sábado, 14 de fevereiro de 2009

O movimento escutista III

A SEGUNDA VIDA DE B.-P. 

A obra cresceu cada vez mais e, em 1910, tomara já tais proporções que B.-P. compreendeu que o Escutismo ia ser a obra da sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que poderia fazer mais em prol do seu país educando as novas gerações, para darem bons cidadãos, do que instruindo alguns homens para serem bons soldados.

Por isso abandonou o exército, onde atingira o grau de tenente-general, e embarcou na sua segunda vida, como ele lhe chamava – vida de serviço para o mundo por meio do Escutismo.

A sua recompensa teve-a na expansão do Escutismo e no amor e no respeito dos rapazes de todo o mundo.
 
FRATERNIDADE MUNDIAL

Em 1912 empreendeu uma viagem à volta do mundo para visitar os Escuteiros de muitos países. Foi este o primeiro começo da fraternidade mundial escutista. A primeira Grande Guerra estalou e entravou a obra por algum tempo; esta, porém, recomeçou no fim das hostilidades, e em 1920 reuniram-se em Londres, vindos de todas as partes do mundo, muitos Escuteiros para formarem a primeira reunião internacional escutista – o primeiro Jamboree mundial.

Na última noite desse Jamboree, em 6 de Agosto, B.-P. foi proclamado Escuteiro Chefe Mundial pela multidão de rapazes que o aclamavam. 
O Movimento escutista continuou a desenvolver-se. No dia em que fez 21 anos e atingiu a maioridade, contava mais de dois milhões de membros em praticamente todos os países civilizados da Terra. Nessa ocasião B.-P. recebeu do seu rei, Jorge V, a honra do baronato com o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell... Todavia, para os Escuteiros, ele será sempre: «B.-P. Escuteiro Chefe Mundial».

O primeiro Jamboree mundial foi seguido de outros – em 1924 na Dinamarca, em 1929 em Inglaterra, em 1933 na Hungria, em 1937 na Holanda. Em cada um destes Jamborees Baden-Powell foi a figura principal, sempre saudado ruidosamente pelos seus rapazes, onde quer que aparecesse.
 
Mas os Jamborees foram apenas parte do seu esforço para constituir a fraternidade mundial do Escutismo. B.-P. viajou muito em prol do Escutismo, correspondia-se com os dirigentes escutistas de muitos países e continuava a escrever sobre assuntos escutistas, ilustrando os seus livros e artigos com os seus próprios desenhos. 
ÚLTIMOS ANOS DE B.-P.

Quando finalmente, chegado aos 80 anos, as forças lhe começaram a faltar, voltou para a sua terra amada em companhia de sua esposa, Lady Baden-Powell, que fora colaboradora entusiástica de todos os seus trabalhos e que, além disso, era Chefe das Guias – obra também criada por Baden-Powell.

Instalaram-se no Quénia, num lugar tranquilo, com uma magnífica perspectiva de milhas de florestas e montanhas cobertas de neve.

Aí faleceu B.-P. a 8 de Janeiro de 1941 – pouco mais de um mês antes de completar 84 anos.

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