domingo, 25 de outubro de 2015

Grandes Guitarristas VI

Kurt cresceu em Seattle ao som dos The Beatles e dos grupos de heavy metal, inspirando-se também em obscuros grupos punk indie. Rebelde, exprime-se a tocar guitarra de forma excessiva produzindo um som eléctrico primitivo, impetuoso. O seu álbum Nevermind (1991) tem faixas como "Smells Like Teen Spirit", com tonalidades fervilhantes de raiva. Em "Breed" ouve-se uma guitarra clara e estrondosa, enquanto "Territorial Pissings" tem um furiosa som punk. Kurt Cobain morreu aos 27 anos mas continua a inspirar aqueles que rejeitam o lado comercial do rock e do pop.
Ry Cooder toca guitarra desde os 4 anos ao som do repertório clássico. Desenvolve um interesse especial pela música popular americana e pelos blues tanto em guitarra eléctrica como acústica. Torna-se especialista em open tunnings e apaixona-se pelo vocabulário e a herança do blues bem como por outros estilos, como a musica havaiana. Nos anos 60, Cooder trabalha com grupos como Captain Beefheart e os Rolling Stones.

Os seus álbuns contêm composições violentas e inflamadas, com um ritmo poderoso e ambientes electrónicos. Com a ajuda de um slide de vidro sobrepõe licks e temas de forma inovadora, obtendo uma sonoridade cheia e suave.
O álbum Into The Purple Vailley (1971) transborda desta originalidade sofisticada, com trechos como "On A Monday". No álbum Chicken Skin Music (1976) pode ouvir-se música havaiana em "Yellow Roses" e ritmos tex-mex em "He'll Have To Go". Cooder compôs uma obra de grande qualidade, simultaneamente inovadora e guardiã das tradições musicais.
Autodidacta, Tal Farlow fez o ouvido escutando árias de guitarra que tocavam na telefonia. Quando chega a Nova Iorque, nos anos 40, descobre Charlie Parker e Bud Powell. Em 1949, junta-se ao trio do vibrafonista Red Norvo, com o qual toca standards num tempo rápido. Desta forma, elabora uma brilhante técnica linear, com fraseados inventivos e uma fuga ímpar. Em 1953, forma o seu próprio grupo, cujo álbum The Swinging Guitar of Tal Farlow (1956) contêm solos inspirados em títulos como "You Stepped Out of a Dream". Ao longo da sua vida, Farlow criou voicings e fez novas harmonias de standards, deixando grande espaço para a improvisação com harmónicas artificiais.
Robert Fripp empenhou-se a aperfeiçoar a sua técnica e a explorar a via do rock dito "progressivo". Absorve todos os géneros musicais. Em 1969, dá-se a conhecer com o grupo King Crimson através do álbum In The Court Of The Crimson King. Em "21st Century Schizoid Man" produz um solo formidável, com efeitos que sugerem praias calmas, coloridos de notas puxadas e uma melodia muito original. A sua abordagem subversiva e audaciosa contribui para colocar o instrumento num universo futurista.


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