sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Abertura Controla a Luz e a Profundidade de Campo

Nas câmaras de melhor
qualidade, a abertura
é formada por uma série
de lâminas sobrepostas
situadas entre os
elementos de vidro
da objectiva.
O diâmetro da abertura pode ser ajustado para controlar o brilho da luz que atinge o sensor da imagem. A abertura pode ser aumentada para permitir a entrada de uma maior quantidade de luz, ou fechada para deixar entrar menos luz. Quando se trata de exposição propriamente dita, as aberturas mais pequenas deixam entrar menos luz para o sensor, logo, as imagens ficam mais escuras. As aberturas maiores deixam passar mais luz, por isso, a imagem fica mais clara.
Á medida que o número da abertura fica mais pequeno (por exemplo, de f/16 para f/11) a abertura torna-se maior e a imagem mais luminosa. A razão pela qual normalmente este efeito não é visível nas suas imagens, deve-se ao facto de na maioria dos modos de exposição, quando o fotógrafo ou a câmara altera a abertura, a câmara muda a velocidade do obturador para manter a exposição constante.
Tal como acontece com as velocidades do obturador, a abertura também afecta a nitidez das fotografias, mas de uma forma diferente. A alteração da abertura transforma a profundidade de campo - a profundidade de uma cena, desde o primeiro plano ao plano de fundo, que ficará nítida numa fotografia. As aberturas pequenas aumentam a profundidade de campo, enquanto as pequenas a diminuem. Em algumas imagens – por exemplo, uma paisagem – pode optar por uma abertura mais pequena para maximizar a profundidade de campo, tornando nítidas todas as áreas, desde o primeiro plano até ao longínquo plano de fundo. Mas provavelmente num retrato o melhor é optar por uma abertura grande que diminua a profundidade de campo, tornando o modelo nítido mas o fundo suave e desfocado.
Uma abertura pequena aumenta a profundidade de campo, por isso o primeiro plano e o fundo ficam nítidos (em cima) e uma abertura grande diminui a profundidade de campo, para que o fundo fique suave (em baixo).

As definições de abertura designam-se por números/f e indicam o diâmetro da abertura. Cada número/f deixa passar metade da luz da maior abertura seguinte e o dobro da anterior (menor). Desde a maior abertura possível até à mais pequena, os números/f normalmente incluem os valores apresentados na primeira coluna da tabela apresentada à esquerda, com as larguras maiores no topo. Nenhuma objectiva oferece a gama total; por exemplo, as objectivas standard de uma câmara digital costumam ter uma gama de f/2 a f/16. Lembre-se que à medida que o número/f se torna maior (f/8 para f/11, por exemplo), o diâmetro da abertura torna-se mais pequeno. Isto pode ser mais facilmente relembrado se pensar nos números/f como uma fracção: 1/11 é menor que 1/8, logo o diâmetro de uma abertura f/11 numa objectiva é menor que o de uma abertura f/8. Muitas câmaras avançadas oferecem um ou dois parâmetros entre as aberturas tradicionais. Na tabela à esquerda são apresentados valores de um meio e um terço dos números/f (na segunda e terceira coluna, respectivamente).


O maior diâmetro que pode utilizar depende da abertura máxima da objectiva – a maior abertura. O termo “objectiva rápida ou luminosa” é normalmente aplicado a modelos que podem utilizar uma abertura máxima grande. Por exemplo, uma objectiva cuja máxima abertura é f/1.8 será mais rápida ou luminosa que uma cuja abertura máxima seja f/2.6. As objectivas mais luminosas são adequadas para fotografar com pouca luz ou para assuntos em rápido movimento. Com a maior parte, mas não todas, as objectivas zoom a abertura máxima muda à medida que altera a distância focal. Ela será maior nas definições de grande-angular e mais pequena nas definições de teleobjectiva, quando utiliza o zoom para aproximar o assunto.




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