Taxonomia
Reptilia, Serpentes, Viperidae.
Reptilia, Serpentes, Viperidae.
Tipo de ocorrência
Residente.
Residente.
Classificação
EM PERIGO – EN (B1ab(i,ii,iii,iv,v) + 2ab(i,ii,iii,iv,v))
Fundamentação: Espécie com extensão de ocorrência e área de ocupação inferiores a cerca de 2.000 e 200 km2, respectivamente. Apresenta fragmentação elevada e um declínio continuado da extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade dos habitats, do número de localizações e do número de indivíduos maduros.
EM PERIGO – EN (B1ab(i,ii,iii,iv,v) + 2ab(i,ii,iii,iv,v))
Fundamentação: Espécie com extensão de ocorrência e área de ocupação inferiores a cerca de 2.000 e 200 km2, respectivamente. Apresenta fragmentação elevada e um declínio continuado da extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade dos habitats, do número de localizações e do número de indivíduos maduros.
Distribuição
Esta espécie distribui-se pelo Noroeste de Portugal Continental, Norte de Espanha e em áreas de reduzidas dimensões no extremo Sudoeste de França (Gasc et al. 1997).
Em Portugal, ocorre no Minho e em Trás-os-Montes, com uma distribuição restrita a 1,3% do território continental português (Godinho et al. 1999, Ferrand de Almeida et al. 2001).
População
A víbora de Seoane apresenta um reduzido efectivo populacional, repartido por três subpopulações isoladas entre si: (i) Paredes de Coura; (ii) Castro Laboreiro e Soajo e (iii) Tourém, Montalegre e Larouco (Godinho et al. 1999, Ferrand de Almeida et al. 2001, Brito & Crespo 2002). Estas subpopulações encontram-se associadas a zonas fragmentadas de habitat favorável, cuja progressiva perda e degradação sugerem declínio nos seus efectivos populacionais.
A víbora de Seoane apresenta um reduzido efectivo populacional, repartido por três subpopulações isoladas entre si: (i) Paredes de Coura; (ii) Castro Laboreiro e Soajo e (iii) Tourém, Montalegre e Larouco (Godinho et al. 1999, Ferrand de Almeida et al. 2001, Brito & Crespo 2002). Estas subpopulações encontram-se associadas a zonas fragmentadas de habitat favorável, cuja progressiva perda e degradação sugerem declínio nos seus efectivos populacionais.
Habitat
Ocorre principalmente em zonas de lameiros, pastagens, prados e matagais, frequentemente rodeados por muros de pedra, com cobertura arbustiva baixa, mais ou menos densa, na proximidade de cursos de água. Pode ainda ocorrer em zonas de floresta (Ferrand de Almeida et al. 2001, Brito & Crespo 2002, Brito 2003c).
Ocorre principalmente em zonas de lameiros, pastagens, prados e matagais, frequentemente rodeados por muros de pedra, com cobertura arbustiva baixa, mais ou menos densa, na proximidade de cursos de água. Pode ainda ocorrer em zonas de floresta (Ferrand de Almeida et al. 2001, Brito & Crespo 2002, Brito 2003c).
Factores de Ameaça
As principais ameaças que têm vindo a afectar as populações da víbora de Seoane são a perda e a degradação do habitat por acção antropogénica devido fundamentalmente a: (i) fogos; (ii) abandono da agricultura tradicional, nomeadamente, o corte dos fenos com gadanha em favor das máquinas industriais e (iii) a implantação de infra-estruturas urbanas. Estes factores de ameaça são comuns às populações que ocorrem na Galiza (Braña 1997, Galán 1999, Braña 2002) e têm contribuído para a fragmentação das áreas de habitat favorável para esta espécie, tornando-se problemática a sobrevivência, a longo-prazo, destes isolados.
Constituem ainda factores de ameaça com efeitos consideráveis a mortalidade por atropelamento nas estradas e a perseguição directa em virtude da aversão ou de crenças populares (Brito 2003c, Brito & Álvares 2004).
Para além destes factores, a víbora de Seoane apresenta um conjunto de características biológicas, tais como crescimento lento, maturação sexual tardia, frequência de reprodução bienal, mobilidade reduzida, bem como elevada especialização trófica e na utilização dos habitats (Braña 1978, Braña et al. 1988, Braña 1997, Brito & Crespo 2002, Brito 2003c). Estas características dificultam a colonização de novos habitats favoráveis que se encontrem mesmo a curta/média distância.
Assim, a espécie encontra-se bastante vulnerável a alterações e perdas de habitat.
Medidas de Conservação
É fundamental proceder-se à manutenção e conservação dos seus habitats, sendo considerado relevante: (a) empreender acções mais eficazes na prevenção de incêndios florestais; (b) conservar as sebes e muros de pedra que servem para delimitar os lameiros e terrenos agrícolas; (c) conservar as áreas florestais autóctones; (d) conservar habitats de montanha e ainda (e) procurar manter, sempre que possível, as práticas agrícolas tradicionais, nomeadamente incentivar o corte dos fenos a uma altura ligeiramente superior em relação ao solo.
É fundamental proceder-se à manutenção e conservação dos seus habitats, sendo considerado relevante: (a) empreender acções mais eficazes na prevenção de incêndios florestais; (b) conservar as sebes e muros de pedra que servem para delimitar os lameiros e terrenos agrícolas; (c) conservar as áreas florestais autóctones; (d) conservar habitats de montanha e ainda (e) procurar manter, sempre que possível, as práticas agrícolas tradicionais, nomeadamente incentivar o corte dos fenos a uma altura ligeiramente superior em relação ao solo.
Consideram-se também necessárias iniciativas de educação a nível escolar, bem como campanhas de sensibilização. São também relevantes as acções de investigação dirigidas para a determinação dos efectivos populacionais e da área de distribuição, principalmente no núcleo de Paredes de Coura, onde a situação das suas populações é desconhecida.
Outra bibliografia consultada
Saint-Girons & Duguy (1976); Saint-Girons (1981); Brito (2003a).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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