sábado, 17 de novembro de 2012

Os Cursilhos sem estrear?

Comunicação do Secretariado de Maiorca ao IV Encontro Mundial de Dirigentes de Cursilhos de Cristandade

INTRODUÇÃO

É provável que tanto a presente comunicação, como o seu título, estranhe a mais de dois, mas aos que temos estado no Movimento dos Cursilhos, ou melhor dizendo, aos que temos vivido, sempre que temos podido, ocupados e preocupados com a sua existência desde o seu início e temos continuado neles até hoje, entendemos que nos obriga em consciência a não nos calarmos e a dizer uma vez mais ante o mundo - como fizemos já quando publicámos o “Manifesto”- que o Movimento dos Cursilhos, está por estrear.

Entendemos que temos de dizê-lo e proclamá-lo aos quatro ventos, para que se inteirem bem os que, sem dúvida crendo fazer um obséquio a Deus e aos Cursilhos, se dedicam a distorcê-los, a mutilá-los, a desvirtuá-los, a modifica-los e a torcer o seu rumo, talvez sem haver-se preocupado a pensar para que servem, que de novo apresentam e causam e que encargo estão chamados a desempenhar.

E estão sem estrear, não porque não tenha havido gente que tenha dedicado e talvez consumido as suas horas, o seu tempo e a sua vida para intentar dar-lhes vida, para que viveram, pois como é sabido somente vivem as obras que conseguem que haja pessoas dispostas a desviver-se para que vivam, senão estão por estrear pela mesma razão que também o estavam à vista das pessoas inquietas, e nós o somos muito, o Mandamento Novo, o Pai Nosso, e as Bem-aventuranças.

E isto sucede assim, porque nos dói que os cristãos estejam demasiado habituados à existência de tudo o que nos chegou através da Igreja e tendemos a desconhecer ou a esquecer a maravilha que é a sua simples subsistência. Se diria que o que brotou e partiu da vida terrestre de Jesus Cristo o vêm suportando os cristãos, como se se tratasse de uma herança pesada e exigente, humanamente impossível, sem ver a esplêndida tarefa plena, assombrosa, indelével, paradóxica e única a que nos vai conduzindo o nosso viver, quando admitimos que Cristo é a verdade, e que Ele mesmo se fez caminho para que os homens tivessem acesso à vida autêntica. Ao dizer que os Cursilhos estão por realizar, não esquecemos o conseguido graças a eles, expressado por meio de pessoas e feitos que são um indício claro e real do que se conseguiria se a sua finalidade se realizasse com mais precisão, decisão e convicção.

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