terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Hippolais opaca, Felosa-pálida


Taxonomia
Aves, Passeriformes, Sylviidae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante.

Classificação
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção. Com efeito, não são conhecidos parâmetros básicos referentes a esta espécie, como o estatuto da espécie em Portugal, o tamanho da população e as tendências populacionais.

Trata-se certamente de uma espécie sensível, dado o reduzido número de observações, sugerindo uma população muito pequena.

Distribuição
Distribui-se pela Península Ibérica e Noroeste de Africa até à Tunísia e à Líbia (Cramp 1998).

Em Portugal encontra-se apenas nalgumas localidades do Alto e do Baixo Alentejo, junto à fronteira espanhola, assim como nas serras algarvias (Rufino 1989, ICN dados não publicados, CC Moore, com. pess., R Matias, com. pess.). 

No entanto, não foi, até à data, identificado nenhum local neste país com uma população regularmente nidificante.
 
A espécie também é muito rara nas regiões espanholas próximas da fronteira portuguesa (Chiclana 2003).

População
Não está ainda confirmada a existência de uma população nidificante regular em Portugal, pelo que se desconhece o seu tamanho; no entanto, essa população, a existir, deverá contar menos de 1.000 indivíduos maturos.

A comparação dos dois Atlas nacionais sugere que poderá ter havido um recuo nas zonas de ocorrência no Algarve oriental, mas por outro lado indica uma possível expansão no Alto Alentejo. Nenhuma destas tendências pode ser comprovada com segurança com base na informação actualmente disponível. É portanto impossível saber qual a tendência populacional dominante.

Em Espanha é considerada Quase Ameaçado (NT), por apresentar uma distribuição bastante reduzida e fragmentada, sendo assim muito sensível a qualquer perda ou alteração do habitat (Chiclana 2003, Madroño et al. 2004).

Habitat
Habita zonas quentes e secas do interior, onde predominam matos esparsos, montados de azinho Quercus rotundifolia pouco desenvolvidos, olivais, pomares e amendoais; frequenta vegetação arbustiva e arbórea junto a linhas de água, como sejam silvados, salgueiros Salix spp., freixos Fraxinus spp., ou mesmo hortas com pequenas sebes (Rufino 1989, CC Moore, com. pess., R Matias, com. pess.).

Factores de Ameaça
O abandono dos usos do solo tradicionais, com a consequente sucessão natural e alteração da vegetação, e as plantações de eucaliptos Eucalyptus spp. ou pinheiros Pinus spp., são ameaças potenciais, mas cuja influência real é desconhecida.

Medidas de Conservação
É urgente avaliar a situação desta espécie em Portugal, através de censos dirigidos, estudos de selecção do habitat e monitorização da população.

Notas
Existem diversas observações de machos a cantar em habitat apropriado mas a nidificação não está confirmada.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


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