sábado, 31 de maio de 2014

Almoço dos dadores de sangue de Grândola


Hoje, dia 31 de Maio de 2014, realizou-se no Restaurante A Chaminé, no Bairro do Isaías, em Grândola, um almoço convívio, promovido e organizado pela Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Grândola.

Com a presença dos representantes das entidades autárquicas e religiosas locais, o almoço juntou um largo número de dadores e familiares, conscientes que fruto das restrições causadas pelas condições actuais do país, este será o último almoço convívio nas condições actuais, porquanto em realizações futuras o acesso dos dadores ao mesmo terá de ser custeado financeiramente porquanto as entidades que até agora apoiaram a sua realização não tem disponibilidade financeira neste momento para apoiar o único momento de convívio daquela que é indubitavelmente a maior associação de dadores de sangue do Alentejo... Num período de crescente quebra do número de dadores de sangue, será talvez mais barato ao país passar a pagar a importação de sangue para as suas necessidades...

Momento de convívio e partilha de experiências único, no concelho de Grândola, prolongou-se pela tarde em amena cavaqueira entre os participantes, que apenas terminou prematuramente pela eventual ruptura de stocks de algumas bebidas espirituosas do restaurante.



sexta-feira, 30 de maio de 2014

A importância da Exposição

Uma das coisa que fazia de
uma impressão do Ansel
Adams algo tão perfeito era
a sua capacidade para manter
os detalhes quer nas áreas
mais escuras, quer nas mais
claras, de uma imagem.
Para conseguir isso com
película ele desenvolveu o
Sistema de Zonas, que lhe
servia de referência para
fazer os ajustes da exposição
e dos tempos de revelação
necessários para obter os
melhores resultados.
Actualmente os ajustes
podem ser feitos num
programa de edição
fotográfica.
A fotografia começa com medição da exposição quando carrega no botão do obturador. O obturador abre e a luz reflectida pela cena entra pela objectiva e atinge o sensor, criando a imagem. Ao controlar a quantidade de luz que o sensor recebe, controla também o quão escura ou clara a imagem irá ficar – este é um dos aspectos mais importantes da fotografia. Quando a cena tem em simultâneo áreas muito luminosas e muito escuras, conseguir a exposição perfeita assemelha-se à tentativa de estacionar um carro grande num parque pequeno – não há grande espaço de manobra. O objectivo é reter os detalhes quer nas áreas mais claras, quer nas áreas mais escuras, por isso, o branco puro aparecerá apenas nas altas luzes mais intensas, como os reflexos, e o preto puro nas poucas áreas da cena em que há preto sem detalhes.

Nesta cena, a existência de detalhes em todas as áreas brancas
dá textura e volume à imagem. O pequeno quadrado branco foi
criado para que tenha uma referência do efeito do branco puro
na imagem.
Nesta imagem há detalhes nas sombras mais intensas. O pequeno
quadrado preto foi criado para que tenha uma referência do efeito
do preto puro na imagem.
Quando tira uma fotografia, a exposição não é uniformemente distribuída pela superfície do sensor – a menos que esteja a fotografar um assunto com um tom totalmente uniforme. As altas luzes (áreas mais luminosas) da cena reflectem a maior quantidade de luz, e as áreas do sensor que lhe correspondem recebem uma grande quantidade de luz. As zonas mais escuras, como as sombras, reflectem uma menor quantidade de luz, por isso, por isso as áreas do sensor onde estão focadas recebem uma menor exposição. Uma exposição perfeita retém os detalhes quer nas sombras, quer nas altas luzes. Se o tempo de exposição for excessivo, a imagem ficará demasiado clara e os detalhes das altas luzes perdem-se. Se o tempo de exposição for demasiado curto, a imagem ficará escura e não haverá detalhes nas sombras. Como terá a oportunidade de ver, uma forma de assegurar a melhor exposição consiste em registar três vezes a mesma cena – um processo chamado de bracketing. A primeira é captada com os parâmetros recomendados, a segunda será mais clara e a terceira mais escura.

Nesta série de fotografias pode ver o efeito da exposição
numa imagem. A fotografia de cima está correctamente
exposta. A de baixo, à esquerda, está subexposta e por
isso demasiado clara. A de baixo, à direita, está sobreexposta
e muito escura.






quinta-feira, 29 de maio de 2014

HPFS


Desde o início da era PC, a Microsoft e a IBM vinham trabalhando juntas no desenvolvimento do MS-DOS e outros programas para a plataforma PC. Mas, em 1990 a IBM e a Microsoft desentenderam-se e cada uma ficou com uma parte do trabalho feito, com o qual tentaram tomar a liderança do mercado de sistemas operativos.

Alguns brincam que a IBM ficou com a parte que funciona e a Microsoft com o resto, mas a verdade é que apesar do OS/2, o concorrente do Windows 95 lançado pela IBM ser tecnicamente muito superior ao Windows 95 da Microsoft, foi o sistema das janelas quem levou a melhor, condenando o poderoso OS/2 a um quase esquecimento.

Apesar do OS/2 também poder ser instalado sem problemas em partições formatadas em FAT16 é mais recomendável usá-lo em partições formatadas com o HPFS, o seu sistema de arquivos proprietário. Nelas, o OS/2 apresenta uma performance bem superior, devido à forma mais eficiente de organização de dados nesse sistema de arquivos.

O HPFS é suportado pelo OS/2 3.0 e versões mais recentes. Uma comparação directa com a FAT 16, usada no Windows 95, seria cobardia, os recursos do HPFS aproximam-se muito dos permitidos pelo NTFS do NT. São permitidos nomes de arquivos com até 254 caracteres incluindo espaços, partições de até 512 GB, com unidades de alocação de 512 bytes.

Apesar de eficiente, este sistema de arquivos caiu em desuso junto com o OS/2. Actualmente, o único sistema operativo que suporta o HPFS é o Linux.

Um outro sistema permitido pelo OS/2, mas que nunca foi muito usado é o “Super FAT”, semelhante à FAT 16, mas com algumas poucas melhorias e suportado apenas pelo OS/2.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


terça-feira, 27 de maio de 2014

Petronia petronia, Pardal-francês, Pardal-da-terra (Madeira)

Taxonomia
Aves, Passeriformes, Passeridae.

Tipo de ocorrência
Madeira: Residente.

Classificação
Madeira: VULNERÁVEL - VU (D1+2)
Fundamentação: Espécie que possui uma população pequena (250-2.500 indivíduos) e apresenta uma área de ocupação reduzida (inferior a 20 km2), encontrando-se num número restrito de localizações.

Distribuição
A sua distribuição mundial estende-se pelo Sul de Europa, Norte de África, Médio Oriente e da Ásia Central até o Leste da Manchúria (Hagemeijer & Blair 1997).

No Arquipélago da Madeira ocorre nas Ilhas da Madeira e Porto Santo, onde é pouco abundante. Alguns autores referem a sua nidificação nas Desertas (e.g. Bannerman 1965), contudo nos últimos anos não têm surgido quaisquer evidências de que isso ocorra.

População
No Arquipélago da Madeira, com base nos levantamentos efectuados para o Novo Atlas das Aves que Nidificam em Portugal, estima-se que a população desta subespécie deverá situar-se entre 250 e 2.500 indivíduos maturos (Oliveira & Menezes 2004).

Historicamente parece ter sido uma população bastante mais abundante e com uma distribuição mais ampla, contudo nos últimos dez anos, aparentemente, as populações têm-se mantido estáveis.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada (BirdLife International 2004).

Habitat
Pode ser encontrado em locais com vegetação rasteira, falésias sobre o mar e áreas cultivadas. Ocorre fundamentalmente em cotas mais baixas podendo ser encontrado, contudo, nas zonas altas da Ilha da Madeira. Historicamente o seu habitat incluía zonas humanizadas e urbanas.

Factores de Ameaça
Historicamente a competição com o pardal-espanhol Passer hispaniolensis é apontada como a causa do grande declínio populacional verificado e da drástica redução da sua área de distribuição. Contudo apesar de esta ser uma explicação bastante aceitável, não existem dados concretas que a confirmem. Para todos os efeitos, hoje em dia esta é uma ameaça que não existe, em virtude do pardal-espanhol também ter passado por uma fase de declínio acentuado dos seus efectivos populacionais.

Medidas de Conservação
Não existe um plano de acção ou qualquer medida de gestão dirigida a esta espécie estando, contudo, algumas áreas do seu habitat protegidas com o estatuto de Reserva Integral e de Reserva Parcial. Será importante a delineação de uma estratégia de monitorização, que permita definir claramente a sua tendência populacional, de forma a que possam ser tomadas medidas adequadas.

Notas
No Continente, a espécie encontra-se em situação Pouco Preocupante (LC), apresentando uma população numerosa e com distribuição alargada.

in Livro Vermelho dos Vertebrados





sexta-feira, 9 de maio de 2014

Controlar a Exposição





controlo automático da exposição é uma das funções mais úteis de uma câmara digital. O facto de ser a câmara a definir a exposição enquanto o fotógrafo se concentra apenas na imagem é uma grande vantagem. Isso é uma ajuda preciosa, sobretudo quando fotografa cenas de acção, em que não há tempo suficiente para primeiro avaliar o cenário e depois definir a exposição manualmente.


No entanto, não deve deixar sempre a exposição no sistema automático. Por vezes, as condições de luz podem levar a exposição automática a produzir imagens subexpostas (demasiado escuras) ou subreexpostas (demasiado claras). Mesmo que possa fazer ajustes a uma imagem mal exposta num programa de edição fotográfica, há informação nas sombras e nas altas luzes que perdeu à partida e não poderá recuperar. Em algumas situações, o melhor é deixar de parte o sistema de exposição automática na altura em que tira a fotografia, sobretudo em ambientes com uma luz interessante e invulgar. Por exemplo, terá de tomar o controlo quando fotografa em contraluz, capta um pôr-do-sol cheio de cor, uma paisagem coberta de neve ou regista a ambiente melancólico e escuro de uma floresta. Neste capítulo vai aprender a utilizar os controlos da sua câmara para conseguir a exposição que pretende.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

EXT3


O EXT3 é uma evolução do sistema actual, que apesar de não representar um avanço tão grande quanto foi o EXT2 sobre o EXT, traz alguns recursos importantes.

O mais importante é uma melhoria no sistema de tolerância a falhas. No EXT3 o sistema mantém um “diário” de todas as operações realizadas. Quando houver qualquer falha, um reset ou bloqueamento enquanto o sistema está montado, o sistema consulta as últimas entradas do diário, para ver exactamente em qual ponto houve a falha e corrigir o problema automaticamente, em poucos segundos.

No EXT2, sempre que há uma falha, o sistema executao e2fsck, um primo do scandisk, que verifica inode por inode do sistema de arquivos, em busca de erros. Este teste demora vários minutos, além de nem sempre conseguir evitar a perda de alguns arquivos.


Existe a opção de configurar as entradas no diário para aumentar a velocidade de acesso, mas em troca sacrificando um pouco da confiabilidade em caso de falhas, ou aumentar a tolerância a falhas, em troca de uma pequena perda de desempenho.

A Red Hat anunciou que a próxima versão da sua distribuição usará o EXT3 como sistema de arquivos default. Será possível converter a partição para EXT3, sem perda de dados, durante a instalação, ou através de um utilitário do sistema.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Froissartage - O estaleiro

O estaleiro é o local de trabalho no acampamento. É lá que se encontram todas as ferramentas e bancadas de trabalho, assim como a madeira para as construções. O estaleiro deve ser montado num local com sombra (para se poder trabalhar mesmo nas horas de maior calor) e amplo para que te possas movimentar à vontade. Há que ter algumas preocupações na montagem do estaleiro, sobretudo na localização das ferramentas. Elas devem estar em local abrigado onde não apanhem chuva nem humidade.

Arrumação da lenha

A lenha tem uma forma própria de ser arrumada. Para juntares os pequenos pedaços de madeira utiliza um ancinho (18) com um cabo de madeira, limpando assim o campo do estaleiro.


Os ramos mais finos são atados em molhos, todos mais ou menos, à mesma medida. Os ramos são atados com um laço (19) de uma madeira flexível.

Para melhor juntar os ramos podes construir um cavalete próprio para o efeito (20). Os ramos são postos em cima do cavalete e atados. Depois são empilhados, uns em cima dos outros.

Os troncos maiores são cortados à mesma medida e empilhados (21) sendo seguros por estacas de madeira.




terça-feira, 6 de maio de 2014

Phalacrocorax aristotelis, Galheta, Corvo-marinho-de-crista


Taxonomia
Aves, Pelecaniformes, Phalacrocoracidae.

Tipo de ocorrência
Residente.

Classificação
VULNERÁVEL - VU (D1)
Fundamentação: Espécie com população reduzida (menos de 400 indivíduos maturos).

Distribuição
Espécie distribuída no Nordeste Atlântico e Mediterrâneo, apresentando três subespécies: a subespécie nominal Phalacrocorax aristotelis aristotelis, que ocorre essencialmente nas fachadas oeste para sul das costas da Noruega, até Portugal Continental; a subespécie P.a.desmaretii, que ocorre no Mediterrâneo e a subespécie P. a. riggenbachi, residente ao longo das costas de Marrocos (Cramp & Simmons 1977, Hagemeijer & Blair 1997).

A maior parte da população atlântica está concentrada no Reino Unido, e Portugal apresenta um efectivo muito reduzido no contexto europeu.

Em Portugal Continental esta espécie ocorre para sul do arquipélago das Berlengas, que alberga o mais importante núcleo reprodutor do país. Existem registos de nidificação no Cabo da Roca, Cabo Espichel e em diversas localidades a sul do Cabo Sardão até ao Cabo de S. Vicente. A distribuição desta espécie encontra-se fortemente associada a zonas marinhas, contrariamente ao corvo-marinho-de-faces-brancas, que ocorre frequentemente em zonas de água doce.

População
A informação publicada e os trabalhos de monitorização efectuados nas zonas de nidificação sugerem uma população nacional estável (Teixeira 1983, Neto 1997, JP Granadeiro, com. pess., NM Lecoq, com. pess.), com um núcleo no arquipélago das Berlengas com cerca de 100 casais, e situações de nidificação dispersa para sul destas ilhas até ao Algarve. A população nidificante possivelmente não excede os 200 casais.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).

Habitat
Nidifica em ilhas e zonas costeiras, mostrando uma clara preferência por zonas escarpadas, com protecção dos ventos dominantes, da chuva e do mar. O ninho é construído com pequenos troncos, podendo localizar-se no interior de pequenas grutas ou fendas. Alimenta-se geralmente nas proximidades dos locais de nidificação, não sendo conhecidos grandes movimentos para áreas de alimentação distantes. Após a reprodução, diminui a fixação aos locais de nidificação, embora não estejam descritos grandes movimentos dispersivos.

Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça prendem-se com riscos de poluição por hidrocarbonetos e de mortalidade associada a  artes de pesca, sobretudo quando se localizam próximo das zonas de nidificação. De facto, é uma ave que captura as suas presas através de mergulho prolongados, e que possuiu uma capacidade de voo limitada, sendo por isso bastante vulnerável a estes dois factores.

Medidas de Conservação
A maioria das colónias estão incluídas em áreas protegidas, sendo por isso alvo  de alguma vigilância e gestão.

in Livro Vermelho dos Vertebrados




 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Gestão de Cor — O Fluxo de Trabalho

Uma das questões frequentemente
esquecida é a visualização das imagens.
Uma boa alternativa é uma cabina de
visualização. Imagem cortesia de
Just-Normlicht.
Os resultados das imagens obtidas através de combinações de câmaras, ecrãs e impressoras, podem ter uma qualidade surpreendente, mesmo quando a cor não é controlada de forma nenhuma. Mesmo que as cores não sejam precisas, são pelo menos agradáveis, principalmente porque a maioria das câmaras e outros dispositivos foram projectados para mostrar e imprimir imagens dentro do espaço sRGB. De facto, a reprodução exacta de todos os tons para além dos tons de pele, não é importante para a maioria das pessoas. Se a flor amarela que foi retratada, permanecer amarela no ecrã e na impressão, isso é suficiente – ninguém se importa, ou é capaz de dizer que não é o mesmo tom de amarelo. No entanto, a fotografia é uma arte visual, e quando começar usar o formato RAW e outros espaços de cor, cedo começará a notar em características das cores, das quais nunca antes se tinha apercebido. Para muitas pessoas, a precisão de reprodução das cores torna-se muito importante.

À medida que prepara as imagens para serem exibidas em ecrã ou impressas, elas são movidas ao longo do fluxo de trabalho. Ao fazê-lo, raramente as cores de mantêm previsíveis e constantes. A imagem no ecrã é diferente da cena original, e a prova impressa é diferente das outras duas. Quando, mais tarde, partilhar as imagens com os seus amigos, elas também serão diferentes das suas, tanto no ecrã, como no papel. Para poder confirmar este facto, pode deslocar-se a uma loja de electrónica e reparar nas montras com os televisores, todos eles exibindo cores ligeiramente diferentes. Se publicar as suas imagens na Web, a sua aparência variará igualmente quando forem exibidas noutros ecrãs.

Os sistemas de gestão de cor (CMS – Color Management Systems) são projectados para ajudar a manter a consistência e a previsibilidade das cores, à medida que as imagens percorrem os vários passos do fluxo de trabalho. Apesar de não ser possível controlar os dispositivos das outras pessoas (ou mesmo os nossos próprios dispositivos, tais como o ecrã do televisor), é possível assegurar que as cores de uma imagem sejam, tanto quanto o possível, próximas da perfeição. Para conseguir esta consistência, um sistema de gestão de cor, ajusta as cores entre as várias gamas dos dispositivos. Por exemplo, as cores de uma imagem original, da sua reprodução num ecrã e da sua impressão podem pertencer a gamas distintas. É, no entanto, muito mais fácil usar os sistemas de gestão de cor, do que entendê-los, ou pagar por eles. Existem apenas dois passos – criar os perfis dos seus dispositivos e usar esses perfis para exibir ou imprimir imagens.

Começar a gerir as cores – criar perfis
O primeiro passo da gestão de cores é medir o desvio dos seus dispositivos, da norma ou padrão. Essas diferenças são medidas e guardadas em ficheiros de texto, chamados perfis, com a extensão .ICC ou .ICM. O sistema de gestão de cores usa a informação guardada nesses perfis para determinar os ajustes necessários para tornar precisas as cores no ecrã e na impressão. Existem vários tipos de perfis de dispositivos:

• Os perfis de imagens foram desenvolvidos para o sRGB ou outros espaços de cor. Estes perfis definem as cores de uma imagem de forma genérica e são integrados na imagem quando esta é capturada. Em alguns casos, estes perfis (ao contrário dos perfis de entrada discutidos mais à frente) são usados pelos sistemas de gestão de cor.

• Os perfis de entrada (input profiles) para câmaras digitais específicas estão repletos de complicações porque a câmara manipula fortemente as imagens JPEG e conversores RAW fazem o mesmo às imagens desse formato. A menos que esteja a fotografar numa situação muito controlada (num estúdio, por exemplo), é preferível usar o perfil de cor da imagem e não o perfil para a câmara.

• Perfis para ecrãs CRT ou LCD. Para criar um perfil para um monitor, é colocado, no ecrã, um dispositivo de medição de cor chamado espectro- fotómetro ou colorímetro. O programa de atribuição de perfis exibe então, no ecrã, várias cores conhecidas, enquanto o dispositivo de medição de cor lê cada um dos valores dessas cores. As diferenças entre os resultados conhecidos e os resultados da medição são guardados no perfil do ecrã. Alguns sistemas de gestão de cor permitem a criação de um perfil para o ecrã, visualmente, sem recurso a dispendiosos disposivos de medição de cor. Estes programas acompanham-no no ajuste de brilho, contraste e balanço de cores, para criar um perfil passo a passo. Apesar de não ser tão rigoroso como um perfil feito com um instrumento, é melhor que nada.

O Artisan Color Reference System
da Sony atribui perfis de cor
integrados em equipamentos
e programas.
• Perfis de saída para dispositivos, tais como impressoras e projectores. Para atribuir um perfil a uma impressora, é aberta uma imagem de um gráfico de cor, com valores de cores previamente conhecidos, que depois é impressa. Depois, é usado o colorímetro para ler cada uma das cores dessa impressão. O programa de criação de perfis compara os valores conhecidos e os valores obtidos na leitura de cada uma das cores e armazena os valores das diferenças no perfil do dispositivo.

As impressoras novas têm geralmente vários perfis criados pelo fabricante, para vátios tipos de papel. Como estes perfis são genéricos, aqueles que criar especificamente para a sua impressora serão muito mais rigorosos. No entanto, terá que criar um perfil para cada combinação que usar de tinta e papel. Apesar de inconveniente, este processo garante-lhe os melhores resultados que a sua impressora pode obter, sempre que use um papel ou uma tinta de outro fabricante.

Para simplificar o uso dos perfis, o ICC – International Color Consortium (Consórcio Internacional da Cor), definiu um formato amplamente aceite para que possam funcionar todos juntos. Isto torna possível mover imagens com perfis ICC integrados entre aplicações, equipamentos e sistemas operativos diferentes, mantendo a fidelidade da cor. Se uma determinada imagem não tem um perfil ICC integrado, é possível atribuir-lhe um perfil em aplicações como o Photoshop.

O sistema PrintFix, da ColorVision, disponibiliza
um alvo, que é aberto no computador, e
impresso. Depois, a impressão é digitalizada, e
as cores apresentadas são comparadas às
cores originais do alvo. As diferenças são
guardadas no novo perfil de cor da
impressora.
Uma maneira interessante de usar os perfis é num processo chamado soft proofing (pré-visualização da impressão). O objectivo deste teste é mostrar num ecrã a aparência que uma imagem terá, quando impressa num tipo de papel específico. Quando realiza este processo, o programa usa o perfil da impressora, normalmente usado como perfil de saída, como um perfil de entrada. Depois de este ser equiparado ao perfil de saída do ecrã, é obtida uma imagem que é uma aproximação à aparência que a fotografia terá quando for impressa.

Gestão de Cor – Usar os perfis
Quando uma imagem é transferida de um dispositivo para outro, são necessários um perfil de entrada e um de saída. Um perfil sozinho descreve um dispositivo, mas não o afecta. Os perfis que podem ser usados aos pares podem ser os seguintes:

• O perfil de cor de uma imagem, ou de entrada, é integrado na imagem pela câmara, ou pode ser integrado posteriormente numa aplicação de edição de imagem. Muitos programas de edição permitem também escolher um perfil de espaço de cor, que depois é associado ao perfil do ecrã.

Os sistemas de gestão de
cores usam um perfil de
entrada, um espaço de
correcção e um perfil de
saída para ajustar as cores
à medida que estas são
transferidas de um
dispositivo para outro.
• O perfil de cor do ecrã pode ser alterado, através do sistema operativo.

• O perfil de saída, geralmente referente a um tipo de papel, é especificado na caixa de diálogo de impressão, do programa de edição de imagem.

Assim que tiver especificado alguns perfis, o sistema de gestão de cor:

1. Procura, no perfil de entrada, cada um dos valores das cores existentes na imagem, e ajusta-os consoante as suas especificações.

2. Procura a cor ajustada num CMM – Color Matching Method (Método de Correspondência de Cores), que inclui um espaço de cor independente de dispositivos, tais como o CIE LAB, designado por espaço de conexão de perfis (profile connection space). Isto atribui-lhe um valor de cor independente de dispositivos, para usar no próximo passo.

3. Procura o valor da cor independente de dispositivos do CIE LAB, no perfil de saída e usa o ajuste para determinar o valor de cor a enviar para o dispositivo de saída.

Este processo em três passos, chamado rendering (rendição de cor), converte os valores das cores encontradas na imagem inicial, para os valores necessários para obter cores rigorosas na saída. Quando isto se processa, podem existir cores que um dispositivo pode reproduzir, que outro não consiga, por se encontrarem fora da sua gama. Quando isto acontece, o valor da cor de entrada é alterado para uma cor que exista na gama do dispositivo de saída. As regras que determinam este ajuste, quando são usados perfis ICC são conhecidas como objectivo de rendição.rendering intent. Pode ser escolhida uma de quatro rendering intents:

• O objectivo (intent) perceptual é o mais usado em fotografia digital e é baseado no facto de que os valores de cor relativos são mais importantes para o utilizador, do que os valores absolutos. Este objectivo (intent) ajusta toda a gama de cor de uma imagem, para corresponder à gama do dispositivo de destino. Até as cores que estavam dentro da gama são ajustadas, para que as relações entre as cores se mantenham e a aparência geral da imagem seja preservada.

• O objectivo (intent) colorimétrico vem em duas versões – relativo e absoluto (a diferença reside no facto do ponto branco ser ajustado, ou não). Em fotografia digital é usada por vezes a versão relativa, e o ponto branco do espaço de cor de origem é alterado para o mesmo tom de branco do papel, para que os brancos da imagem original, se mantenham brancos na saída. Isto pretende manter uma relação exacta entre cores dentro da gama, mesmo que exclua as cores fora da gama. Em contraste, a rendição de cor perceptual, tenta preservar alguma relação entre as cores fora da gama, mesmo que disto resultem algumas incorrecções nas cores dentro da gama. Se usar a rendição colorimétrica para fazer conversões para espaços de cor mais pequenos, pode ocorrer banding, posterização ou outros efeitos indesejáveis.

• O objectivo (intent )de saturação está projectado para produzir cores saturadas sem tentar ser preciso na sua reprodução. Este objectivo nunca é usado em fotografia digital, mas é a melhor opção quando se imprimem gráficos circulares e outras cores sólidas presentes em gráficos empresariais.

Os perfis de cor no Photoshop
Quando o perfil de cor de uma imagem que é aberta no Photoshop não corresponde ao perfil definido no computador, são-lhe dadas várias opções:

• Usar o perfil de cor integrado (em vez do perfil do computador)

• Converter para o perfil de cor do computador.

• Descartar o perfil de cor integrado e não gerir a cor.

Em vez de escolher um perfil de cor às cegas, pode seleccionar a última opção de descartar o perfil integrado. Quando a imagem é aberta, é possível usar o comando Edit (editar)> Assign Profile (atribuir perfil) para lhe atribuir outros perfis, e verificar qual é que obtém o melhor efeito nas cores. Quando por fim, guardar a imagem, pode integrar o novo perfil de cor na imagem.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

A estrutura de diretórios do Linux


O Linux usa uma estrutura de directórios muito particular. Uma árvore de directórios que abrange simplesmente tudo o que existe no sistema, desde os arquivos que estão na partição onde o sistema foi instalado, até outros discos rígidos, CD-ROM e, como se não bastasse, todos os dispositivos de hardware, incluindo o modem, impressora, etc. Quando um programa “guarda” arquivo no directório da impressora por exemplo, ele são impressos.

Os dispositivos ficam dentro da pasta /dev. A drive de disquetes por exemplo, aparece como /dev/fd0. O primeiro disco rígido instalado na máquina aparece como /dev/hda, o segundo como /dev/hdb e assim por diante.

As partições aparecem com /dev/hdaX, onde o X é um número que representa a partição. Por exemplo /dev/hda1 mapeia a primeira partição do primeiro disco rígido instalado.

A vantagem neste caso é que pode montar as partições nos directórios que quiser, ou criar links simbólicos apontando para elas. Isso adiciona uma versatilidade muito grande, apesar de ser um pouco confuso e até mesmo trabalhoso no início.

Caso por exemplo, tenha dividido o disco rígido em duas partições, com o Windows instalado a primeira, formatada em FAT32 e o Linux instalado na segunda, basta montar a partição Windows para ter acesso a todos os arquivos.

Caso deseje montar a partição no directório /win por exemplo, use o comando: mount /dev/hda1 /win -t vfat 

Este comando diz que deseja montar a partição primária do primeiro disco rígido (hda1) no directório /win, activando o suporte aos nomes de arquivos longos usados pelo Windows 95/98.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto