IEEE 1394 (Fireware)
O IEEE 1394 é um padrão de interface relativamente novo, que tem várias características em comum com o USB, mas traz a vantagem se ser gritantemente mais rápido, permitindo transferências a 400 Megabits, contra meros 1.5 MB/s do USB. Este padrão foi desenvolvido pela Sony, que o utiliza em vários aparelhos de áudio e vídeo, assim como em alguns computadores portáteis.
Um dado importante é que o IEEE 1394, ou “Fireware” como é mais conhecido, é um padrão aberto, por isso tem boas chances de tornar-se popular nos próximos anos.
Os possíveis usos para o Fireware são muitos, ele pode ser utilizado para a ligação de câmaras digitais, impressoras, dispositivos de áudio, criação de redes locais de alta velocidade e até mesmo para a ligação de discos rígidos externos.
A principal arma do Fireware é a simplicidade. Por ser um barramento de série, tanto as controladoras, quanto os cabos são muito baratos de produzir. O cabo utilizado é composto por apenas 3 pares de fios, dois pares para a transferência de dados e o último para o fornecimento eléctrico. Os conectores são pequenos, semelhantes aos conectores USB e os chips controladores, a serem embutidos nos periféricos, são baratos. De acordo com a Microsoft, produzidos em grande quantidade, cada chip controlador custa cerca de seis dólares. Como no USB, e existe o suporte a ligação “a quente”, ou seja, é possível ligar e desligar periféricos com o computador ligado.
A forma de ligação dos periféricos também é parecida com o que temos no USB. Temos a possibilidade de ligar até 63 periféricos em cada porta Fireware com o uso de hubs, e cada segmento pode ter no máximo 4.5 metros.
O Fireware também pode ser usado para interligar vários computadores, sendo uma opção barata de rede local. Neste caso, são permitidos no máximo 16 nós, desde que seja respeitado o limite de 4.5 metros por cabo.
Apesar de todos os bons prognósticos, tudo o que temos atá ao presente momento são promessas.
Sem dúvida, o Fireware é um barramento muito promissor devido às suas várias vantagens.
Entretanto, ainda existe uma certa resistência por parte dos fabricantes em adoptar este padrão, pois isto envolve grandes investimentos. Para a ligação de discos rígidos temos como opções as interfaces IDE e SCSI; para a ligação de periféricos lentos, como impressoras e scanners, existe o USB; para a confecção de redes locais, já existe também todo um conjunto de padrões em uso; o que deixa pouco espaço para o Fireware. Tanto o Windows 98, quanto o Windows 2000 oferecem suporte a periféricos Fireware, mas ainda temos poucas (e caras) opções disponíveis no mercado.
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto
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