domingo, 27 de abril de 2008

Desktops, Notebooks, Handhelds e Palmtops

Durante a década de 70, os computadores eram classificados como computadores, minicomputadores ou microcomputadores, de acordo com seu tamanho. Naquela época, “minicomputador” era qualquer coisa do tamanho de um armário e os grandes computadores ocupavam facilmente uma sala inteira.

Actualmente, os termos da moda são outros. Os computadores de mesa são chamados de desktops. Os notebooks possuem os mesmos recursos dos microcomputadores de mesa, porém são mais leves e consomem menos energia, visando aumentar a autonomia das baterias. Comparados com os desktops, a vantagem dos notebooks é sua portabilidade e as desvantagens são serem mais caros, mais frágeis e menos confortáveis de usar. Os primeiros computadores portáteis, lançados no início da década de 80 pesavam em média 12 quilos, enquanto os actuais não costumam pesar mais do que 3 Kg. Para quem precisa de portabilidade, mas ao mesmo tempo não dispensa um microcomputador com todos os recursos de um microcomputador de mesa, os notebooks são a solução mais acertada.
 
Porém, para quem precisa apenas de recursos mais básicos, como processamento de texto, folhas de cálculo, agenda electrónica ou apenas armazenar informações, os notebooks acabam sendo uma solução cara e antiquada. Além do peso, temos uma autonomia relativamente baixa das baterias, em geral 2 ou 3 horas, sem falar no tempo necessário para o arranque e carregar o Windows todas as vezes que o equipamento é ligado.

A partir dos anos 90, tivemos a popularização de mais duas classes de computadores portáteis, os handhelds e os palmtops. A ideia principal é criar aparelhos suficientemente pequenos para levar no bolso, que sejam leves e consumam pouca energia, mas, ao mesmo tempo, capazes de executar todas as funções básicas, como processamento de texto, folhas de cálculo, bases de dados, acesso à Internet, jogos, etc.

Os dois tipos de aparelho possuem conceitos bem diferentes. Os handhelds são uma espécie de notebook em miniatura, com o mesmo desenho básico, com o teclado de um lado e o ecrã do outro. Exemplos de handhelds são o Cassiopéia, HP 620, Psion Series 5 e Sharp HC-4600. Com excepção do Psion, estes aparelhos utilizam o Windows CE, que é uma versão simplificada do Windows XP, que apesar de não utilizar os mesmos programas que temos nos microcomputadores de mesa, possui versões compactas do Word, Excel e PowerPoint, além de permitir a instalação de programas ou jogos desenvolvidos para ele.
Handheld Psion Revo
Os palmtops por sua vez, são ainda mais compactos e não possuem teclado. O texto é ou digitado sobre um teclado gráfico formado em parte do ecrã, ou então escrito à mão em um espaço reservado. O exemplo mais famoso e bem sucedido de palmtop é o Palm Pilot da 3Com, que utiliza o PalmOS, um sistema operacional especifico. O sucesso do Palm Pilot estimulou os programadores a criar milhares de programas para ele, englobando praticamente todo o tipo de aplicações, de cálculos científicos a jogos. Estima-se que em Dezembro de 2001 já existissem mais de 75.000 programas, uma boa parte aplicativos freeware.

A Microsoft concorre com os Palms através do Pocket PC, uma versão reduzida do Windows que roda em PC's de mesa. Em versões anteriores, este sistema era chamado de Windows CE. O nome mudou apenas por questões de marketing.

Em todos os casos, é possível fazer a conexão com um microcomputador de mesa para fazer cópias de segurança, trocar ficheiros e instalar novos programas.
Palm IIIc
Compaq Ipaq, com o MS Pocket PC
Conforme os processadores e outros componentes evoluem, não é apenas a velocidade que aumenta. Os componentes são cada vez mais miniaturizados, o que traz como consequência uma vantagem essencial no ramo dos portáteis: um consumo eléctrico cada vez mais baixo.

Um 486 de 100 MHz processa 100 milhões de instruções por segundo e consome aproximadamente 5 Watts de electricidade. Um Mobile Pentium III de 500 MHz (a versão especial, com um consumo eléctrico ultra baixo) processa 1.5 bilião de instruções, com apenas 3 watts. A mesma proporção se mantém nos chips destinados a aparelhos portáteis.

Isto significa que os aparelhos portáteis são capazes de executar cada vez mais funções e utilizar aplicativos cada vez mais complexos. Esta é uma tendência que veio para ficar.

A diferença de recursos entre os PC's de mesa e um handheld está diminuindo rápido, embora a diferença de preço também.

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