Taxonomia
Actinopterygii, Gasterosteiformes, Gasterosteidae.
Actinopterygii, Gasterosteiformes, Gasterosteidae.
Tipo de ocorrência
Exibe populações migradoras anádromas e populações residentes.
Classificação
EM PERIGO EN (B2ab(iii,v)c(iv))
Fundamentação: Espécie com área de ocupação muito reduzida (menor que 30 km2) associada a uma distribuição severamente fragmentada e ainda a um declínio continuado da qualidade do habitat. A inexistência de informação relativa à tendência populacional abre a possibilidade de poder ter ocorrido um declínio continuado no número de indivíduos maduros ou estar sujeita a uma flutuação acentuada dos seus efectivos.
EM PERIGO EN (B2ab(iii,v)c(iv))
Fundamentação: Espécie com área de ocupação muito reduzida (menor que 30 km2) associada a uma distribuição severamente fragmentada e ainda a um declínio continuado da qualidade do habitat. A inexistência de informação relativa à tendência populacional abre a possibilidade de poder ter ocorrido um declínio continuado no número de indivíduos maduros ou estar sujeita a uma flutuação acentuada dos seus efectivos.
Distribuição
Ocorre nos rios que desaguam no Mediterrâneo e na costa europeia do Atlântico a sul do Canal da Mancha e ao longo da costa oeste das Ilhas Britânicas e na bacia hidrográfica do Reno (Kottelat 1997).
Em Portugal a sua presença está confirmada nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira e algumas ribeiras do Algarve (Almeida 2002, Mesquita & Coelho 2002).
População
Calcula-se que o número de indivíduos maduros seja superior a 10.000. Esta espécie é mais abundante nas bacias hidrográficas do norte do país.
Com base na informação referente às populações espanholas (Doadrio 2001a), é muito provável que tenha existido uma redução no efectivo populacional nos últimos anos, resultante do declínio da qualidade do habitat, em particular devido à poluição do meio aquático.
Existe um profundo desconhecimento desta espécie em Portugal, razão pela qual não é possível determinar se ocorreu um declínio continuado da sua população.
Contudo, observações pontuais efectuadas pelos autores em determinadas bacias hidrográficas, fazem pressupor que o seu efectivo populacional poderá estar sujeito a acentuadas flutuações interanuais, observando-se uma tendência geral de decréscimo.
Habitat
Os rios permanentes constituem o principal habitat das populações dulciaquícolas desta espécie. No caso dos núcleos populacionais anádromos, o habitat utilizado inclui o litoral costeiro adjacente aos estuários, as zonas estuarinas e os ambientes dulciaquícolas (Viegas 1949, Maitland & Linsell 1986, Almaça 1996, Doadrio 2001a).
Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça estão relacionados com a perda de habitat resultante da construção de barragens e açudes, da extracção de inertes, da poluição aquática e da introdução de espécies não-indígenas piscívoras, em particular o lagostim-vermelho Procambarus clarkii (Doadrio 2001a, Foster et al. 2003).
Medidas de Conservação
Esta espécie está abrangida pela legislação nacional de defeso. Nos ambientes dulciaquícolas a implementação de planos de ordenamento, designadamente os Planos de Bacia Hidrográfica e as medidas preconizadas na Directiva-Quadro da Água deverão atingir a melhoria permanente da qualidade dos habitats aquáticos e melhorar as condições para a espécie. Para a conservação do esgana-gata é preciso efectuar a recuperação dos seus habitats.
Esta espécie está abrangida pela legislação nacional de defeso. Nos ambientes dulciaquícolas a implementação de planos de ordenamento, designadamente os Planos de Bacia Hidrográfica e as medidas preconizadas na Directiva-Quadro da Água deverão atingir a melhoria permanente da qualidade dos habitats aquáticos e melhorar as condições para a espécie. Para a conservação do esgana-gata é preciso efectuar a recuperação dos seus habitats.
As lacunas de conhecimento relativas a esta espécie justificam a realização de estudos científicos no domínio da dinâmica populacional, biologia e ecologia, estado do habitat e ameaças. É igualmente aconselhável um estudo que determine quais as medidas de conservação adequadas à espécie e pôr em prática um plano de monitorização que avalie periodicamente a tendência demográfica das populações nacionais.
Notas
No caso da outra espécie de esgana-gata Gasterosteus aculeatus L. são conhecidos núcleos populacionais ocorrentes na mesma bacia hidrográfica que exibem características distintas no que concerne a fenómenos migratórios. Snyder (1991) descreve para a mesma bacia hidrográfica a existência de uma população estuarina que evidencia uma marcada anadromia, invernando na zona marinha costeira e efectuando uma migração reprodutora para os ambientes dulciaquícolas durante a Primavera e ainda duas populações dulciaquícolas, uma sedentária e outra migradora que utiliza duas zonas distintas, uma para passar o Inverno e outra para se reproduzir. Embora não existam informações consistentes para as populações portuguesas de esgana-gata, é muito provável que a situação descrita anteriormente para G. aculeatus se verifique igualmente em Portugal com G. gymnurus.
Outra bibliografia consultada
Rebelo & Pombo (2001); Wood (2003).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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