terça-feira, 27 de novembro de 2012

Plecotus auritus, Morcego-orelhudo-castanho

Taxonomia
Mammalia, Chiroptera, Vespertilionidae.
 
Tipo de ocorrência
Residente.
 
Classificação
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE . DD Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto ao tamanho da população e tendência de declínio. 
 
Distribuição  
Esta espécie distribui-se do centro da Escandinávia ao Mediterrâneo. Verifica-se ainda uma ocorrência descontínua na Ásia, com populações na Mongólia, Sibéria, China e Japão (Entwistle 1999).

Em Portugal, parece ser pouco abundante, diminuindo o número de registos de norte para sul (Palmeirim et al. 1999). Não foi ainda encontrada no Algarve.
 
População
Na Europa, a espécie é mais abundante no Norte que nos países do Sul (Entwistle 1999). Existem evidências de declínios locais na Holanda e prováveis declínios históricos na Escócia (Entwistle 1999).

O tamanho e a tendência da população são desconhecidos em Portugal.
 
Habitat  
O morcego-orelhudo-castanho é uma espécie florestal associada a floresta de folhosas bem desenvolvidas. Utiliza principalmente cavidades em árvores e edifícios durante a época de criação (Swift & Racey 1983, Fuhrmann & Seitz 1992).

Durante o Inverno, utiliza ainda abrigos subterrâneos (Entwistle 1999). Parece caçar em áreas florestais, utilizando também estruturas lineares da paisagem, como zonas limítrofes de florestas ou galerias ripícolas (Fuhrmann & Seitz 1992).
 
Factores de Ameaça  
A diminuição das florestas de folhosas bem desenvolvidas, com redução das áreas de alimentação e da disponibilidade de abrigos (pela eliminação de árvores antigas com cavidades), influencia negativamente esta espécie.

O uso generalizado de pesticidas poderá ser uma ameaça, dado causar a diminuição da diversidade de presas e a contaminação dos morcegos por ingestão de insectos contaminados.

Sendo uma espécie de voo baixo, encontra-se sujeita a mortalidade por atropelamento.
 
Medidas de Conservação
Dada a reduzida informação que existe sobre esta espécie no país, a sua conservação depende do desenvolvimento de acções de investigação para melhorar o conhecimento da distribuição, do efectivo e das tendências populacionais, que permitam avaliar a situação da espécie e planear medidas de conservação.

No entanto, a correcta gestão das zonas florestais de folhosas, com a preservação de árvores antigas, é essencial para a preservação desta espécie. Deve ser considerada a possibilidade de instalar caixas-abrigo em áreas de habitat favorável mas que não disponham de árvores com cavidades.

A racionalização do uso de pesticidas e a realização de acções de sensibilização poderão também beneficiar esta espécie.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


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