As imagens digitais são formadas por minúsculos pontos de cor. Esses pontos, que normalmente existem aos milhões numa imagem, são tão pequenos e estão tão juntos que se combinam e transformam nos tons suaves e contínuos que estamos habituados a ver nas fotografias captadas em filme. As imagens digitais podem ser captadas directamente com câmaras digitais, ou através da digitalização de transparências, negativos, ou provas impressas. O resultado final é uma imagem num formato universalmente reconhecido, que pode ser facilmente manipulado, distribuído e utilizado. Este formato digital de imagem, e em particular o desenvolvimento da Internet, abriram novas portas para a fotografia, como mostraremos neste texto. Vamos começar por dar uma vista de olhos às câmaras e imagens digitais. Neste capítulo encontrará as bases para a compreensão da fotografia digital.
Muito antes da descoberta da fotografia, os artista já utilizavam câmaras escuras (ou “camera obscuras”, em Italiano). A luz entrava na câmara através de uma pequena abertura, chamada pinhole (buraco de agulha ou orifício estenopeico), projectando uma imagem de uma cena na parede oposta.
Inicialmente, estas câmaras especiais eram desenhadas apenas para demonstrar este fenómeno “mágico” mas, no século XVI, os artistas italianos diminuíram o tamanho das enormes câmaras e criaram caixas portáteis, substituindo os buracos de agulha por uma objectiva, adicionando um espelho para inverter a imagem e uma superfície de vidro translúcido onde a imagem era projectada e visualizada.
Desta forma podiam desenhar manualmente as imagens projectadas.
Mas Henry Fox Talbot pretendia captar directamente as imagens e, foi esse impulso que, mais tarde, levou à invenção da fotografia. No entanto, apesar das enormes evoluções tecnológicas ao longo dos anos, a caixa escura e as objectivas continuam a ser as bases da fotografia moderna.
As câmaras foram descobertas antes da fotografia. Centenas de anos antes de conseguirem registar directamente as imagens, as pessoas já viam as imagens projectadas.
Abu Ali Hasan Ibn al-Haitham, também conhecido Alhazen, que vemos nesta nota de 10.000 dinares iraquianos, apresentou a primeira explicação correcta sobre a visão, demonstrando que a luz é reflectida para os olhos a partir de um objecto. Ele afirmou ter “inventado” a câmara obscura.
Esta é a vista de uma câmara fotográfica. Com os seus foles flexíveis removidos, podemos ver o vidro, que funciona como o plano de focagem e que, quando se tira a fotografia, é substituído por película ou por um sensor digital. A objectiva projecta a cena invertida nesse plano. Imagem cortesia HP.
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