terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Haematopus ostralegus, Ostraceiro


Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Haematopodidae.
 
Tipo de ocorrência
Invernante.
 
Classificação
População invernante: QUASE AMEAÇADO - NT* (D1)
Fundamentação: Espécie com população reduzida (admitindo-se que seja inferior a 1.000 indivíduos maturos). No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.

Distribuição
Nidifica na Europa e Ásia oriental. A subespécie que ocorre em Portugal nidifica na Islândia, Ilhas Britânicas, Escandinávia, Europa ocidental e Mediterrâneo até á Turquia.

Inverna no Oeste da Europa e África (del Hoyo et al. 1996).

Em Portugal continental está presente ao longo da faixa litoral (Farinha & Costa 1999).

População
Nas zonas estuarinas esta espécie tem sido monitorizada desde a década de 1970. Na última década, a sua abundância tem oscilado entre 500 e 1.500 indivíduos; a análise destes censos até 2000, permitiu verificar que a abundância da população tem permanecido estável (Sousa 2002b).

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente; com efeito, na Holanda a população nidificante sofreu declínio moderado entre 1990-2000 (BirdLife International 2004). As populações invernantes na Europa Ocidental apresentam-se em aumento (Wetlands International 2002). Esta tendência, juntamente com o facto de se admitir que o habitat não esteja em declínio em Portugal, levou a assumir um risco de extinção da população invernante no nosso território mais reduzido, tendo descido uma categoria na adaptação à escala regional.

Habitat
Zonas húmidas costeiras, nomeadamente estuários (salinas, zonas entre-marés) e zonas húmidas de interior (lagoas). Pode ocorrer também na orla costeira, em praias.

Factores de Ameaça
Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem), nomeadamente abandono ou degradação de salinas, a transformação de salinas em aquacultura marinhas e a destruição ou degradação das zonas entre-marés.

Medidas de Conservação
A maior parte das áreas estuarinas utilizadas por esta população durante o inverno estão incluídas em áreas com estatuto legal de protecção (Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar). Várias outras zonas foram recentemente designadas como Zonas Importantes para as Aves (Costa et al. 2003). No entanto, é necessário uma monitorização mais eficaz, de modo a obter estimativas mais fiáveis da sua abundância.

Notas
Em Portugal continental a espécie ocorre também como migrador de passagem. Embora ainda haja registos de nidificação em finais da década de 30 (Coverley 1939) não existem registos posteriores de reprodução em Portugal, sendo considerado actualmente extinto como nidificante.

in Livro Vermelho dos Vertebrados





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