Taxonomia
Aves, Passeriformes, Turdidae.
Aves, Passeriformes, Turdidae.
Tipo de ocorrência
Residente.
Classificação
CRITICAMENTE EM PERIGO - CR
Fundamentação: Admite-se que esta espécie tenha experimentado, nos últimos 10 anos, uma redução muito acentuada do tamanho da população (podendo eventualmente ser superior a 80%), sendo esta hipótese baseada nas evidências de redução da área de distribuição; as causas dessa redução não terão cessado, admitindo-se que essa tendência se mantenha no futuro próximo.
CRITICAMENTE EM PERIGO - CR
Fundamentação: Admite-se que esta espécie tenha experimentado, nos últimos 10 anos, uma redução muito acentuada do tamanho da população (podendo eventualmente ser superior a 80%), sendo esta hipótese baseada nas evidências de redução da área de distribuição; as causas dessa redução não terão cessado, admitindo-se que essa tendência se mantenha no futuro próximo.
Distribuição
Distribuição global limitada ao Paleárctico Ocidental, onde ocorre quase exclusivamente na Península Ibérica e no Noroeste de África (Cramp 1992).
Em Portugal, este chasco está actualmente confinado a alguns vales de rios no interior, sendo os núcleos principais localizados na região do Parque Natural do Douro Internacional e no Parque Natural do Tejo Internacional.
População
Estima-se que a população nacional esteja compreendida entre os 250 e os 2.500 indivíduos.
Esta espécie foi detectada em apenas 20 quadrículas de 10x10 km durante a realização dos trabalhos do Novo Atlas (ICN dados não publicados). O conhecimento das duas principais áreas de ocorrência da espécie (C Pacheco & A Monteiro, com. pess.), leva a assumir que, em média, poderão existir ente 15 e 100 indivíduos maturos por quadrícula onde a espécie está presente e, como tal, a população estará compreendida no intervalo acima citado.
Esta espécie, outrora largamente distribuída em Portugal, tem vindo a sofrer um decréscimo persistente ao longo de grande parte do século XX e até à actualidade. Áreas onde se sabe que ocorria no passado, e onde hoje está ausente ou é muito raro, incluem, por exemplo, a quase totalidade do curso do Rio Douro (hoje confinado a um pequeno sector), a Serra do Gerês, a região de Coimbra, a ilha da Berlenga, a Serra de Penha Garcia / Monsanto, Castelo-de-Vide, Marvão, Vila Viçosa e Noudar / Barrancos (Tait 1887 e 1924, Reis Júnior 1931, Themido 1933, Lockley 1952). Estes dados sugerem uma distribuição muito alargada no passado. A comparação dos resultados dos dois Atlas das Aves Nidificantes confirma que a forte tendência regressiva se mantém até ao presente.
Apesar da inexistência de dados quantitativos sobre a população, a verdade é que todos os observadores experientes são unânimes na percepção de que os números continuam em acentuado declínio, mesmo nas áreas onde ainda ocorre (por exemplo, A Monteiro & C Pacheco, com. pess.). A possibilidade de a espécie estar a experimentar um declínio continuado em Portugal é consistente com o seu recente desaparecimento de várias áreas de ocorrência.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Rara, embora ainda provisoriamente, tendo-se extinguido em França entre 1990-2000 (BirdLife International 2004). Esta espécie não tem categoria de ameaça em Espanha (Madroño et al. 2004), mas são referidas regressões populacionais para esse país (Gainzarain 2003).
Habitat
Zonas rochosas e áridas, com vegetação esparsa, podendo incluir matos ou olivais em socalcos. Quando o nível das águas está baixo, frequentam o próprio leito rochoso dos rios. Por vezes, também surgem associados a construções humanas, como castelos ou ruínas, desde que implantados em áreas de habitat favorável.
Zonas rochosas e áridas, com vegetação esparsa, podendo incluir matos ou olivais em socalcos. Quando o nível das águas está baixo, frequentam o próprio leito rochoso dos rios. Por vezes, também surgem associados a construções humanas, como castelos ou ruínas, desde que implantados em áreas de habitat favorável.
Factores de Ameaça
De entre as ameaças conhecidas, há a referir a degradação ou a reconstrução de edifícios antigos, alterando as cavidades onde estas aves nidificam, e a florestação das áreas de nidificação. No entanto, a importância destas ameaças é desconhecida, estando por identificar os principais factores que levaram ao decréscimo marcado desta espécie na Península Ibérica. O chasco-preto parece estar em declínio rápido mesmo em áreas onde não se têm feito notar alterações significativas do habitat.
Medidas de Conservação
Enquanto não forem identificadas as principais causas de decréscimo desta espécie, não será possível preconizar medidas de conservação eficazes. Como tal, de momento, a prioridade será o estudo da ecologia da espécie, com vista à sua conservação. A preservação de construções humanas onde esta ave ainda nidifique e a proibição de acções de florestação em zonas ainda utilizadas pela espécie são também acções urgentes.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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