terça-feira, 11 de março de 2014

Prunella collaris, Ferreirinha-serrana, Ferreirinha-alpina


Taxonomia
Aves, Passeriformes, Prunellidae.

Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
QUASE AMEAÇADO - NT*
Fundamentação: Espécie com população reduzida (inferior a 1.000 indivíduos maturos).

No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.

Distribuição
Espécie que na maioria das situações nidifica em encostas montanhosas rochosas entre os limites arborizados e as neves permanentes, numa distribuição que para a subespécie nominal inclui o noroeste africano, a Europa Ocidental e Central até à Roménia, chegando ao sudoeste europeu (Hagemeijer & Blair 1997).

População
A população nacional foi estimada como sendo inferior a 1.000 indivíduos, com base em informação recolhida em alguns atlas regionais (por exemplo o Atlas das Aves da Peneda-Gerês (Pimenta & Santarém 1996), bem como em observações de campo de ornitólogos (G Elias, C Pacheco, R Rufino, com. pess.). Este valor foi estimado de acordo com registos efectuados principalmente ao longo das duas últimas décadas, os quais revelam uma reduzida oscilação interanual nos efectivos observados.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004) e Em Espanha, está classificada como Pouco Preocupante (LC)  (Madroño et al. 2004). Admitiu-se assim um risco de extinção em Portugal mais reduzido, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.

Habitat
Os registos da espécie no nosso país correspondem a observações de pequenos bandos em habitats de montanha, em particular a Serra da Estrela, aparentemente uma das áreas preferenciais de ocorrência, em Marvão, na Peneda-Gerês e noutras áreas de maior altitude. A sua presença no território nacional pode ser igualmente observada em habitats de outras tipologias, nomeadamente em zonas com boa cobertura arbustiva, junto a linhas de água, no interior alentejano (Elias et al. 1998), associada a zonas húmidas no Paul do Boquilobo e na faixa costeira, no litoral sul do país (R Rufino, com. pess.).

Factores de Ameaça
O seu ecletismo em termos de habitat durante o período invernada traduz-se numa ocorrência em habitats com diferentes características, não sendo por isso possível caracterizar eventuais factores de ameaça para a espécie.

Medidas de Conservação
Espécie que não necessita de medidas de conservação específicas, para além das que estão estabelecidas para a conservação e protecção das espécies de aves e respectivos habitats. É, no entanto, aconselhável elevar o esforço na obtenção de um maior volume de informação, nomeadamente com a monitorização da população da espécie em Portugal com recurso, por exemplo, a um atlas de aves invernantes a nível nacional.

in Livro Vermelho dos Vertebrados





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