cada um dos dois discos rígidos não terá metade dos arquivos, mas apenas metades dos fragmentos de arquivos, que são absolutamente inúteis sem os restantes.

Este cenário é diferente do que teria caso utilizasse os discos rígidos em RAID 1, onde o segundo disco rígido funciona como um espelho do primeiro. Neste caso, o desempenho é idêntico, ou levemente inferior ao que seria com apenas um disco rígidido, mas a segurança é muito maior, já que você teria um backup actualizado de todos os seus dados no segundo disco rígido. Caso o primeiro vestisse o casaco de madeira, bastaria reiniciar o computador para ter todos os dados. Neste caso, você teria a opção de substituir o disco rígido com problemas por outro, para que a controladora rescrevesse todos os dados e você continuasse trabalhando como se nada tivesse acontecido, ou então desfazer o RAID e continuar apenas com o segundo disco rígido.

A maioria das controladoras SCSI, usadas predominantemente em servidores por causa do preço, permitem até mesmo que os discos rígidos sejam substituídos com o computador ligado, o famoso hot-swap.

Outro detalhe interessante é que não é obrigatório usar dois discos rígidos iguais para activar o RAID. O único problema é que o desempenho e a capacidade ficarão limitadas às características do disco rígido menor ou mais lento, pois a controladora precisa ler e gravar os blocos nos dois simultaneamente.

Por exemplo, se você juntar dois discos rígidos, um Quantum LCT de 30 GB e um Quantum Plus AS de 40 GB em RAID 0, você acabará com um disco rígido de 60 GB e o desempenho de dois LCTs de 30 GB combinados.

Caso juntasse os dois em RAID 1, você teria um disco de 30 GB com o desempenho do LCT, independentemente de qual dos dois fosse master ou slave. Ou seja, você pode combinar discos rígidos diferentes, mas comprar dois discos rígidos idênticos continua sendo o melhor negócio.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Como descer uma colina

Qualquer Escuteiro deve saber usar a sua vara correctamente para descer uma colina.

Incorrecto!

Para além de ser necessário fazer muito mais força, é perigoso, pois podemos "espetar" a ponta da vara no corpo, caso não tenhamos força suficiente para suportar o nosso peso. Quando escorregamos, caímos sempre para trás, pelo que a vara nesta posição não serve de muito.


Correcto!

A força maior é feita com o braço que segura mais atrás na vara. No caso de cairmos para trás, não nos aleijamos. Além disso, quando escorregamos, é sempre para trás que caímos, e contra isso, a vara nesta posição é o melhor.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Fringilla montifringilla, Tentilhão-montês

Taxonomia
Aves, Passeriformes, Fringillidae.

Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito, não são conhecidos parâmetros básicos referentes a esta espécie, como o tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
Esta espécie nidifica nas regiões boreais e árticas da Europa e Ásia, nomeadamente em áreas florestais de coníferas e vidoeiros Betula spp. (Hagemeijer & Blair 1997). As populações europeias nidificam sobretudo na Escandinávia e invernam nomeadamente na Europa Central, Ocidental e do Sul, por vezes em concentrações de milhares de aves (Cramp & Perrins 1994).

Portugal encontra-se no limite sul da área de invernada do tentilhão-montês. Por conseguinte, esta espécie é um invernante relativamente raro no nosso país, que ocorre de norte a sul; no entanto a sua distribuição não se encontra bem definida (Elias et al. 1998) e desconhece-se qual a sua tendência.

População
Esta espécie tem sido registada em vários atlas regionais de aves invernantes, onde é mencionada como sendo de ocorrência rara (por exemplo no Atlas de Aves invernantes do Baixo Alentejo, Elias et al. 1998). Não existem informações pormenorizadas sobre a sua abundância a nível nacional, e desconhece-se qual a sua tendência em Portugal. As observações de vários ornitólogos sugerem no entanto que apresenta flutuações muito marcadas nos efectivos.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada (BirdLife International 2004). Em Espanha, está classificada como Pouco Preocupante (LC) (Madroño et al. 2004).

Habitat
No Alentejo, esta espécie foi observada no meio de grandes bandos mistos de fringilídeos (tentilhão-comum Fringilla coelebs e pintarroxo Carduelis cannabina), que se alimentavam em prados, restolhos e olivais (Elias et al. 1998).

Factores de Ameaça
Podem existir grandes oscilações anuais no número de indivíduos invernantes na Europa do sul, Portugal incluído, conforme as oscilações climatéricas na Europa do Norte (Hagemeijer & Blair 1997, Snow & Perrins 1998). Não são conhecidas ameaças particulares sobre esta espécie.

Medidas de Conservação
Esta espécie não deverá necessitar de medidas de conservação específicas, para além de normas gerais de protecção das aves e dos seus habitats. A realização de um atlas de aves invernantes a nível nacional forneceria a informação de base sobre a distribuição desta espécie no território nacional.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

RWC x G&P Fighting Cat GBB


Marca: RWC
Código do Produto: RWC-WOC17X
Hop-Up: Ajustável
Peso: 2,634 kgs
Comprimento: 535 mm
Capacidade: 50 bb's
Potência: 315 fps
Fonte de Energia: Green Gas
Blowback: Sim
Modo de Tiro: Semi-automático, automático

Uma excelente arma de CQB - é o que a RW Custom fez a esta Fighting cat transformando-a numa pequena matadora! Construída em Alumínio e com apenas 535mm de comprimento, a Fighting Cat será um animal num cenário CQB! Ela inclui o último Fighting Cat Front End Set, que ajuda a manter o comprimento baixo um pouco mais do que ter um medidor. A coronha rápida não é provavelmente a coisa mais confortável para ter contra o ombro mas o objectivo é manter curto para uso nas esquinas. O corpo apresenta excelentes marcas em ambos os lados do receptor onde segurança, semi e automático são normalmente vistos.
 
Inclui:
Fighting Cat Front Set (GP854)
Corpo em metal standard G&P
Carregador G&P M4 (50bb's) (WP128)
Coronha rápida
Miras de aleta à frente e atrás


in