Tipo de ocorrência
Continente: Migradora anádroma.
Continente: Migradora anádroma.
Classificação
Continente: VULNERÁVEL - VU (B2ab(ii,iii))
Fundamentação: Espécie com área de ocupação reduzida (menor que 100 km2) e fragmentação elevada por ocorrer em menos de dez bacias hidrográficas. Verifica-se um declínio continuado na área de ocupação, associado a uma degradação da qualidade do habitat.
Continente: VULNERÁVEL - VU (B2ab(ii,iii))
Fundamentação: Espécie com área de ocupação reduzida (menor que 100 km2) e fragmentação elevada por ocorrer em menos de dez bacias hidrográficas. Verifica-se um declínio continuado na área de ocupação, associado a uma degradação da qualidade do habitat.
Distribuição
Ocorre nas bacias hidrográficas mediterrânicas e nas bacias atlânticas do Canadá, Estados Unidos da América, Islândia e Europa (Halliday, 1991).
Ocorre nas bacias hidrográficas mediterrânicas e nas bacias atlânticas do Canadá, Estados Unidos da América, Islândia e Europa (Halliday, 1991).
Em Portugal a sua presença está confirmada nas principais bacias hidrográficas a norte do rio Sado, estando igualmente presente na bacia hidrográfica do Guadiana (Almeida et al. 2002). Na Madeira ocorre nas águas costeiras mas não está confirmada a sua entrada nas pequenas linhas de água deste arquipélago.
População
O efectivo populacional, correspondente aos reprodutores que anualmente entram nas bacias hidrográficas nacionais, foi calculado a partir das capturas dos pescadores profissionais nos rios Minho (Leite 1999) e Mondego (PR Almeida com. pess.) e não deve atingir os 100.000 indivíduos. Poderá ter tido uma tendência populacional decrescente deduzida a partir da redução na área e qualidade do habitat, bem como dos níveis actuais de exploração comercial. Não existem evidências da ocorrência de um declínio continuado no efectivo populacional.
Habitat
Os rios permanentes constituem o principal habitat da fase larvar desta espécie, sendo também utilizados como percurso migratório, à semelhança das zonas estuarinas, pelos adultos durante a migração reprodutora, e posteriormente pelos juvenis no decurso da migração trófica. O mar corresponde ao habitat eleito como área de crescimento (Almeida et al. 2002, Almeida & Quintella 2002).
Os rios permanentes constituem o principal habitat da fase larvar desta espécie, sendo também utilizados como percurso migratório, à semelhança das zonas estuarinas, pelos adultos durante a migração reprodutora, e posteriormente pelos juvenis no decurso da migração trófica. O mar corresponde ao habitat eleito como área de crescimento (Almeida et al. 2002, Almeida & Quintella 2002).
Factores de Ameaça
As ameaças mais graves para a lampreia-marinha são as que incidem na fase continental do seu ciclo de vida, das quais se destacam a construção de barragens e açudes, que alteram as zonas de desova ou impedem o seu acesso. A área disponível para a reprodução está reduzida e continua a diminuir devido aos factores de ameaça sobre o seu habitat, tais como a poluição, a exploração de inertes e a alteração regime natural de caudais (devido à exploração dos recursos hídricos e ao regime de exploração das barragens). Também a captura de exemplares com fins comerciais (pesca profissional e furtivismo) tem contribuído para o delapidar deste recurso (Almeida et al. 2002).
Medidas de Conservação
A lampreia-marinha está abrangida pela legislação nacional e internacional de conservação. Parte dos rios Minho, Lima, Vouga, Tejo e Guadiana foram designados para a lista nacional de sítios de acordo com a Directiva Habitats devido à presença de lampreia-marinha, entre outros valores, mas carecem ainda de medidas de ordenamento e gestão dirigidas à espécie. A lampreia-marinha tem sido alvo de alguns estudos relativos ao seu efectivo populacional, distribuição, biologia, ecologia, genética, estado do habitat e ameaças (e.g. Almeida et al. 2000b, c, Almeida & Quintella 2002, Quintella et al. 2003, 2004).
A lampreia-marinha está abrangida pela legislação nacional e internacional de conservação. Parte dos rios Minho, Lima, Vouga, Tejo e Guadiana foram designados para a lista nacional de sítios de acordo com a Directiva Habitats devido à presença de lampreia-marinha, entre outros valores, mas carecem ainda de medidas de ordenamento e gestão dirigidas à espécie. A lampreia-marinha tem sido alvo de alguns estudos relativos ao seu efectivo populacional, distribuição, biologia, ecologia, genética, estado do habitat e ameaças (e.g. Almeida et al. 2000b, c, Almeida & Quintella 2002, Quintella et al. 2003, 2004).
É importante efectuar a implementação das medidas preconizadas nos diversos planos de ordenamento territorial recentemente elaborados (e.g. Planos de Bacia Hidrográfica) e na Directiva-Quadro da Água que deverão atingir a melhoria permanente da qualidade dos habitats aquáticos. Para a conservação da lampreia-marinha é preciso assegurar a continuidade longitudinal dos rios, nomeadamente através da implementação de passagens para peixes, para permitir o acesso da espécie às zonas de desova e efectuar a reabilitação dos locais de reprodução habituais. Outras acções necessárias são o controlo da poluição e da extracção de inertes, a reabilitação dos regimes hidrológicos naturais e a gestão sustentada da pesca. É essencial monitorizar as populações existentes, aprofundar o conhecimento sobre o estado do habitat e avaliar o sucesso de algumas propostas de intervenção ao nível do habitat. Deve também ser efectuada uma campanha de sensibilização do público em geral e das comunidades piscatórias ribeirinhas, em particular, para a importância da sua conservação (Almeida et al. 2000a).
Notas
Não foi efectuada a avaliação da espécie na Madeira por os indivíduos não completarem o crescimento nas águas insulares.
Outra bibliografia consultada
Hardisty & Potter (1971b); Hardisty (1979); Maitland (1980).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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