Taxonomia
Aves, Accipitriformes, Accipitridae.
Aves, Accipitriformes, Accipitridae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante.
Estival nidificante.
Classificação
EM PERIGO - EN (C2a(ii))
Fundamentação: Espécie com população reduzida (inferior a 2.500 indivíduos maturos) que se admite sofrer declínio continuado, e em que todos os indivíduos estão concentrados numa única subpopulação.
EM PERIGO - EN (C2a(ii))
Fundamentação: Espécie com população reduzida (inferior a 2.500 indivíduos maturos) que se admite sofrer declínio continuado, e em que todos os indivíduos estão concentrados numa única subpopulação.
Distribuição
A águia-caçadeira reproduz-se na Eurásia e norte de África, desde a Península Ibérica e Marrocos até cerca do paralelo 60, no sul da Sibéria e Ásia norte-central (Cramp 1998).
A águia-caçadeira reproduz-se na Eurásia e norte de África, desde a Península Ibérica e Marrocos até cerca do paralelo 60, no sul da Sibéria e Ásia norte-central (Cramp 1998).
Inverna na África subsariana, principalmente no Sudão, Etiópia e África do Leste e no sub-continente indiano (Hagemeijer & Blair 1997).
Em Portugal ocorre como nidificante em grande parte do território nacional, de norte a sul, em particular na metade este do país, acompanhando a distribuição dos terrenos abertos com searas nas planícies do Alentejo e os planaltos serranos do centro-leste e norte (Onofre & Rufino 1995). Está praticamente ausente de grande parte do oeste do país e do Algarve (ICN dados não publicados).
População
Em 1995, Onofre & Rufino (1995) estimaram a população nacional em 900-1.200 casais, não tendo sido posteriormente actualizada esta estimativa. Não é conhecida com rigor a tendência global da população nacional mas, atendendo à grande diminuição da cerealicultura extensiva, de que depende a larga maioria dos seus efectivos e que tem acontecido de forma generalizada a todo o país, admite-se que a sua dimensão tem vindo a sofrer um declínio continuado.
Em 1995, Onofre & Rufino (1995) estimaram a população nacional em 900-1.200 casais, não tendo sido posteriormente actualizada esta estimativa. Não é conhecida com rigor a tendência global da população nacional mas, atendendo à grande diminuição da cerealicultura extensiva, de que depende a larga maioria dos seus efectivos e que tem acontecido de forma generalizada a todo o país, admite-se que a sua dimensão tem vindo a sofrer um declínio continuado.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada (BirdLife International 2004).
Habitat
O habitat em Portugal é constituído por áreas onde predomina a cerealicultura extensiva, na qual ocorre a maior parte da população portuguesa e cujos biótopos de nidificação são as searas de trigo e aveia e, mais raramente, as searas de cevada, pastagens ou pousios, trigo de regadio (Onofre & Rufino 1995). Nas serras do norte e do centro, o habitat é constituído por matos de urze, tojo ou giesta, searas de centeio e pastagens de montanha, nidificando em zonas de mato e centeio (Onofre & Rufino 1995). Em zonas de estuário e em dunas costeiras poderá nidificar em sapais e em vegetação dunar, respectivamente (Onofre & Rufino 1995, Santos 1998).
O habitat em Portugal é constituído por áreas onde predomina a cerealicultura extensiva, na qual ocorre a maior parte da população portuguesa e cujos biótopos de nidificação são as searas de trigo e aveia e, mais raramente, as searas de cevada, pastagens ou pousios, trigo de regadio (Onofre & Rufino 1995). Nas serras do norte e do centro, o habitat é constituído por matos de urze, tojo ou giesta, searas de centeio e pastagens de montanha, nidificando em zonas de mato e centeio (Onofre & Rufino 1995). Em zonas de estuário e em dunas costeiras poderá nidificar em sapais e em vegetação dunar, respectivamente (Onofre & Rufino 1995, Santos 1998).
Factores de Ameaça
De entre os factores que mais ameaçam esta espécie contam-se (Onofre 1994, Onofre & Rufino 1995, Claro 2000):
- abandono e declínio rápido da cerealicultura extensiva;
- elevada mortalidade de ovos e crias, provocada pela maquinaria agrícola durante a ceifa e por predadores naturais (raposa, corvídeos, entre outros).
Estes factores tendem a baixar consideravelmente a produtividade das populações que nidificam em terras de cereais praganosos.
Medidas de Conservação
Esta espécie tem sido alvo de projecto de salvamento de ninhos, com vista a reduzir a mortalidade decorrente da ceifa e testar a eficácia de diferentes medidas preventivas (Claro 2004). Este projecto foi recentemente reforçado através de integração desta vertente num projecto Interreg "Conservação da Fauna Ameaçada das Regiões Alentejo, Centro e Extremadura - FAUNATRANS/SP4.E16" (Claro et al. in press), incluindo realização de inquéritos e acções de sensibilização junto a agricultores, com a colaboração das respectivas associações.
Esta espécie tem sido alvo de projecto de salvamento de ninhos, com vista a reduzir a mortalidade decorrente da ceifa e testar a eficácia de diferentes medidas preventivas (Claro 2004). Este projecto foi recentemente reforçado através de integração desta vertente num projecto Interreg "Conservação da Fauna Ameaçada das Regiões Alentejo, Centro e Extremadura - FAUNATRANS/SP4.E16" (Claro et al. in press), incluindo realização de inquéritos e acções de sensibilização junto a agricultores, com a colaboração das respectivas associações.
Está incluída num plano nacional de acção para a conservação de aves estepárias (Almeida et al. 2003), sendo fundamental a implementação do mesmo. Entre as medidas de conservação, para inversão dos principais factores de ameaça, destacam-se:
- conservação do habitat, nomeadamente através da divulgação de Medidas Agro-Ambientais mais favoráveis à sua gestão, para além da revitalização do Plano Zonal de Castro Verde, a elaboração e implementação de outros planos zonais, ou, ainda, a generalização da manutenção de faixas ou de pequenas áreas permanentes de vegetação espontânea nos terrenos de agricultura mais ou menos intensiva;
- acções de sensibilização e de acompanhamento de agricultores relativamente à conservação/protecção de ninhos em searas e fenos durante as ceifas;
- acções continuadas de protecção directa e intensiva de ninhos, suas posturas e ninhadas em locais de reconhecida importância ao nível regional ou nacional.
- realização de censos e monitorização da população.
Notas
A população portuguesa representa cerca de 13% da população europeia, excluídas as populações russas.
A população portuguesa representa cerca de 13% da população europeia, excluídas as populações russas.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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