quinta-feira, 13 de junho de 2013

Afinal, quando teremos um padrão?

Em 1984, a IBM apareceu no mercado com um computador revolucionário para a época, o 286.
 
Acredito que pouca gente hoje em dia ainda ache alguma utilidade para eles, mas mesmo os PCs actuais ainda conservam vários fósseis da época do 286. 

Porta Paralela
Um exemplo são os slots ISA, que felizmente já vem gradualmente desaparecendo, mas outros fósseis ainda ameaçam continuar connosco durante alguns anos: as portas de série e paralelas.

Sim, mesmo depois do USB, as portas de série e paralelas continuam sendo os principais meios de comunicação para periféricos externos. Basta comparar o número de ratos, scanners e impressoras de série e paralelas com o número de periféricos USB.

Os dois grandes problemas do USB são o facto de ser um padrão mais caro para os fabricantes - o que resulta em periféricos mais caros e vendas menores - e a taxa de transferência relativamente baixa, meros 12 mbps (ou 1,5 MB/s, como preferir) que equivalem à velocidade de uma simples porta paralela ECP.

Porta de série
Outro possível substituto que vem encontrando dificuldades é o Fireware, que já é comum nos Macs, mas que ainda está engatinhando nos computadores PCs. O Fireware é bem mais rápido que o USB: 400 megabits ou 50 MB/s.

Recentemente, surgiu mais um candidato, o USB 2.0, desenvolvido em uma parceria entre a Intel, NEC, Philips, Lucent, Microsoft e Compaq. O USB 2.0 resolve os dois principais problemas do USB antigo. Em primeiro lugar, a velocidade saltou dos antigos 12 mbps para incríveis 480 megabits, sim, isso mesmo, 480 mbps, ou 60 MB/s, velocidade próxima da permitida pelas Interfaces IDE actuais. A segunda vantagem é o custo: o USB 2.0 é um padrão aberto, livre de pagamento de royalties, o que será um grande estímulo para os fabricantes.

Em termos de recursos, temos facilidades semelhantes ao USB atual: a possibilidade de conectar vários periféricos na mesma porta, suporte a plug-and-play, etc.

Com estas duas vantagens é de se esperar que o USB 2.0 substitua o USB atual rapidamente. De facto, as primeiras placas mãe com suporte a ele devem estrear no mercado apartir do final de 2001. O novo padrão é compatível com todos os periféricos USB que seguem o padrão 1.1, isso corresponde à quase todos os periféricos USB fabricados de um ano pra cá e todos os novos.

É de se esperar que com a grande evolução, finalmente o USB “pegue”, o que facilitaria bastante nossa vida. Poderíamos finalmente aposentar as portas de série e paralelas; lentas, limitadas e que adoram entrar em conflito com outros periféricos.

USB 2.0
Pela lógica, os primeiros periféricos USB 2.0 que devem chegar ao mercado são scanners de alta velocidade, gravadores de CD portáteis e unidades de armazenamento em geral, discos rígidos externos por exemplo, seguidos por impressoras, ratos e todo tipo de periféricos externos. O problema é que isto só deverá acontecer perto do final do ano que vem, e podemos contar pelo menos mais um ano para a nova família de periféricos tornar-se padrão. Ou seja, teremos que conviver com os fósseis do 286 pelo menos mais uns 2 anos. Será mais um paradigma da computação: processadores de 2 GHz ou mais e portas de série transmitindo a 115 Kbp.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

Sem comentários: