domingo, 1 de novembro de 2015

Grandes Guitarristas VII


Bill Frisell apaixona-sc muito cedo pelo rock e pelo blues que introduz na sua maneira de tocar. Mais tarde descobre o jazz de fusão de John McLaughlin. Em vez de seguir as correntes já existentes, constrói uma técnica baseada na abertura de andamentos espaciais, com melódicas líricas e invenções harmónicas "microtonais". Joga com efeitos electrónicos como a distorção dos sons para criar mundos distantes e estranhos.

As suas composições e gravações incrivelmente depuradas impuseram Frisell como mestre dos efeitos sonoros e da amostragem na guitarra. Há mais de vinte anos que participa no desenvolvimento e cruzamento do universo do jazz.

Egberto Gismonti cresceu a ouvir musica clássica e brasileira, e estudou composição com Nadia Boulanger em Paris. A sua música visionária pode ser entendida como cerebral, espiritual, arrebatadora e impetuosa. Usa guitarras clássicas com 8 a 14 cordas para explorar um vasto leque de estilos. O seu álbum Dança das Cabeças (1976) expõe a sua maneira rítmica de tocar sofisticada.

A grande diversidade dos seus registos e técnicas acústicas alargam as fronteiras musicais e dão à guitarra um papel central muito rico. A sua síntese refrescante de composições provenientes dos quatro cantos do mundo não cessa de difundir a voz magnética da sua guitarra.


Embalado pelas influências pop e rock, Jon Greenwood desenvolve a sua técnica multiplicando os efeitos no estúdio. No álbum dos Radiohead The Bends (1995), a sua interpretação manifesta um imaginário futurista e delirante. "Planet Tex" deixa ouvir acordes irregulares e fortes, e efeitos sonoros espectrais. A sua abordagem progressiva intensifica a atmosfera singular do grupo.

Com os Beatles, George Harrison participa na composição dos seus grandes êxitos. Usa uma guitarra de 12 cordas em músicas como "Eight Days A Week" e no álbum Revolver (1966) cria riffs atmosféricos para "I Want To Tell You" e temas procedentes da música indiana para "Love To You". Toca igualmente uma parte da soberba introdução e dos fills de "And Your Bird Can Sing". Em Sgt. Pepper's (1967) usa efeitos mudando a voz da sua guitarra para criar uma atmosfera sonora exótica e mística. Em Abbey Road (1969), a sua composição "Something" contém um solo com um fraseado comovente.



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