No dia 19 de Abril de 2006, foi apresentado o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (660 páginas), editado pelo então Instituto da Conservação da Natureza.
A iniciativa do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal partiu do Instituto da Conservação da Natureza - entidade cuja competência de elaborar inventários e listas de espécies ameaçadas para registo nos Livros Vermelhos lhe é atribuída pelo Decreto-Lei n.º 193/93, de 24 de Maio – e congregou investigadores e técnicos de conservação da natureza provenientes de instituições do Continente e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A equipa, que integra cerca de 180 peritos, é coordenada por Maria João Cabral (ICN) e constituída por uma comissão de editores - Ana Isabel Queiroz (ICN), Jorge Palmeirim (FCUL), Júlia Almeida (ICN), Leonor Rogado (ICN), Margarida Santos-Reis (FCUL), Maria Elisa Oliveira (ICN), Nuno Ferrand de Almeida (FCUP), Pedro Raposo de Almeida (Univ. Évora; IO/FCUL), Thomas Dellinger (Univ. Madeira) -, grupos de uma autores e colaboradores. No total, são feitas 551 avaliações, correspondendo a 512 espécies selvagens de vertebrados. Nesta edição são listadas espécies de peixes dulciaquícolas e migradores, anfíbios, répteis, aves e mamíferos que ocorrem em todo o território português. Para cada espécie, o Livro Vermelho indica o seu estatuto de ameaça e avalia quantitativamente os níveis de risco de extinção. Para as espécies consideradas Ameaçadas, Quase Ameaçadas ou com Informação Insuficiente, foram desenvolvidas fichas descritivas com informação sobre as populações, causas de ameaça e de medidas de conservação.
Este Livro Vermelho segue o novo sistema de avaliação e classificação de espécies ameaçadas da IUCN (União Mundial para a Conservação) e as recomendações elaboradas para a sua aplicação. Este sistema de avaliação (versão 3.1:IUCN 2001) permite estimar a probabilidade de extinção de cada espécie num determinado período, tendo em conta as condições passada, actual e futura.
A avaliação no Continente, Açores e Madeira, apura que 256 (46%) das entidades estudadas não estão consideradas como ameaçadas (categoria: Pouco Preocupante - LC).
No Continente português, foram avaliadas 441 entidades, das quais 212 (48%) foram classificadas como Pouco Preocupante (LC). Entre os grupos taxonómicos avaliados, o dos peixes dulciaquícolas e migradores é o que apresenta uma percentagem mais elevada de entidades classificadas em categorias de ameaça (CR, EN, VU) ou quase ameaçadas (NT) (69%). Seguem-se-lhes as aves (38%), os répteis (32%), os mamíferos (26%) e os anfíbios (19%). Nos anfíbios e nos répteis, uma fracção significativa das entidades avaliadas foi classificada na categoria de Pouco Preocupante (LC) (81% e 68%, respectivamente).
Nos Arquipélagos dos Açores e Madeira, foram avaliadas respectivamente 51 e 59 entidades, das quais 17 (33%) e 27 (46%) foram classificadas como Pouco Preocupante (LC). A avaliação indica uma situação de risco de extinção muito semelhante para os mamíferos que ocorrem nos dois arquipélagos, sendo no entanto de salientar a elevada percentagem de espécies de mamíferos considerados Criticamente em Perigo (CR) na Madeira (25%). No caso das aves, o risco de extinção global é menor na Madeira (onde as espécies consideradas Pouco Preocupante (LC) atingem os 55%) do que nos Açores.
Os principais factores de ameaça identificados estão, de uma forma geral, relacionados com a destruição, degradação e fragmentação dos habitats naturais, resultantes de acções do Homem.
Esta edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal faz a revisão dos dados publicados nos Livros Vermelhos de 1990-93 (SNPRCN 1990, 1991, ICN 1993). Fica alcançada uma meta no processo de avaliação da fauna de vertebrados de Portugal.
A iniciativa do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal partiu do Instituto da Conservação da Natureza - entidade cuja competência de elaborar inventários e listas de espécies ameaçadas para registo nos Livros Vermelhos lhe é atribuída pelo Decreto-Lei n.º 193/93, de 24 de Maio – e congregou investigadores e técnicos de conservação da natureza provenientes de instituições do Continente e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A equipa, que integra cerca de 180 peritos, é coordenada por Maria João Cabral (ICN) e constituída por uma comissão de editores - Ana Isabel Queiroz (ICN), Jorge Palmeirim (FCUL), Júlia Almeida (ICN), Leonor Rogado (ICN), Margarida Santos-Reis (FCUL), Maria Elisa Oliveira (ICN), Nuno Ferrand de Almeida (FCUP), Pedro Raposo de Almeida (Univ. Évora; IO/FCUL), Thomas Dellinger (Univ. Madeira) -, grupos de uma autores e colaboradores. No total, são feitas 551 avaliações, correspondendo a 512 espécies selvagens de vertebrados. Nesta edição são listadas espécies de peixes dulciaquícolas e migradores, anfíbios, répteis, aves e mamíferos que ocorrem em todo o território português. Para cada espécie, o Livro Vermelho indica o seu estatuto de ameaça e avalia quantitativamente os níveis de risco de extinção. Para as espécies consideradas Ameaçadas, Quase Ameaçadas ou com Informação Insuficiente, foram desenvolvidas fichas descritivas com informação sobre as populações, causas de ameaça e de medidas de conservação.
Este Livro Vermelho segue o novo sistema de avaliação e classificação de espécies ameaçadas da IUCN (União Mundial para a Conservação) e as recomendações elaboradas para a sua aplicação. Este sistema de avaliação (versão 3.1:IUCN 2001) permite estimar a probabilidade de extinção de cada espécie num determinado período, tendo em conta as condições passada, actual e futura.
A avaliação no Continente, Açores e Madeira, apura que 256 (46%) das entidades estudadas não estão consideradas como ameaçadas (categoria: Pouco Preocupante - LC).
No Continente português, foram avaliadas 441 entidades, das quais 212 (48%) foram classificadas como Pouco Preocupante (LC). Entre os grupos taxonómicos avaliados, o dos peixes dulciaquícolas e migradores é o que apresenta uma percentagem mais elevada de entidades classificadas em categorias de ameaça (CR, EN, VU) ou quase ameaçadas (NT) (69%). Seguem-se-lhes as aves (38%), os répteis (32%), os mamíferos (26%) e os anfíbios (19%). Nos anfíbios e nos répteis, uma fracção significativa das entidades avaliadas foi classificada na categoria de Pouco Preocupante (LC) (81% e 68%, respectivamente).
Nos Arquipélagos dos Açores e Madeira, foram avaliadas respectivamente 51 e 59 entidades, das quais 17 (33%) e 27 (46%) foram classificadas como Pouco Preocupante (LC). A avaliação indica uma situação de risco de extinção muito semelhante para os mamíferos que ocorrem nos dois arquipélagos, sendo no entanto de salientar a elevada percentagem de espécies de mamíferos considerados Criticamente em Perigo (CR) na Madeira (25%). No caso das aves, o risco de extinção global é menor na Madeira (onde as espécies consideradas Pouco Preocupante (LC) atingem os 55%) do que nos Açores.
Os principais factores de ameaça identificados estão, de uma forma geral, relacionados com a destruição, degradação e fragmentação dos habitats naturais, resultantes de acções do Homem.
Esta edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal faz a revisão dos dados publicados nos Livros Vermelhos de 1990-93 (SNPRCN 1990, 1991, ICN 1993). Fica alcançada uma meta no processo de avaliação da fauna de vertebrados de Portugal.
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