As queimadas - alguns as consideram ferramenta essencial de manejo de restos vegetais e de outros restos orgânicos e muitos as consideram lindos eventos pirotécnicos - podem gerar incêndios cinematográficos, mas trazem muito mais prejuízos para o ambiente, para a saúde e à vida das pessoas do que benefícios.
As queimadas (inclusive a de lotes urbanos) liberam a energia solar capturada durante a fotossíntese, na forma de calor ou de ondas longas infravermelhos (não confundir com ondas ultravioletas). Dessa maneira, elas contribuem para o aquecimento global.
As queimadas (inclusive a de lotes urbanos) liberam a energia solar capturada durante a fotossíntese, na forma de calor ou de ondas longas infravermelhos (não confundir com ondas ultravioletas). Dessa maneira, elas contribuem para o aquecimento global.
Queimada, liberta energia solar armazenada na forma de luz e calor. |
As queimadas emitem gases de efeito estufa: gás carbónico, metano, óxido nitroso, ozónio e outros. Na baixa atmosfera (na troposfera), o ozónio produzido pelas queimadas é nocivo para a saúde humana, animal (só é benéfico na camada de ozónio da estratosfera, para filtrar a radiação ultravioleta), para produção vegetal e dificulta a neutralização do metano; o ozónio também é produzido na queima de combustíveis fósseis (gasolina, gasóleo, gás) e de materiais orgânicos.
As queimadas liberam partículas de carvão, que servem como núcleos de condensação de chuva, mas que produzem nuvens com gotas pequenas e de baixo peso, o que dificulta sua precipitação. Isso faz com que as chuvas diminuam (ou facilita o deslocamento das nuvens para outras regiões, pela acção dos ventos) e pode aumentar a incidência de raios e de granizo e de chuvas muito fortes e de tempestades. Além disso, no período seco, os partículas no ar fazem mal à saúde.
As queimadas libertam fuligem, que contamina com fosfato as chuvas, os corpos de água e até os glaciares. Os fosfatos, que também são encontrados nos detergentes líquidos, em associação com os nitratos, conduzem à eutrofização das águas. Quer dizer, nitratos e fosfatos servem de adubo para algas e microrganismos que estão na água. Como então estes têm crescimento exagerado, aumenta o consumo do oxigénio dissolvido na água e isso dificulta a respiração dos peixes. Os fosfatos e os nitratos matam a biodiversidade aquática e permitem o aparecimento de algas prejudiciais. As algas podem libertar nas águas substâncias tóxicas para a saúde humana, que somente filtros especiais, normalmente não utilizados, conseguem reter. A fuligem ainda causa a indignação das donas de casa, que gastam enorme quantidade de água tratada para limpeza de pisos cimentados.
As queimadas eliminam a vegetação seca ou parcialmente seca, de coloração clara, que reflectia a luz do sol e tornam a superfície um corpo negro. Este absorve toda a radiação do sol, gerando calor, ondas infravermelhos, que reforçam o aquecimento global.
As queimadas geram pontos de calor que favorecem a formação de térmicas (ar quente que sobe; permitem a sustentação de planadores, de asas-delta, de urubus) e ventos secos, que reduzem a humidade do ambiente; as térmicas mais fortes geram redemoinhos, que são os “bebés” de tornados.
Ao gerar esses pontos de calor, sem haver estruturas que produzam vapor de água para humidificar o ar (como as árvores transpirando), as queimadas diminuem a humidade relativa do ar (para condições desérticas), afectando a vida humana, animal e vegetal do meio. A escala da Organização Mundial da Saúde para a humidade relativa do ar é de atenção (20% a 30%), de alerta (12% a 20%) e de alerta máximo (abaixo de 12%). Os principais efeitos da baixa humidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios. Quando reduz a humidade relativa do ar em ambiente quente, aumenta o risco de incêndio. O calor também reduz a concentração de oxigénio no ar, que fica mais rarefeito, a tal ponto que os motores de carros de fórmula um necessitam ser regulados para aspirar mais ar.
As queimadas geram destruição e tragédias, quando o fogo escapa sem controle para a vizinhança, em especial quando o ar já está seco e há ventos, resultando vítimas da flora, da fauna e humanas mutiladas ou mortas (flagelados do fogo e da fumaça).
As queimadas, por gerarem pontos de calor e reduzirem a humidade relativa do ar, aumentam o estado de murchidão das folhas dos cultivos do meio ou das plantas em crescimento, reduzem a fotossíntese e a produção, levando também a prejuízos económicos.
As queimadas, ao eliminar os restos vegetais e impedir o retorno de material orgânico ao solo, prejudicam a vida do solo e com isso, além de diminuir a capacidade de retirar metano do ar, reduzem a capacidade de suporte biológico e a capacidade produtiva, resultando em solo mais degradado; em ambientes tropicais, a matéria orgânica e os restos vegetais são responsáveis por 50% a 90% da fertilidade dos solos.
As queimadas, ao eliminar a protecção vegetal ou de restos vegetais da superfície do solo, deixando-o desprotegido, permitem que este compacte ou encroste (impermeabilize) sob o efeito das chuvas tropicais erosivas; o solo sofre erosão e é impedido de permitir a recarga de lençóis freáticos (que deveria alimentar nascentes, poços, vegetação em geral e lavouras) e de aquíferos, a água das chuvas escorre e causa enchentes.
As queimadas, ao evitarem que a água das chuvas chegue ao lençol freático, provocam falta de água nos períodos sem chuva, agravando os períodos de seca, gerando os flagelos da seca.
Assim, a queima de folhas em seu quintal, de capim no terreno ao lado, de pastagens, de matas e de canaviais não constitui somente emissão de gás carbónico. Os danos são muito maiores e mais diversificados e afectam o ciclo hidrológico (o ciclo da água) e o balanço térmico local e regional, vitais para a vida (também a humana) nos ecossistemas terrestres e para as lavouras, além de prejudicar a economia regional e aumentar os gastos públicos (intervenção de bombeiros, custos ambulatórios e hospitalares de vítimas do fogo e da fumaça ou do ar seco, e das doenças respiratórias, de vítimas das enchentes e das doenças que as acompanham, de vítimas da seca e de vítimas das águas tóxicas).
A queima de material orgânico, gerando fumaça, partículas e gases, também ocorre em eventos urbanos considerados inofensivos, mas que podem ser a gota que falta para o transbordamento de problemas graves: a queima de combustíveis fósseis e a incineração de lixo, de pneus velhos e de outros materiais.
O que poderia fazer para acabar com as queimadas, ou seja, com a produção de fumaça, de partículas e de gases e ajudar a esclarecer as pessoas descuidadas ou que gostam de pôr fogo em tudo, a parar de queimar? Se tiver ideias ou já estiver fazendo algo, divulgue, discuta em sua comunidade. Não se omita! Por exemplo, parar de soltar balões, ou parar de jogar beatas acesas de cigarro já ajuda a evitar queimadas e incêndios. Procure mostrar os malefícios das queimadas aos que gostam de pôr fogo em tudo. Procure avisar as autoridades competentes quando souber de qualquer queimada em grande escala, pois nesses os malefícios regionais geralmente são maiores do que os eventuais benefícios pontuais.
As queimadas liberam partículas de carvão, que servem como núcleos de condensação de chuva, mas que produzem nuvens com gotas pequenas e de baixo peso, o que dificulta sua precipitação. Isso faz com que as chuvas diminuam (ou facilita o deslocamento das nuvens para outras regiões, pela acção dos ventos) e pode aumentar a incidência de raios e de granizo e de chuvas muito fortes e de tempestades. Além disso, no período seco, os partículas no ar fazem mal à saúde.
As queimadas libertam fuligem, que contamina com fosfato as chuvas, os corpos de água e até os glaciares. Os fosfatos, que também são encontrados nos detergentes líquidos, em associação com os nitratos, conduzem à eutrofização das águas. Quer dizer, nitratos e fosfatos servem de adubo para algas e microrganismos que estão na água. Como então estes têm crescimento exagerado, aumenta o consumo do oxigénio dissolvido na água e isso dificulta a respiração dos peixes. Os fosfatos e os nitratos matam a biodiversidade aquática e permitem o aparecimento de algas prejudiciais. As algas podem libertar nas águas substâncias tóxicas para a saúde humana, que somente filtros especiais, normalmente não utilizados, conseguem reter. A fuligem ainda causa a indignação das donas de casa, que gastam enorme quantidade de água tratada para limpeza de pisos cimentados.
As queimadas eliminam a vegetação seca ou parcialmente seca, de coloração clara, que reflectia a luz do sol e tornam a superfície um corpo negro. Este absorve toda a radiação do sol, gerando calor, ondas infravermelhos, que reforçam o aquecimento global.
As queimadas geram pontos de calor que favorecem a formação de térmicas (ar quente que sobe; permitem a sustentação de planadores, de asas-delta, de urubus) e ventos secos, que reduzem a humidade do ambiente; as térmicas mais fortes geram redemoinhos, que são os “bebés” de tornados.
Ao gerar esses pontos de calor, sem haver estruturas que produzam vapor de água para humidificar o ar (como as árvores transpirando), as queimadas diminuem a humidade relativa do ar (para condições desérticas), afectando a vida humana, animal e vegetal do meio. A escala da Organização Mundial da Saúde para a humidade relativa do ar é de atenção (20% a 30%), de alerta (12% a 20%) e de alerta máximo (abaixo de 12%). Os principais efeitos da baixa humidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios. Quando reduz a humidade relativa do ar em ambiente quente, aumenta o risco de incêndio. O calor também reduz a concentração de oxigénio no ar, que fica mais rarefeito, a tal ponto que os motores de carros de fórmula um necessitam ser regulados para aspirar mais ar.
As queimadas geram destruição e tragédias, quando o fogo escapa sem controle para a vizinhança, em especial quando o ar já está seco e há ventos, resultando vítimas da flora, da fauna e humanas mutiladas ou mortas (flagelados do fogo e da fumaça).
As queimadas, por gerarem pontos de calor e reduzirem a humidade relativa do ar, aumentam o estado de murchidão das folhas dos cultivos do meio ou das plantas em crescimento, reduzem a fotossíntese e a produção, levando também a prejuízos económicos.
As queimadas, ao eliminar os restos vegetais e impedir o retorno de material orgânico ao solo, prejudicam a vida do solo e com isso, além de diminuir a capacidade de retirar metano do ar, reduzem a capacidade de suporte biológico e a capacidade produtiva, resultando em solo mais degradado; em ambientes tropicais, a matéria orgânica e os restos vegetais são responsáveis por 50% a 90% da fertilidade dos solos.
As queimadas, ao eliminar a protecção vegetal ou de restos vegetais da superfície do solo, deixando-o desprotegido, permitem que este compacte ou encroste (impermeabilize) sob o efeito das chuvas tropicais erosivas; o solo sofre erosão e é impedido de permitir a recarga de lençóis freáticos (que deveria alimentar nascentes, poços, vegetação em geral e lavouras) e de aquíferos, a água das chuvas escorre e causa enchentes.
As queimadas, ao evitarem que a água das chuvas chegue ao lençol freático, provocam falta de água nos períodos sem chuva, agravando os períodos de seca, gerando os flagelos da seca.
Assim, a queima de folhas em seu quintal, de capim no terreno ao lado, de pastagens, de matas e de canaviais não constitui somente emissão de gás carbónico. Os danos são muito maiores e mais diversificados e afectam o ciclo hidrológico (o ciclo da água) e o balanço térmico local e regional, vitais para a vida (também a humana) nos ecossistemas terrestres e para as lavouras, além de prejudicar a economia regional e aumentar os gastos públicos (intervenção de bombeiros, custos ambulatórios e hospitalares de vítimas do fogo e da fumaça ou do ar seco, e das doenças respiratórias, de vítimas das enchentes e das doenças que as acompanham, de vítimas da seca e de vítimas das águas tóxicas).
A queima de material orgânico, gerando fumaça, partículas e gases, também ocorre em eventos urbanos considerados inofensivos, mas que podem ser a gota que falta para o transbordamento de problemas graves: a queima de combustíveis fósseis e a incineração de lixo, de pneus velhos e de outros materiais.
O que poderia fazer para acabar com as queimadas, ou seja, com a produção de fumaça, de partículas e de gases e ajudar a esclarecer as pessoas descuidadas ou que gostam de pôr fogo em tudo, a parar de queimar? Se tiver ideias ou já estiver fazendo algo, divulgue, discuta em sua comunidade. Não se omita! Por exemplo, parar de soltar balões, ou parar de jogar beatas acesas de cigarro já ajuda a evitar queimadas e incêndios. Procure mostrar os malefícios das queimadas aos que gostam de pôr fogo em tudo. Procure avisar as autoridades competentes quando souber de qualquer queimada em grande escala, pois nesses os malefícios regionais geralmente são maiores do que os eventuais benefícios pontuais.
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