quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cerimónias no escutismo

As cerimónias escutistas são sempre motivadas pela alegria. Desde a origem do Movimento, ainda chefiado por B.P., a inspiração das cerimónias remeteu-se aos ritos e brincadeiras da tribo Zulu e da cultura de outros povos, mesclados com o cerimonial do Exército Britânico.

Por tradição, repletos de símbolos, destacam algo especial que deve ficar marcado na lembrança do jovem e da Secção ou do Agrupamento. 

As cerimónias escutistas devem ser:

Significativas: para que fique claro que o momento ressalta a importância de um passo, realização ou compromisso, o que acontecerá deve ser previamente explicado ao jovem (actor principal), a todos os participantes (outros jovens, escuteiros e dirigentes) e aos convidados.

Breves: a simplicidade deve marcar qualquer cerimónia escutista. Assim, devem ter um só propósito, evitando-se juntar na mesma ocasião tipos diferentes de cerimónias, repetir várias vezes o mesmo acto ou sobrecarregá-las com inúmeros rituais e longos discursos.
Dinâmicas: desenvolvidas de modo contínuo e sem intervenções, tudo o que se diz deve ser ouvido por todos. Os participantes devem ter cada qual o seu papel, o que os manterá atentos e activos.

Impecáveis: no dia da cerimónia, tanto o candidato como os outros participantes devem ter uma apresentação impecável, dando especial atenção ao uniforme. Deve haver uma preparação antecipada, de modo que todo o material esteja pronto e disponível no local antes que a cerimónia tenha início. Recomenda-se que todos saibam com antecedência o que têm a fazer e que tenham sido convidadas pessoas cuja presença seja importante tanto para o jovem quanto para a ocasião. Os horários estipulados devem ser rigorosamente respeitados.

Naturais e autênticas: as palavras, gestos e sinais que compõem a cerimónia devem ser expressos com naturalidade e adequados à faixa etária. O tom deve ser afectuoso, sem teatralizações e as lembranças e ideias que por ventura forem evocadas sejam do repertório de vida do jovem, objecto da cerimónia.

Em momento oportuno e local adequado: quando o principal interessado está disposto (decisão individual), preparado (consenso entre os envolvidos) ou quando atingir a idade limite (em caso de mudança de Secção) é chegado o momento de realizar a cerimónia. O local ideal é ao ar livre e o lugar e a hora devem ser cuidadosamente escolhidos para que propiciem conforto aos participantes. 

Devem-se evitar locais públicos para manter a intimidade e não expor os jovens à curiosidade de estranhos.

Individual e pessoal: por ser um momento especial, toda a cerimónia deve ser individual. Caso seja necessário contemplar vários jovens, cada um deles deve ter o seu momento.
adaptado do "Manual do Curso Técnico do Ramo Escoteiro"
da União de Escoteiros do Brasil
 

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