sábado, 5 de abril de 2008

Viver nos arrozais

É usual e habitual quando nos dedicamos à leitura, percorrermos as obras de escritores de renome, muitos deles a nível internacional.
Esquecemos-nos que existem escritores que à nossa porta escrevem obras que muitas das vezes não chegam aos escaparates por razões financeiras e/ou comerciais.
 
À uns anos atrás, ao passar numa tabacaria da zona, deparei-me com uma obra cuja capa me chamou a atenção, adquiri-a apesar de a poesia não ser precisamente o meu tipo habitual de leitura. 
Tratava-se da obra 'Vida nos arrozais' da senhora Rosinda Maria Martins da Silva, uma senhora criada no Carvalhal, concelho de Grândola, filha de um capataz da companhia, que segundo ela a obrigou desde muito cedo a trabalhar nos arrozais para dar exemplo aos outros. 
Sobre a obra em si a autora na contracapa descreve-a desta forma:

Escrevi com tanto carinho
O que lhes vou transmitir
Quem ler este livrinho
Vai gostar de o possuir

Fala do passado da probreza
Fala do mal e do bem
Fala de toda a beleza
Que o lindo Carvalhal tem
 
Se eu usar outras palavras para descrever a obra estaria a desvirtuar as palavras da autora, por isso limito-me a transcrever um dos muitos poemas destas obra:

EU GOSTO DO ALENTEJO

Sigo e vou sempre em frente
Lá vou pela vala-real
Visito a linda Comporta
Depois sigo pelo sapal

Páro e olho para o Cambado
Com o andar levo um pé manco
Almoço na Carrasqueira
Venho lanchar ao Poçanco

Paro na Torre e bebo um copo
Vou jantar ao lindo Brejo
Como boa alentejana
Gosto muito do Alentejo

Vou ao Pêgo vou à Lagoa
O lindo mar me seduz
Vou em boa liberdade
Visito o Pinheiro da Cruz

Vou ver Vila Morena
Não esqueço Alcácer do Sal
Depois volto para trás
Venho dormir ao Carvalhal

1 comentário:

germinia disse...

vidas nos arrozais com é bom ler este livrinho ao tambem a ritinha atrevida ao um que vai ser lansado agora por Rosinda Silva foi uma grande mulher é o nome desta idisão que sara lançada em breve
obrigado por ler a vida nos arrozais é um livro da minha terra e de uma familiar minha