Hoje resolvi dedicar a minha noite, a realizar uma reportagem fotográfica da Feira de Chocolate de Grândola, assim, pelas 21:30 horas, pus-me a caminho do recinto do parque de exposições e feiras de Grândola.
Ao chegar ao portão de acesso mais próximo da minha residência, é-me barrada a entrada, aquele portão estava reservado aos expositores, estranhando essa desusual opção rodeei o recinto até à entrada principal, estranhando as poucas viaturas no parque de estacionamento e o pouco movimento no acesso à feira...
À entrada da feira um carro vendia castanhas assadas e um dos vendedores queixava-se de algo que lhe estava a prejudicar gravemente o negócio, ao aproximar-me da zona de exposições apercebo-me de que à entrada alguém recebia os bilhetes de quem entrava, olhando em redor apercebi-me de que num sector próximo se procedia à venda de bilhetes para a entrada na feira, aproximei-me para verificar se não estaria em erro e verifico que, cada visitante tem de despender um euro por um bilhete recebendo de brinde um pequeno chocolate.
Fui rever o programa da feira, estaria eu em erro? Seria esta uma feira do interesse especial dos visitantes?
Uma breve análise confirmou a minha ideia. Esta é uma feira onde uma série de empresas na área do chocolate publicitam os seus produtos.
Assim pretendiam que eu pagasse um euro para ver expostos vinhos de Pinheiro da Cruz, que não bebo! Bombons finos da Amazónia, que não como! Livros da Saída de Emergência Edições, que não compro nem nunca li!
Fez-me lembrar a Netsize, que sem a minha autorização e em conluio com a Vodafone, pretendia cobrar-me dois euros por cada mensagem publicitária que me enviava para o telemóvel!
Como é óbvio retornei a casa sem ter entrado na feira, a pensar que génios do marketing teriam pensado que, numa vila alentejana, era uma excelente politica comercial, cobrar aos visitantes para verem a publicitação de produtos comerciais!
Assim em vez de uma reportagem fotográfica, o meu comentário à feira, reduz-se ao aspecto negativo de que alguém, em tempos de crise, pretende ganhar dinheiro de todas as formas, porque os expositores pagaram pelo direito de utilizar o espaço onde expõem os seus produtos, os visitantes pagam pelo direito de acesso ao recinto, a Câmara Municipal de Grândola, a Junta de Freguesia de Grândola, a Nestlé e a Triskel Azul Soluções Digitais, apoiaram de forma logística e/ou financeira. Presume-se assim que este evento teve por objectivo produzir lucros financeiros.
Espero que, pelo menos, a organização use parte dos lucros obtidos, para compensar os habitantes do Bairro da Esperança, pela poluição sonora derivada da componente musical da feira até altas horas da madrugada!
4 comentários:
Tenho pena que tenha tirado essas conclusões da feira do chocolate pois parece que não esteve presente quando foi vizitada pelas escolas e jardins de infância onde as crianças foram bem recebinas e aprenderam coisas inclusive a fazer formas de chocolate e outros.
Disse alguma mentira no texto que escrevi? Se o disse sou o primeiro interessado em conhecer esse facto!
O mal agora está feito, já escreveu sobre o que não viu, tirando conclusões erradas. Para não cair no mesmo erro, convido o sr. Cardoso este ano pagar para ver e depois comentar. Nunca, mas nunca se deve escrever algo sobre o que não presenciámos, correndo o risco de pessoas, entidades,eventos ou empresas se sentirem injustiçadas.
A sra. pagaria para ver um canal só de publicidade na televisão? Não? Então diga-me que beneficio usufruiria eu da visita que não a publicitação dos produtos e serviços de um conjunto de empresas? Se partirmos do principio que o acesso a esta feira deveria ser pago porque a existência da feira só por si já é do interesse do visitante, então todas as feiras terão de ter entrada paga, inclusive a feira mensal de Grândola!!!
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