Inspirado pelas músicas pop, soul, folk e por ritmos africanos, Johnny Marr criou um estilo muito trabalhado à volta de melodias cuidadosamente construídas e de um universo musical muito pessoal. Com o vocalista dos The Smiths, Morrissey, compôs arranjos magníficos que podem ser ouvidos no seu álbum The Smiths (1984). Os seus arpejos e melodias de carácter melancólico acompanham maravilhosamente os voos líricos de Morrissey. O álbum The Queen Is Dead (1986) abandona as criações harmónicas de Marr, que mistura guitarra acústica e eléctrica para fazer sobressair as músicas.
Depois da separação do grupo em 1987, Marr continua a explorar as correntes pop, funk e soul com o grupo The The e o álbum Mind Bomb (1989), e colabora com Bernard Sumner na realização do álbum Electronic (1991). Compôs um vasto repertório de canções e peças musicais de guitarra límpidas e inteligentes.
Desde a juventude, Pat Martino compõe um vocabulário jazz. Influenciado por Wes Montgomery, entre outros, apropria-se de elementos do blues e do jazz modal. Inspira-se nos licks bop do saxofonista John Coltrane e chegara mesmo a compor um opus em sua honra. Nos finais dos anos 60 e inícios dos anos 70, continua a inovar. Em Desperado (1970), toca a composição de Sonny Rollins "Oleo", com um solo constituído por uma série de linhas bop arrebatadas e com um swing insistente conservando a exactidão de um metrónomo. Encontramos a fluidez cativante da sua técnica em Impressions (1974) de Coltrane, onde constrói o seu solo com frases blues esmaltadas com motivos que acompanham a melodia intervaladamente.
O som ímpar de Martino tem um dinamismo e uma riqueza criativa raros. A sua técnica contribui para o aperfeiçoamento do solo jazz contemporâneo.
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