domingo, 6 de março de 2016

Grandes Guitarristas XII

Paco cresceu no seio de uma família de músicos de flamenco que cedo o encorajaram a aprender guitarra. Rapidamente revela-se um prodígio, fortemente influenciado por Nino Ricardo e Sabicas. Adolescente, ganha numerosos prémios devido à sua técnica rápida e inventiva, e a um sentido inato do ritmo. Nos anos 60, continua a aperfeiçoar a delicadeza das articulações e dos improvisos acrescentando-lhes força e profundidade. No álbum Fuente y Caudal (1973), o titulo com o mesmo nome é uma taranta com modulações mouriscas, interpretada com uma intensidade sombria, harmonias cristalinas, linhas expressivas e tremolos. Na rumba "Entre Dos Aguas", um êxito na Espanha, De Lucia propõe uma abordagem popular moderna, com uma secção rítmica composta por um baixo eléctrico e percussão. Continua a explorar novas facetas do flamenco no álbum Almoraima (1976), em que o titulo principal, uma buleria, se une a ritmos sincopados, melodia delicada e influências latino-jazz. A rumba "Rio Ancho" expõe um ritmo sensual, temas líricos e passagens inventivas. No álbum Castro Marin (1979), toca em trio com os músicos de jazz John McLaughlin e Larry Coryell, misturando assim jazz, flamenco e outras influências. A seguir, forma o trio com John McLaughlin e Al Di Meola, onde se cruzam ritmos intensos e diálogos virtuoso entre instrumentos.

Uma técnica fora de série
Com os rasgueados, picados, alzapuas e
tremolos, De Lucia, criou uma técnica
instrumental sofisticada.
Dc Lucia participa ainda integrando outras formações, como em sexteto no álbum Solo Quiero Caminar (1981).

Tambem gravou soberbas árias de flamenco tradicionais, como "La Barrosa" (1987) e a homenagem a Sabicas "Tio Sabas" (1990). A sua extraordinária velocidade e os improvisos de génio fazem de Paco de Lucia um mestre da guitarra flamenca.

Horizontes musicais
Paco de Lucia introduziu a utilização de arranjos livres de temas flamencos e inovou em termos de secção rítmica moderna.

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