Os nossos olhos conseguem distinguir muito mais diferenças de tonalidade do que qualquer filme. Conseguimos olhar para um pôr do Sol sobre o horizonte distinguindo desde o Sol brilhante até aos detalhes do chão já na penumbra. Nenhum filme tem uma amplitude tonal que se compare à dos nossos olhos, que se estima que seja entre 12 e 13 pontos de exposição. Temos que saber que um filme negativo tem um amplitude de 7 pontos de exposição e um filme de diapositivos de apenas 5 pontos.
Este conceito de amplitude tonal é útil para percebermos que quando fotografamos um diapositivo só se conseguirão distinguir as tonalidades até 2 ½ pontos acima e abaixo da exposição escolhida. Tudo o que estiver acima desse intervalo será retratado como branco e o que estiver abaixo como preto. Só tendo isto em conta podemos decidir quais os tons que queremos que se possam distinguir e quais aqueles que são dispensáveis. Por exemplo, cheguei um dia a Burano, uma pequena ilha junto a Veneza, já depois do pôr do Sol. O céu encoberto estava muito mais luminoso do que as belas casas da ilha, mas como dificilmente lá voltaria era uma oportunidade fotográfica a não perder. Medi a luz e defini a exposição considerando apenas as casas, reenquadrei e fotografei, sabendo que conseguiria captar as cores vivas das casas mas que o céu surgiria como um fundo branco, sem textura.
- + 2 ½ pontos: branco puro
- + 2 pontos: muito claro
- + 1 ½ pontos: mais claro
- + 1 ponto: claro
- + ½ ponto: levemente claro
- Valor da exposição: tom médio
- - ½ ponto: levemente escuro
- - 1 ponto: escuro
- - 1 ½ pontos: mais escuro
- - 2 pontos: muito escuro
- - 2 ½ pontos: negro puro