Taxonomia
Aves, Ciconiiformes, Ardeidae.
Aves, Ciconiiformes, Ardeidae.
Tipo de ocorrência
Invernante e residente (mas cuja nidificação não está confirmada).
Classificação
População invernante: CRITICAMENTE EM PERIGO - CR (D)
Fundamentação: População extremamente reduzida (inferior a 50 indivíduos maturos).
População residente: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito não são conhecidos parâmetros básicos referentes a esta espécie, como a regularidade da sua nidificação, o tamanho da população e tendências de declínio.
População invernante: CRITICAMENTE EM PERIGO - CR (D)
Fundamentação: População extremamente reduzida (inferior a 50 indivíduos maturos).
População residente: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito não são conhecidos parâmetros básicos referentes a esta espécie, como a regularidade da sua nidificação, o tamanho da população e tendências de declínio.
Distribuição
No Paleártico a sua área de distribuição estende-se pelo Sudoeste, Centro, Sudeste e Este da Europa, estando presente na maioria dos países, com excepção para os países do norte, como a Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Está ainda presente na Ásia e em África, embora aqui muito localizado ao Noroeste de Marrocos e Tunísia (Cramp & Simmons 1977). A Rússia suporta cerca de 75% da população europeia, tendo a Ucrânia, Polónia, a Bielorússia e a Roménia importantes contingentes desta espécie; os países do Centro e do Sul da Europa detêm apenas uma pequena parte da população europeia (Hagemeijer & Blair 1997).
No Paleártico a sua área de distribuição estende-se pelo Sudoeste, Centro, Sudeste e Este da Europa, estando presente na maioria dos países, com excepção para os países do norte, como a Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Está ainda presente na Ásia e em África, embora aqui muito localizado ao Noroeste de Marrocos e Tunísia (Cramp & Simmons 1977). A Rússia suporta cerca de 75% da população europeia, tendo a Ucrânia, Polónia, a Bielorússia e a Roménia importantes contingentes desta espécie; os países do Centro e do Sul da Europa detêm apenas uma pequena parte da população europeia (Hagemeijer & Blair 1997).
Em Portugal, os registos desta espécie localizam-se em zonas húmidas ao longo da faixa litoral, a sul do Tejo.
População
Trata-se de uma espécie de reduzida conspicuidade e sobre a qual a informação disponível é muito reduzida. No entanto, o acompanhamento regular que tem sido feito nas zonas húmidas tem fornecido registos irregulares que indicam que a população invernante será inferior a 50 indivíduos maturos.
Está por esclarecer a existência de uma população nidificante regular em Portugal e a sua dimensão. Rufino (1989) refere apenas uma ocorrência da espécie no decurso dos trabalhos de campo do Atlas das Aves que Nidificam em Portugal Continental, mas sem confirmação de nidificação; dos trabalhos de campo em curso para o Novo Atlas, resultaram dois registos de nidificação possível (ICN dados não publicados). No entanto, dada a sua baixa detectabilidade e a inexistência de um esforço dirigido para esta espécie, não é de excluir a possibilidade de ocorrer nidificação da espécie em Portugal.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Depauperada, tendo apresentado um declínio histórico acentuado (BirdLife International 2004). Em Espanha é classificada como Criticamente em Perigo (CR) (Madroño et al. 2004), estimando-se que a sua população não supere 25 machos territoriais (Bertolero & Soto-Largo 2003).
Habitat
Espécie associada a zonas húmidas com áreas de vegetação densa de caniçais. Frequenta estuários, rias, lagoas costeiras, valas, açudes, barragens e pequenos canais e diques que pertencem aos sistemas de irrigação dos arrozais. Prefere águas eutróficas pouco profundas, paradas ou com pouca corrente; de substrato arenoso, sedimentar, lodoso ou com vegetação, e ausente de rochas ou outro tipo de obstáculos. Movimenta-se preferencialmente durante a noite.
Factores de Ameaça
Entre os factores de ameaça a esta espécie destaca-se a drenagem e destruição de caniçais para aproveitamento agrícola e pecuário e a má gestão dos recursos hídricos. O pastoreio por gado bovino em caniçais afecta significativamente esta espécie.
Entre os factores de ameaça a esta espécie destaca-se a drenagem e destruição de caniçais para aproveitamento agrícola e pecuário e a má gestão dos recursos hídricos. O pastoreio por gado bovino em caniçais afecta significativamente esta espécie.
É uma espécie extremamente sensível a qualquer tipo de perturbação nas áreas de descanso ou nidificação, sendo negativamente afectada pelas acções de perturbação associadas ao turismo, caça e pesca. Dada a sua grande dependência do meio aquático, é muito afectada pela poluição da água, por efluentes domésticos, industriais e agrícolas e ainda pela utilização de adubos, pesticidas e herbicidas nas zonas de alimentação, contaminando os recursos alimentares.
Medidas de Conservação
A conservação desta espécie requer a manutenção e incremento das áreas de habitat de suporte potencial para nidificação da espécie, nomeadamente de manchas de caniço, bem como das condições nos habitats de alimentação, assegurando a existência de zonas ricas em peixe e anfíbios. A manutenção dos níveis de água durante a época de reprodução pode ser importante para assegurar sucesso reprodutor. É uma espécie que beneficiará largamente da melhoria da eficácia do controlo e tratamento das descargas de efluentes. Carece também de medidas que visem reduzir a perturbação nos locais de nidificação. A criação e implementação de Planos de Ordenamento para áreas ecologicamente sensíveis onde a espécie ocorre e que integrassem estas orientações, asseguraria a sua conservação à escala nacional.
É fundamental um esforço acrescido quer para a detecção e monitorização dos efectivos invernantes, quer no sentido de esclarecer a situação da espécie durante a época de nidificação.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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