quinta-feira, 17 de março de 2011

Orientação, proporção e reenquadramento

Vamos a ver como afecta a selecção do enquadramento e as proporções dos lados o resultado final da foto. Também veremos como fazer recortes às nossas fotos para melhorar a sua composição no momento do tratamento posterior. Os sensores das câmaras são os que determinarão o formato original e as proporções entre os lados das fotos. Nem todos os sensores tem as mesmas proporções entre a altura e a largura. Deste modo existem fabricantes que utilizam formato de 4:3, outros de 3:2 e outros (ainda que seja menos comum) de 16:9, cada um deles mais paisagistas.
Estes são os três formatos mais habituais nas câmaras digitais do mercado. Sem dúvida também existem outros formatos mais específicos como são o quadrado ou o panorâmico.

Ainda que as câmaras contem com estes formatos, graças ao retoque digital com ferramentas como Photoshop podemos recortar as imagens, utilizar novas proporções, reenquadrar e inclusive modificar a orientação das fotos. A que nos referimos com a orientação das fotos? Pois basicamente a escolher entre fazer a foto na horizontal ou na vertical. Não existe uma forma universal para escolher uma orientação ou outra. Dependendo da intenção do fotógrafo deve-se escolher uma ou outra.
Na maioria das paisagens utilizamos o formato horizontal, já que é o que mais se adapta nestas condições, permitindo mostrar tanto o céu como a terra. O formato horizontal ou paisagista dá mais sensação de assentamento e resulta muito natural.
Isso não significa que todos as paisagens tenham que ser em horizontal. Também podemos utilizar uma orientação vertical para dar-lhe mais profundidade à cena ou para incluir um objecto em primeiro plano.
O nosso olho está acostumado às composições horizontais, sobretudo pelo cinema. Sem dúvida é bom experimentar a orientação na horizontal e na vertical para ver qual das duas orientações nos convence mais. Devemos fixar como os distintos objectos da foto ocupam o seu lugar na composição para que esta fique equilibrada e se com a orientação que utilizamos conseguimos o efeito desejado. Em dúvida o melhor é tirar duas fotos, uma em cada formato, e tomar a decisão posteriormente.
Em retratos costuma utilizar-se o formato vertical porque este se adapta melhor à forma alargada do corpo e da cara.
Ainda que uma vez mais não existam regras universais e cada foto seja diferente. Neste plano, ao ser mais fechado, não necessitamos adaptar-nos à forma alargada do corpo, além disso deve  haver incluído um elemento adicional (a bola de espelhos), que nos sugere utilizar uma orientação horizontal.
 
Não queremos entrar em como se fazem as panorâmicas neste tema. Mas sim dizer que para fazê-las necessitamos de várias fotos subrepostas e que para isso temos que ter em mente o resultado final no momento de fazê-las. Assim, se vemos que poderia interessar-nos uma panorâmica, tiramos várias fotos com a mesma exposição e focagem para assim deixar a possibilidade aberta de fazer a panorâmica posteriormente.
Também podemos fazer a foto pensando num posterior recorte com computador. Por exemplo podemos fazer a foto estando conscientes de que nos ficará espaço nos lados e que posteriormente podemos fazer um recorte. Na fotografia seguinte aplicamos um recorte para deixar a foto em formato quadrado, já que cremos que as pedras do primeiro plano não trazem nada e não são necessárias. Na nossa opinião a segunda foto tem uma composição mais equilibrada.
Também podemos fazer reenquadramentos recortando. Temos que ter em conta que ao reenquadrar, a imagem resultante terá menor resolução que a original, ainda que com o tamanho das fotos das câmaras actuais o resultado final pode guardar bastante qualidade e permitir-nos fazer ampliações sem perder apenas nitidez. Esta técnica pode-nos ajudar a aproximarmos-nos ainda mais a um sujeito quando o nosso zoom não dá para mais.
 

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