sábado, 31 de maio de 2008

Procissão das Rosas

Realizou-se hoje em Grândola a Procissão das Rosas, com a imagem de Nossa Senhora de Penha, cuja cerimónia foi presidida por D. António Vitalino, Bispo de Beja, contando com a presença de muitos paroquianos, entre os quais o Dr. Carlos Beato, Presidente da Câmara de Grândola, o que mereceu uma referência de D. António Vitalino, por considerar relevante a presença do representante autárquico, num acto religioso tão relevante na comunidade local. 
Um tradição ancestral grandolense, integrada nas festividades de Nossa Senhora da Penha, imagem venerada numa ermida construída no inicio do século XVIII, forrada com painéis de azulejos azuis e brancos e, na capela-mor, de azulejos historiados, situada num dos cumes da serra de Grândola a 248 metros de altitude. 
As festividades de Nossa Senhora da Penha decorrem na última semana de Maio na igreja matriz de Grândola para a qual a imagem se desloca, terminando com o regresso da mesma ao seu santuário. 
Nossa Senhora da Penha é a padroeira do concelho de Grândola, daí ser alvo de uma grande veneração da qual a Procissão das Rosas será provavelmente o seu expoente, foram inúmeras as imagens que os meus olhos registaram de pessoas lavadas em lágrimas no auge da sua devoção.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O dia da capicua

Segundo a Wikipédia: Capicua ou Número Palíndromo é um número (ou conjunto de números) que lido da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita é idêntico.

Pois é verdade, hoje atingi um dos poucos dias da vida de um ser humano em que atingimos uma capicua!
 
E torna-se complicado atingir um destes dias quando segundo os especialistas que não nos conhecem de lado nenhum, nós somos assim:

Como você aborda a vida e como você parece aos outros

Você é, em muitos aspectos, uma eterna criança. Sua mente é brilhante, alerta, curiosa, flexível, lúdica e sempre ansioso por novas experiências - a sua atenção genérica é muitas vezes bastante breve. Você agarra as ideias rapidamente e, depois que a sua curiosidade inicial foi satisfeita, quer ir para a outra coisa. Você anseia por uma frequente mudança, variedade, conhecer novas pessoas e situações.

O interior de você: a sua verdadeira motivação

A sua mente funciona de uma forma muito metódica e deliberada, desagrada-lhe ser apressado ou forçado a dar um parecer antes de ter cuidadosamente estudado e digerido uma ideia. Você também é difícil de influenciar uma vez que a sua mente esteja decidida.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A revelação III

PARAGEM

A missão do banho de paragem é interromper a acção do revelador e evitar que o fixador (passo seguinte) e contamine com os restos do revelador que poderiam ficar no tanque. Este composto químico também se encontra concentrado, pelo que teremos de dilui-lo (se não houver já uma solução de trabalho no laboratório). Para que a paragem actue correctamente é suficiente manter a película submergida durante uns 30 segundos.
 
Este banho pode-se reutilizar várias vezes, guardando-o em garrafas vedadas à luz que se encontram no laboratório para esse fim. Podemos verificar se o banho está esgotado observando a sua cor: se a paragem escurece, tomando uma tonalidade morena, devemos tirá-lo e fazer uma nova diluição. 
FIXAÇÃO

A fixação elimina as partículas sensíveis à luz do negativo que não foram excitadas pelo revelador, fazendo que as partes da película nas quais não incidiu a luz fiquem transparentes. Ao ter eliminado as partículas sensíveis à luz, podemos tirar a película do tanque sem perigo de que fique velada. Ainda que o tempo da fixação dependa da diluição que estamos utilizando e do tipo de película, geralmente, 15 minutos são suficientes. Podemos ver se a fixação foi correcta vendo o contraste da película: se a película está suficientemente contrastada (tem zonas totalmente transparentes e outras totalmente opacas), a fixação está correcta. Se a fixação foi insuficiente, podemos voltar a submergir a película no fixador durante uns minutos.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sabia que contribui para o calor, a baixa humidade relativa do ar, os ventos fortes, as chuvas fortes e os raios sem chuva?

Periodicamente ocorrem enchentes na região e no país, com necessidade de abertura das comportas de barragens, o que causa inundação de bairros e de aldeias a jusante; a grande pergunta é: qual é a causa, o que ou quem é o culpado? A resposta imediata é: nós todos podemos evitar tudo isso! Você também! Como? Outra pergunta que se ouve frequentemente é: como é que vai faltar água se as chuvas não diminuíram? 
A natureza, quando começou a colonizar o continente, transferindo a vida que iniciou nos mares, encontrou somente rochas, pedras. Não havia terra, solo permeável. E rochas não armazenam água das chuvas. Assim, só havia água durante a chuva. Quando a chuva passava, a água já tinha escoado pelos canais de drenagem fluindo de volta para o mar. Então a natureza priorizou a construção do solo permeável, que fosse como uma esponja para absorver e armazenar a água das chuvas no lençol freático, aquele que se encontra quando se cava um poço ou que alimenta uma nascente. O solo era mantido permeável, em condições de absorver e de armazenar a água das chuvas, para alimentar as plantas, os poços e as nascentes (vão garantir a água nas torneiras e nos chuveiros), quando protegido por cobertura vegetal permanente, seus resíduos e suas raízes. Essa água do lençol freático fornece a água no período em que não chove. 
Para reter a água onde ela é necessária, no interior dos continentes, precisamos alimentar o lençol freático com a água das chuvas. Para que a água possa se infiltrar no solo, em vez de escorrer sobre o solo, a terra precisa ser capaz de absorver essa água. Está ajudando a manter o solo permeável para que a água das chuvas possa recarregar o lençol freático? No seu lote urbano ou na sua propriedade rural? Como fazer isso? Repetindo, por exemplo, quando tem uma casa com pomar, com horta e com jardim relvado e de repente decide eliminar o verde por diversos motivos “lógicos”, de modo a “facilitar a vida”, impermeabilizando o solo com construções, com asfalto, com piso cimentado ou mesmo com o pisoteio da terra sem a protecção de plantas e folhas secas, para onde vai a água das chuvas? Essa mesma água das chuvas que deveria recarregar o lençol freático, para atender à vegetação (árvores, horta, gramado), os poços e as nascentes...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Acampamentos e saídas

Mesmo que ao longo do ano não sejam numerosos, os acampamentos e as saídas têm sempre um lugar importante na vida de uma unidade escutista. É este o enquadramento que favorece a aplicação do Programa Educativo. Os acampamentos inserem-se assim num conjunto orientado, em torno dos objectivos do desenvolvimento do escutismo, que apelam constantemente ao método escutista. Estes enquadramentos permitem, nomeadamente às crianças/jovens, fazer experiências e adquirir aprendizagens que seriam impossíveis de realizar no local ou no quadro das reuniões habituais.
Na maior parte das vezes, dever-se-á prever a actividade com várias semanas, senão mesmo meses de antecedência, por questões materiais e financeiras. Segundo as idades, as crianças/jovens estarão mais ou menos associados à preparação e com mais ou menos antecedência. Para o grupo etário dos 7-8 anos e 9-11 anos, é preciso recordar que estas crianças funcionam pelo imediato, em função de finalidades concretas e próximas e que o seu interesse se dilui seriamente se o objectivo for demasiado longínquo. 
Acampamentos e saídas constituem, por outro lado, conjuntos de actividades importantes pela sua duração, o seu custo, os preparativos e a mudança que causam na maior parte dos jovens. É também um meio extraordinário para os adultos conhecerem os jovens e de os ajudarem realmente a progredir, bem como de os levar a viverem experiências novas.
 

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O que é o airsoft?

O airsoft é uma actividade desportiva, em que duas ou mais equipas de um número determinado de jogadores, através da simulação de um campo de batalha, num terreno de jogo concreto, desenvolvem actividades derivadas da estratégia e da táctica de grupo, com o fim de eliminar da partida a equipa ou equipas adversárias. Jogar ao airsoft é simular grupos rivais, que se enfrentam por objectivos parciais, um objectivo final que é a vitória. 
Esta actividade lúdico-desportiva, tem o atractivo de provocar sensações próprias dos desportos de aventura, donde somente as normas de segurança e organização dos jogos, são as que ficam estabelecidas com carácter obrigatório, o resto, fica nas mãos dos próprios jogadores, os quais com o seu interesse, experiência e capacidades, fazem de um jogo, uma aventura. 
No airsoft simula-se um campo de batalha, ou se simula uma zona de combate e os jogadores das equipas, equipados com medidas de protecção adequadas, usam para tal fim, umas armas que disparam bolinhas de pvc de 6mm de diâmetro e com uns 0,20 gramas de peso, com uma força inferior a 1,3 Joules. Estes materiais são inócuos e não produzem lesões, nem manchas, nem marcas como sucede com os marcadores de paintball, que disparam bolas de tinta com uma força que excede os 7 Joules. 
As armas de airsoft, são réplicas fiéis das armas reais, assim como toda a amalgama de complementos e materiais que se usam para a sua prática, que tem todo o aspecto de reais, o que dá maior realismo e facilita ao jogador, a adopção de um papel determinado. Dependendo do tipo de jogo que se proponha, os jogadores, adoptam um tipo determinado de vestuário e uns complementos concretos, o qual proporciona versatilidade e dinamismo ao jogo. 
Dado que pode propor-se um jogo num terreno árido, pelo qual, os jogadores, além dos óculos de protecção ocular, que são o único requisito indispensável e obrigatório, podem usar uniformes de cor árida, redes de camuflagem desértica, etc., ou então, podia propor-se um jogo num ambiente urbano, com o que os jogadores, podem adoptar o vestuário e equipamento de unidades policiais, ou de materiais próprios do combate urbano e sempre dentro do objectivo da simulação, porque em nenhum caso, nado do usado, salvo a aparência, pode considerar-se real.

domingo, 25 de maio de 2008

A espeleologia III


A Gruta das Agulhas é uma gruta localizada na orla costeira sul da ilha Terceira, no local da Ponta dos Coelhos à Baía do Refugo, freguesia do Porto Judeu, concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. Encontra-se numa zona costeira alta formada por correntes de lava.

A formação geológica deste gruta deve a sua origem à erupção do vulcão do Algar do Carvão, visto terem sido as lavas deste vulcão que a quando da sua erupção correram para o mar atingindo a costa desde a localidade conhecida pela denominação de Serretinha, na freguesia da Feteira até ao Porto Judeu formando toda uma zona costeira de pedra preta e queimada caracterizada pelas suas pedras negras de grandes dimensões.
Esta corrente de lava ao chegar ao mar deu origem a algumas baías, arribas e vários escolhos perigosos para a navegação costeira. A lava em alguns locais formou no seu interior tubos de escorrência lavica que ao esgotar a sua fonte de alimentação no vulcão e tendo alcançado o seu fim deixou aberto estas autenticas galerias algumas com vários quilómetros de extensão.

Esta gruta deve o seu nome a uma grande quantidade de formações sedimentares em forma de “agulhas”, que cobrem as paredes e os tectos da gruta. 
A Gruta das Agulhas tem várias ramificações, tendo a galeria principal cerca de 300 metros de comprimento. Sobreposta a gruta principal há outra galeria cujo comprimento tem a extensão de 30 metros. Nas paredes podemos ver os balcões formados pelos diferentes níveis de diferentes correntes lava. Esta gruta foi explorada em 1967 pela Associação Espeleológica “Os Montanheiros” e desde então tem sido estudada, descoberta e registada uma variadíssima fauna cavernicula.

sábado, 24 de maio de 2008

Escolhendo os outros periféricos III

Placa de Vídeo
 
Como vimos, existem tanto placas de vídeo 2D, quanto placas de vídeo 3D. Caso o microcomputador se destine a jogos, ou processamento de imagens 3D (usando o 3D Studio por exemplo), é indispensável o uso de uma placa de vídeo 3D, caso contrário o microcomputador simplesmente não será capaz de rodar o aplicativo ou ficará extremamente lento.  
Se forem ser usados apenas aplicativos de escritório ou forem ser processadas imagens em 2D, então uma placa de vídeo 3D não será necessária.
Existem tanto placas gráficas 3D, que devem ser usadas em conjunto com uma placa 2D comum (Monster 1 e Monster 2 por exemplo), quanto placas Combo (as mais comuns), que desempenham tanto as funções 3D quanto 2D (todas as placas actuais).
Actualmente até mesmo as placas de vídeo onboard estão vindo com recursos 3D, apesar do desempenho não se comparar com uma placa mais potente.

Modem
 
Actualmente, só encontrará à venda modems banda larga, porém, encontrará tanto modems de rede de cabo, de ADSL e de rede móvel.
 
Os modems de cabo e ADSL terão velocidades de acesso muito superiores mas exigem a existência de uma ligação à rede de cabo ou à rede telefónica com a capacidade ADSL activada.  
Os modems de rede móvel permitem um acesso em quase qualquer local com cobertura das redes móveis, mas tem uma velocidade de acesso à Internet mais lenta e por norma limites de tráfego muito inferiores aos da rede cabo ou ADSL.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A revelação II

Neste primeiro passo um agente químico, o revelador, torna visível a imagem latente que se encontra no negativo. Aquelas zonas do negativo que receberam luz reagirão com o revelador, escurecendo. No mercado existem muitos reveladores para película, sendo alguns dos mais utilizados os Kodak T-Max, especialmente recomendado para películas Kodak e o Rodinal, da Agfa.
 
Em primeiro lugar devemos diluir o revelador concentrado com água, utilizando as proporções indicadas pelo fabricante. É importante que a solução de trabalho obtida esteja à temperatura indicada nas tabelas do fabricante, já que desta temperatura dependerá o tempo que levara a reacção química a produzir-se. 
 
Uma vez obtida a solução de trabalho, introduzi-la-emos no tanque, submergindo assim a nossa película o revelador diluído. A película deverá permanecer submergida no revelador o tempo indicado pelo fabricante (este tempo é diferente para diferentes tipos de película, diferentes diluições e diferentes temperaturas). Além disso, devemos agitar o tanque em intervalos de tempo indicados pelo fabricante - normalmente, um minuto de agitação continua ao introduzir o revelador e cinco segundos cada meio minuto até terminar o período de revelação.
É muito importante que sigamos correctamente todas as indicações (diluição, temperatura, tempo e agitação) do fabricante do revelador, já que só assim obteremos um resultado óptimo nos nossos negativos. Qualquer erro no processo de revelação da película é irrecuperável. 
Uma terminada a revelação da película, tiraremos o revelador utilizado.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

HOLODOMAR

Icon do 75º aniversário do Holodomar
Realizou-se hoje em Grândola, pelas 18:00 horas, a abertura da exposição "Ucrânia Trágica: Repressão e Genocídio (1917-1933)". 
Visando um período entre a queda do Czar da Rússia (em 1917), em que a Ucrânia tentou ser um estado independente, e o biénio 1932-1933 em que o regime soviético utilizou a fome como arma para dominar e subjugar o povo ucraniano. 
A cerimónia de abertura contou com a presença de várias entidades locais e representantes da comunidade ucraniana, entre eles, o embaixador da Ucrânia em Portugal, o Presidente da Câmara Municipal de Grândola, o Presidente da Assembleia Municipal de Grândola, a vereadora da cultura da Câmara Municipal de Grândola, o presidente da associação de ucranianos em Portugal, etc. 
Pouco depois das 18:00 horas a sala de exposições da biblioteca de Grândola abriu as portas às entidades presentes e a todos os munícipes que pretendiam assistir ao acto. 
O acto iniciou-se com a actuação de um grupo musical ucraniano, seguindo-se as palavras do dr. Carlos Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola e de Rostyslav Tronenko, Embaixador da Ucrânia em Portugal. 
Após a actuação de mais um elemento do grupo musical ucraniano, o professor Luís Ribeiro, coordenador da exposição, procedeu a uma explicação do conteúdo da mesma, impressionando muitos dos presentes ao revelar que o Holodomar causara a morte a vários milhões de ucranianos. 
Após uma breve prova do moscatel de Setúbal, seguiu-se a exibição de um documentário sobre sobre o Holodomar, após o qual o professor Luís Ribeiro nos apresentou mais algumas explicações sobre a época em que ocorreu o Holodomar e as suas causas e efeitos, após mais algumas palavras do Embaixador da Ucrânia, do Presidente da Câmara Municipal de Grândola e da vereadora da cultura da Câmara Municipal de Grândola, o grupo musical ucraniano presenteou-nos com mais três canções finalizando assim a cerimónia.
 
O que é o Holodomar?
 
Holodomor ou Golodomor (em ucraniano: Голодомор) é o nome atribuído à fome de carácter genocidário, que devastou principalmente o território da República Socialista Soviética da Ucrânia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 - 1933. Este acontecimento — também conhecido por Grande Fome da Ucrânia — representou um dos mais trágicos capítulos da História da Ucrânia, devido ao enorme custo em vidas humanas. 
Apesar de esta fome ter igualmente afectado outras regiões da URSS, o termo Holodomor é aplicado especificamente aos factos ocorridos nos territórios com população de etnia ucraniana: a Ucrânia e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte. 
Como tal, é por vezes designado de "Genocídio Ucraniano" ou "Holocausto Ucraniano", significando que essa tragédia seria resultante de uma acção deliberada de extermínio, desencadeada pelo regime soviético, visando especificamente o povo ucraniano, enquanto entidade socio-étnica. 
A instrumentalização repressiva da fome adquire particular relevância nos territórios maioritariamente ucranianos (Ucrânia e região de Kuban, no Cáucaso do Norte), devido à sua oposição à colectivização agrícola e ao apego que manifestavam pela cultura e tradições nacionais. No sentido de garantir a subjugação de uma nação suspeita de deslealdade, foram aplicadas diversas medidas, entre elas:
  • a confiscação das colheitas, assim como das reservas alimentares dos camponeses, recorrendo a todo o tipo de violências e abusos e colocando em grave risco a sua sobrevivência;
  • o encerramento, pela polícia, das fronteiras da Ucrânia, impedindo que os camponeses procurassem alimentos na Rússia e em outras regiões, ou os transportassem para a Ucrânia;
  • a proibição da venda de bilhetes de comboio e instalação de barreiras policiais nas estações ferroviárias e nas estradas que levavam às cidades. Centenas de milhar de famintos foram assim obrigados a regressar às aldeias, morrendo de fome.
O impacto cultural do Holodomor conheceu duas fases distintas, em resultado de distintos factores de natureza política.

Até ao início dos anos noventa, a abordagem cultural da fome-genocídio (Holodomor) foi severamente condicionada pela censura imposta pelo regime soviético, com a natural excepção das comunidades de exilados implantadas no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos e no Canadá. 
 
Com a independência da Ucrânia, em 1991, a situação sofreu uma profunda mudança, permitindo a artistas e escritores a possibilidade de o evocar nas suas criações.

 
O que dizem alguns sobre o Holodomar:
  • "Não é só a fome que deve ser estudada, mas também o seu silenciamento e a indiferença da comunidade internacional daquela época, perante a tentativa de destruição da cultura ucraniana e da identidade religiosa, para que nunca seja esquecido um dos mais imperdoáveis escândalos do século passado". - Prof. Federigo Argentieri, Universidade Giovanni Caboto - Roma, "Mussolini and Ukraine, 1933-1941", 29 de Junho de 2005.
  • " É a organização minuciosa da execução que confere à fome, ao terror ucraniano, o carácter de um genocídio, o segundo do nosso século, após o da Arménia e antes dos Judeus. Durante o Outono de 1932, os campos ucranianos adquirem o aspecto de um campo da morte". - Prof. Alain Besançon, Academia de Ciências Morais e Políticas, "Le Genocide Ukrainien (1932 -1933)", 1999.
  • "A ofensiva soviética contra o campesinato e contra a nação ucraniana, em 1930-1933 foi um dos maiores e mais devastadores acontecimentos da História Contemporânea." - Prof. Robert Conquest, Universidade de Harvard The Genocide Famine in Perspective.‎