A primeira vez que uma imagem digital é realmente visualizada é quando é aberta no computador. A imagem do ecrã da câmara é tão pequena, que a é difícil avaliar a sua qualidade. Visto isto, quais são as características a ter em atenção para decidir se determinada imagem pode ser melhorada? Nesta secção tentaremos iniciá-lo nesta capacidade de decisão. À medida que conseguir identificar as características de uma imagem que podem ser melhoradas, vai perceber que há mais do que uma forma de fazê-lo. Muitas pessoas começam por utilizar os ajustes automáticos, por serem simples. Todavia, não vai demorar muito tempo até descobrir ferramentas de edição muito mais poderosas. Apesar de necessitar de mais prática para as utilizar, o esforço adicional vale bem a pena. Para poder avaliar correctamente as imagens é necessário usar um sistema de gestão de cor, do qual falaremos mais tarde. Também é aconselhável ampliar as imagens a 100% (por vezes referido como 1:1 ou Tamanho Real), ou usar uma lupa digital, para examinar os detalhes.
Aqui são referidas algumas das características a ter em conta quando avalia as suas imagens;
Reenquadrar (em cima) uma imagem é uma maneira de enfatizar as suas partes mais importantes, ou de fazê-la caber num determinado formato, como por exemplo, numa revista. |
Avaliar o tamanho e a orientação
O tamanho e orientação originais de uma imagem são determinados pela câmara. Existem situações em que pode pretender alterar estas características.
O tamanho e orientação originais de uma imagem são determinados pela câmara. Existem situações em que pode pretender alterar estas características.
• É possível redimensionar uma imagem de duas maneiras – alterando o seu número de píxeis, através de um procedimento chamado interpolação. Este processo adiciona ou remove píxeis de forma a aumentar ou reduzir a imagem e é útil, por exemplo, para enviar imagens por e-mail ou publicá-las na Web. Também é possível ampliar o tamanho da imagem quando se pretendem fazer grandes impressões. No entanto, acrescentar píxeis a uma imagem nem sempre a torna melhor. De facto, costuma até ter o efeito inverso. Também é possível alterar o tamanho da imagem, sem alterar o número de píxeis (tamanho do documento) ao especificar um determinado número de píxeis por polegada. Este procedimento é utilizado no momento de imprimir ou exportar as imagens para outras aplicações.
• É possível remover partes da imagem através da ferramenta Reenquadrar. Pode-se reenquadrar uma imagem de forma a caber num formato específico, tal como um envelope ou um postal.
• Pode ser necessário rodar uma imagem, caso esta tenha sido tirada numa posição vertical, ou se a linha do horizonte estiver inclinada.
Avaliar a gama tonal
Dynamic range in music is the range between the faintest and loudest sounds Em música, a gama dinâmica é o intervalo entre o som mais fraco e o mais alto, reproduzíveis sem a ocorrência de distorção. Em fotografia, a gama dinâmica, chamada gama tonal, indica o intervalo de luminosidade de uma fotografia, entre o branco e o negro puros.
Existem duas maneiras de avaliar a gama tonal de uma imagem – através da sua visualização, ou com recurso a um histograma (referenciado na próxima secção do livro). É aconselhável usar sempre ambas as abordagens. Por exemplo, é possível analisar visualmente uma imagem e depois confirmar as razões que a levam a ter determinado aspecto no histograma.
Uma das formas de avaliar a gama tonal é com um histograma de mostra os vários níveis de luminosidade de uma imagem. |
Visualmente, as imagens que apresentam uma gama tonal completa têm um aspecto rico e vivo, com cores vibrantes e transições suaves entre os tons. Às imagens que não apresentam uma gama tonal completa, falta profundidade de cor e têm normalmente um aspecto monótono e sem relevo.
As áreas de altas luzes ou de sombras não apresentam detalhes, e a imagem pode estar demasiado clara ou escura. Nestes casos, deve-se ajustar ou expandir a sua gama tonal.
Os matizes podem ser organizados num círculo ou roda de cor. |
Avaliar as cores
O olho humano distingue as cores com base em três características – matiz, brilho e saturação, existe um modelo de cores baseado nestas características designado por HSB (hue, saturation, brightness). O monitor usa um modelo de cor diferente chamado RGB (red, green, blue), porque as cores são exibidas usando diferentes intensidades de luz vermelha, verde e azul. Ao avaliar as imagens, deve pensar-se em ambos os modelos, um para avaliar as cores e outro para procurar por dominantes de cor.
O olho humano distingue as cores com base em três características – matiz, brilho e saturação, existe um modelo de cores baseado nestas características designado por HSB (hue, saturation, brightness). O monitor usa um modelo de cor diferente chamado RGB (red, green, blue), porque as cores são exibidas usando diferentes intensidades de luz vermelha, verde e azul. Ao avaliar as imagens, deve pensar-se em ambos os modelos, um para avaliar as cores e outro para procurar por dominantes de cor.
Para avaliar as cores de uma imagem, pense em termos de matiz, brilho e saturação, visto que os três aspectos podem ser ajustados.
• No que respeita à cor real, o matiz é independente das outras pois a medição é feita através do seu comprimento de onda, enquanto que as outras duas características (saturação e brilho) modificam sempre o matiz de alguma forma. O matiz pode ser vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta, ou de qualquer cor intermédia.
• A saturação refere-se à intensidade ou pureza de uma cor. Quando ajusta a saturação em toda a sua gama, as cores vão desde um aspecto rico e vibrante até a um tom cinzento-escuro.
À medida que diminui a saturação (em cima), as cores tornam-se monótonas, e por fim ficam cinzentas. À medida em que diminui o brilho, as cores ficam mais escuras e por fim tornam-se pretas. |
• O brilho, também designado como luminância, refere-se à luminosidade relativa da cor. Esta é reduzida pela adição de preto e aumentada pela adição de branco. Quando ajusta o brilho usando toda a sua gama, as cores vão do branco ao negro. Este é o único dos três atributos, comum às imagens a preto e branco.
Uma dominante de cor é normalmente causada, quando uma ou mais componentes de cor (vermelho, verde e azul) estão demasiado altas ou baixas numa imagem. Isto pode ocorrer quando o balanço de brancos não foi usado correctamente, quando a cena é iluminada por fontes de luz de diversos tipos, ou mesmo quando uma superfície colorida é reflectida no objecto.
As dominantes de cor são bastante perceptíveis em imagens do pôr ou do nascer do sol – mas nesses casos, o efeito é geralmente agradável. É fácil identificar uma dominante de cor olhando para as áreas da imagem que deveriam ser brancas ou de um cinza neutro.
Se houver, nestas áreas, alguma cor misturada, quer dizer que a imagem tem uma dominante de cor que deve ser removida. As áreas de branco puro devem ter um valor de 255 para as três cores RBG (vermelho, azul e verde). Os valores RGB nas áreas cinzentas devem ser todos iguais, por exemplo, de 128 para as três cores, no caso de um cinzento médio. Nas áreas de preto puro, todos os valores devem ser de 0. Independentemente da cor neutra que está a examinar, sempre que um dos valores RGB seja mais alto ou mais baixo que os outros dois, quer dizer que existe uma dominante de cor.
Avaliar os detalhes
Ao examinar uma imagem, devem procurar-se pequenas imperfeições que podem ser retocadas. O sensor pode ter partículas de pó, que aparecem na imagem como pontos escuros. É possível haver uma pequena imperfeição na pele da pessoa retratada, que se torna demasiado visível quando a imagem é ampliada. Pode também haver reflexos ou até fios de telefone que pretende remover. Algumas pequenas áreas podem sair beneficiadas se as tornar mais claras ou escuras que o resto da imagem. O modelo de um retrato pode ficar com olhos vermelhos, causados pelo uso do flash numa sala escura.
Ao examinar uma imagem, devem procurar-se pequenas imperfeições que podem ser retocadas. O sensor pode ter partículas de pó, que aparecem na imagem como pontos escuros. É possível haver uma pequena imperfeição na pele da pessoa retratada, que se torna demasiado visível quando a imagem é ampliada. Pode também haver reflexos ou até fios de telefone que pretende remover. Algumas pequenas áreas podem sair beneficiadas se as tornar mais claras ou escuras que o resto da imagem. O modelo de um retrato pode ficar com olhos vermelhos, causados pelo uso do flash numa sala escura.
Avaliar a nitidez
A nitidez aparente de uma imagem depende muito da quantidade de contraste que existe ao longo dos contornos e das linhas. Se uma imagem está demasiado suave, pode ser melhorada ao usar a função sharpening, que adiciona contraste aos contornos. Muitos fotógrafos aplicam esta ferramenta a quase todas as imagens, ignorando-a apenas em algumas imagens, tais como cenas de nevoeiro, que são naturalmente suaves.
A função sharpening (à direita), aumenta o contraste entre áreas claras e escuras, de forma a que os contornos apareçam mais nítidos. |
O ruído pode degradar significativamente os tons suaves. |
Avaliar o ruído
Quando é usado um tempo de obturação muito longo, ou uma sensibilidade (ISO) muito alta, é possível que a imagem fique com ruído. Verifique se nas áreas escuras da imagem aparecem píxeis com cores arbitrárias, que se parecem com o grão de uma fotografia de filme.
Quando é usado um tempo de obturação muito longo, ou uma sensibilidade (ISO) muito alta, é possível que a imagem fique com ruído. Verifique se nas áreas escuras da imagem aparecem píxeis com cores arbitrárias, que se parecem com o grão de uma fotografia de filme.
Edição global ou local
Alguns dos ajustes abordados nesta secção afectam a imagem inteira, e outros apenas partes específicas. Estes ajustes, aos quais chamamos edição global ou local, serão abordados nas secções seguintes.
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