Todo o funcionamento do disco rígido, a movimentação da cabeça de leitura, a velocidade de rotação, a leitura e gravação dos dados, o envio e recebimento de dados através da porta IDE, etc. é coordenado pela placa controladora. Nos discos rígidos mais antigos, a placa controladora era uma placa separada, conectada a um slot ISA e ligada ao disco rígido por dois cabos de dados. Este arranjo era muito ineficiente, pois a distância tornava a comunicação muito susceptível a interferências e corrupção de dados.
A partir do advento dos discos IDE, a placa controladora passou a fazer parte do próprio disco rígido. Nada mais lógico, pois a placa controladora precisa ser construída de acordo com a arquitectura física do disco, e jamais funcionaria em outro modelo, sendo assim, não existiria motivo para mantê-los separados. Além da praticabilidade, este arranjo permite uma comunicação de dados muito mais eficiente, já que são usados cabos muitos mas curtos. É por isso que não dizemos “controladora IDE” e sim “interface IDE”, pois ela funciona apenas como um meio de comunicação, já que a controladora faz parte do próprio disco rígido.
Apesar de pequena, a placa controladora de um disco actual é muito mais sofisticada do que um computador antigo inteiro, (um 286 por exemplo), possuem mais poder de processamento e até mesmo mais memória, na forma do cache ou buffer, por sinal um dos grandes responsáveis pelo desempenho dos discos rígidos actualmente. Os discos rígidos actuais podem trazer até 2 MB de cache, que armazena os dados acedidos, diminuindo bastante o número de leituras. Dados armazenado no cache podem ser transferidos quase que instantaneamente, usando toda a velocidade permitida pela interface IDE, enquanto um acesso a dados gravados nos discos magnéticos demoraria muito mais tempo.
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto
de Carlos E Marimoto
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